O MESTRE E O DISCÍPULO III
Autor Hellen Katiuscia de Sá
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 6/27/2005 8:40:42 AM
Passava sobre o monte e lá estava ele, do mesmo modo que nos outros dias, sentado à beira do penhasco, aguardando que Deus falasse com ele.
E o mestre sentou-se ao lado de seu discípulo e ficaram ambos nesse transe meditativo, por três dias inteiros.
Ao término, o discípulo perguntou ao mestre se Deus havia falado com ele e se lhe tinha explicado como se alcançava a liberdade. O mestre disse que sim! E este perguntou ao jovem se o mesmo havia lhe acontecido. O rapaz, decepcionado, disse que não!
Então, o mestre sugeriu que o rapaz repetisse essa condição todos os dias, novamente, até que pudesse ouvir a voz de Deus explicando-lhe o que era a liberdade, já que queria ser um homem livre...
E o discípulo assim fez. Permaneceu sentado à beira do penhasco a meditar, aguardando a voz de Deus...
Passou-se uma semana, duas, três. Um mês! E nada! O moço já estava magro e sem forças, quando o mestre lhe veio novamente. “Jovem, você ouviu a voz de Deus e compreendeu o que é ser livre?”, perguntou o mestre.
“Não senhor!”, respondeu o rapaz. E o ancião perguntou-lhe o que iria fazer daí por diante. O jovem disse que retornaria a seus afazeres posto que deveria retomar tudo o que havia largado por essa extraordinária meditação. Continuando, o mestre quis saber se o motivo para esse retorno aos afazeres era por força do hábito ou por franca vontade do rapaz. O moço disse que era por vontade própria. Dito aquilo, o mestre advertiu o jovem discípulo de que, finalmente, pôde ouvir a voz de Deus e que havia compreendido o que é ser livre.
Hellen Katiuscia de Sá
26 de junho de 2005
Texto revisado por Cris
Avaliação: 5 | Votos: 2
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