O Mundo da Exploração
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Autor Marcos Spagnuolo Souza
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 25/07/2010 21:51:32
Fico triste por chegar à conclusão de que no mundo em que estamos vivendo predomina a exploração. Cada ser humano quer ter mais e para ter mais tem que ganhar mais e para ganhar mais não importa de tirar todas as vantagens possíveis do outro ser humano. O explorador é incapaz de pensar o ser humano, pensar o indivíduo, incapaz de conceber a noção de sujeito, incapaz de pensar a razão de ser da sociedade, incapaz de elaborar um pensamento que não seja somente estatístico, controlador, simplificante; mas, por outro lado, extremamente capaz de atender às necessidades da busca incessante de maior rendimento, de manipulação, de opressão, de terror, de destruição. Onde existe explorador existe o explorado, sendo que os explorados são aqueles que se deixam explorar. As pessoas se deixam explorar não é por covardia ou medo e sim porque nasceu em um sistema que colocou como sendo a única via de sobrevivência o ato de servir os exploradores. O ato de ser explorado não é o pior dos males porque é um ato voluntário, somos explorados porque nos deixamos explorar em decorrência da necessidade de sobrevivência. O pior para os explorados não é ser explorado e sim encontrar os exploradores neuróticos que não se contentam em explorar, mas desejam destruir os outros, mandar nos outros, dirigir os outros, humilhar os outros. O explorador neurótico se afirma em impor a sua vontade, pois, a sua verdade deve prevalecer. Pior que o explorador neurótico é o explorador psicopata que se considera uma pessoa que trabalha com cooperação; que ajuda o próximo; que ouve o aflito; que ajuda quem precisa; que é capaz e, no entanto, suas ações são fundamentadas no panoticismo, na imposição de suas verdades, nas palavras rudes com seus subordinados. O explorador psicopata possui a certeza de que formou um ambiente de trabalho harmonioso, no entanto, o ambiente que ele comanda com punho de ferro é sofrível, pesado, maçante e os seus subordinados não são felizes e ali estão unicamente devido aos parcos recursos financeiros que recebe no final do mês para sustentar sua família. O explorador neurótico e o psicopata ignoram os seres e os viventes os quais cedem lugar às estatísticas, às fórmulas e a burocratização. O ser humano é colocado pelo explorador neurótico e psicopata no buraco e enterrado, pois, o ser que trabalha é considerado um fantasma que deve ser evitado a todo custo. O explorador não gosta de estar com os explorados que são substituídos por percentagens no quadro estatístico. Penso que podemos ter um ambiente de trabalho alegre, satisfatório desde que os exploradores ampliem o nível de conscientização para diminuírem um pouco a exploração, pagando melhor aos seus funcionários e finalmente oferecendo participação nos lucros da empresa a todos que contribuíram para o desenvolvimento da organização. Sabemos também que de nada adianta distribuir dividendos ou pagar bem se os neuróticos e os psicopatas permanecem dentro da empresa. Os neuróticos e os psicopatas possuem emoção de destruição do outro, mas não possuem consciência de suas doenças. Podemos ter um mundo totalmente antagônico ao universo da exploração se cada pessoa voltar para o seu interior e se analisar visando destruir, no abismo do seu interior, o monstro que se alimenta da desgraça dos outros e deixar ressurgir o ser bondoso, amigo, companheiro que também está em nosso interior.
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