O PEIXE MORRE PELA BOCA!
Autor Suzy Reigado Ferreira
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 8/18/2015 7:40:15 PM
A boca como vimos será sempre uma região de muita satisfação.
Porém, na maior parte das vezes esta etapa infantil da oralidade ainda persiste e se fixa em nós em aspectos extremos muitas vezes, como: fumar, falar demais, beber, se drogar, comer em demasia, e outros. E aí vem os excessos e as compulsões.
Em especial quero falar sobre os excessos alimentares. Nunca tivemos tanta oferta de alimentos quanto hoje como a partir da terceira guerra mundial, graças ao sistema moderno de logística e aos insumos na agricultura com novas tecnologias que tornaram as safras abundantes a qualquer época do Ano. Ajudando a cair os preços dos alimentos e os tornando disponíveis em nosso prato.
É difícil, muitas vezes resistirmos a uma pizza suculenta com nossos amigos, uma boa feijoada no inverno, aquele pudim de leite ou aquele prato de macarronada da mama aos domingos.
Mas, o que colocamos hoje em nosso prato?
E quando comemos compulsivamente?
Ingerindo cinco ou seis mil calorias numa só refeição em nosso dia a dia?
Ai, nos tornamos comedores compulsivos. No sentido da perda de controle, alcoolismo e comer compulsivo são doenças semelhantes. Porém, a orientação de evitar sempre o primeiro gole para os alcoólicos não pode ser seguida pelos comedores compulsivos, pois não há como evitar a primeira refeição.
Muitos profissionais questionam se de fato o comer compulsivo não seria uma forma de dependência, dependência de carboidratos ou de açúcar, por exemplo. As pessoas costumam dizer: –“Não posso comer de jeito nenhum, senão perco o controle” c”Não posso comer um chocolate porque se não coma a caixa toda”. Mesmo que isso seja possível, ao contrário das dependências químicas, como álcool e drogas, a pessoa precisa aprender não a evitar, mas a relacionar-se bem com todos os tipos de alimento.
Embora seja comum encontrar comedores compulsivos com sobrepeso ou obesidade fazendo parte de famílias também com histórico de sobrepeso e obesidade, o mau hábito alimentar adquirido em casa pode ter servido de gatilho para o aparecimento da doença em vários membros dessas famílias. Porém, todos os fatores devem ser levados em consideração: ambiente familiar, social, de trabalho, questões genéticas, familiares e assim por diante.
Muitos eventos ao longo de nossa vida também facilitam e desencadearam este tipo de processo como: casamento, separação, perda de emprego, mudança de residência, morte de um ente querido, promoção no trabalho. E sem falar na menopausa nas mulheres e suas oscilações humorais muitas vezes também durante a menstruação.
A reeducação alimentar é fundamental para termos resultados no tratamento, assim como podemos lançar mão de outras medidas como: acupuntura, florais, psicoterapia, fitoterapia, drenagem linfática que são medidas que pratico frequentemente em minha sala de atendimento.
O objetivo é educar o relógio biológico em relação aos horários alimentares e não se trabalha a redução de calorias diárias. Pois, como veremos adiante devemos consumir, porém em horários certos.
A milenar Medicina Tradicional chinesa MTC estudou o relógio biológico do homem ao longo de mais de 2000 anos seguindo os horários dos 5 elementos ao longo de nosso dia para ter uma vida saudável e equilibrada. Fogo, terra, agua, metal e madeira. Trabalhando assim de uma forma inteligente com a natureza biológica e energética do Ser Humano.
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Para a reeducação alimentar não importa muito o valor calórico dos alimentos, se é alto ou se é baixo. O objetivo é educar o relógio biológico em relação aos horários alimentares para a pessoa perceber que é capaz de controlar os episódios de compulsão e de atingir um nível satisfatório de saciedade.
Muitos comedores compulsivos passam o dia fazendo restrição dietética. Dizem que não dispõem de tempo para alimentar-se por causa do excesso de trabalho ou da vida agitada que levam. Por isso, os episódios de compulsão ocorrem preferencialmente nos finais de tarde ou à noite. Ora, qualquer pessoa que passe o dia restringindo a alimentação, quando chegar em casa, vai ter que “tirar a barriga da miséria” no ditado popular.
Então, vamos tentar repensar a nossa maneira de comer, para acima de tudo não ficarmos doentes depois.
Até o nosso próximo encontro!
Namastê
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