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O Pensar Teológico

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Autor Marcos Spagnuolo Souza

Assunto Autoconhecimento
Atualizado em 2/28/2009 6:39:20 PM


Existem inúmeras maneiras de pensar sobre a espiritualidade e entre elas queremos ressaltar o discurso teológico. O significado do termo teológico que estamos empregando refere-se à filosofia exposta por Sócrates, Platão, Cínicos, Maniqueus e por Plotino onde defendem a existência de um mundo corruptível em oposição ao mundo incorruptível. O universo espiritual sendo totalmente incompatível com o mundo material que é formado por tudo que captamos pelos sentidos inclusive o nosso corpo.
 

O viver coerente com o pensar teológico implica no desapego total da dimensão física e uma centralização no retorno a Deus. Os Cínicos e os Maniqueus representam dois movimentos formados por pessoas que se dispunham a seguir o caminho teológico e passaram pela vida desapegando do mundo inserido no espaço/tempo.
 

O cinismo iniciou o seu desenvolvimento no mundo grego no século III a.C. Considera inútil todo conhecimento produzido pelo ser humano sendo útil somente a paz interior. A paz interior é atingida quando se conhece a si mesmo. A paz interior é conseguida a partir do momento em que o ser humano consegue desapegar das coisas materiais. O objetivo do cínico é a total independência dos fatores externos como o luxo, o poder político e a boa saúde. O ser humano estando em paz interior somente se alimenta quando recebe alimento de outra pessoa, dorme quando sente vontade de dormir e para dormir deita-se onde estiver sem precisar de uma casa. O cínico não está apegado a uma cidade, ao Estado ou a uma Nação, onde ele estiver é a sua casa. A pobreza e a obscuridade é o maior bem para o ser humano que busca a paz interior. O cínico é um ser humano que vive sozinho, pois, a paz interior o basta.

 

Maniqueísmo, movimento fundado por Mani (Manes ou Manchaeus) que nasceu na Pérsia, atual Irã, no século III d.C. Sua filosofia é fundamentada em Sócrates e Platão segundo a qual o mundo está dividido em duas forças: a força da luz e a força das trevas como entidades antagônicas. O Reino da Luz e o Reino das Trevas estão em permanente conflito. O mundo material (trevas) não pode ser definitivamente destruído, porque é um princípio da realidade cósmica. A vida terrena sempre será dolorosa e radicalmente perversa. É dever de cada ser humano entregar-se a esse eterno combate para extinguir em si e nos outros a presença das Trevas para alcançar o Reino da Luz, que é o Reino de Deus. O combate está no interior do ser humano entre o apego ao mundo e o desapego a tudo que é material, inclusive o apego ao próprio corpo, assim sendo, no interior do ser humano duas almas ou duas inteligências, uma da luz e a outra das trevas, lutam entre si no corpo do homem. A vitória da luz sobre o mundo material é conseguida por cada pessoa com o pleno desapego do reino das trevas. No maniqueísmo, o viver na luz implica uma vida de total desapego, castidade, renúncia a família, alimentação especial (não se alimentar de nenhuma espécie de carne). A alma deve afastar-se o máximo da matéria para retornar ao reino da luz, pois é o corpo e o mundo material que aprisiona a alma. A alma apegada ao corpo e ao mundo material, depois da morte retorna ao mundo material para outra existência, em outro corpo. Os constantes nascimentos nos corpos continuam até o momento em que a alma desapegar totalmente da dimensão terrena entrando no reino da Luz.

Diante das colocações sobre os Cínicos e Maniqueus devemos refletir sobre as palavras de Jesus Cristo:

“Não acumuleis para vós tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam. Ajuntai para vós outros tesouros no céu, onde a traça nem a ferrugem corroem, e onde ladrões não escavam nem roubam. Onde está o teu tesouro, ai estará também o teu coração”. (Mt 6:19)

“Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de aborrecer-se de um, e amar ao outro; ou se devotará a um e despregará ao outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas”. (Mt 6:24)

“Se queres ser perfeito, vai, vende os teus bens, dá aos pobres, e terás um tesouro no céu; depois vem, e segue-me”. (Mt 19:29)

Ser espiritualista no viés teológico exige coerência de pensamento e atitudes vivenciais. Aut venere, aut mori (ou vencer ou morrer).
   

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