O PERDÃO: QUESTÃO DE SOBREVIVÊNCIA
Atualizado dia 5/23/2007 9:13:59 PM em Autoconhecimentopor Andréa Oliveira
A capacidade de perdoar é inata a todo ser humano portanto, não é privilégio restrito somente a um pequeno grupo de sábios ou àqueles que vivem em estado de pureza. Assim como semeamos uma flor, o exercício do perdão precisa ser cultivado, nutrido e aprimorado a todo momento. Quando nos ressentimos porque fomos rejeitados, traídos ou injustiçados por alguém, cria-se uma marca em nosso campo energético a que chamamos mágoa. Percebemos a mágoa como uma ferida muito profunda, um corte na alma, uma dor que transcende os limites físicos e emocionais. À medida que acumulamos tristeza, ódio e desesperança alarga-se ainda mais o vácuo que existe em nós, podendo surgir diversas conseqüências negativas à nossa saúde.
Para entender melhor esse processo é importante saber que o ressentimento e a mágoa se tornam mais dolorosos quando não há um mecanismo de compensação suficientemente eficaz. Por exemplo, se uma mulher guarda uma profunda mágoa do pai que durante a vida toda foi ausente, prejudicando a estabilidade de seus relacionamentos, significa que ela ainda não consegue lançar mão dos recursos que dispõe para preencher esse vazio. Ou seja, a mágoa está servindo como um elemento nutridor dessa carência, impedindo-a de viver novas possibilidades e desenvolver um novo olhar sobre aquela situação.
E quais os recursos que ela pode usar? Aprendi por experiência própria que a melhor forma de suprir os “buracos” de nosso coração é parar de buscar a solução, o prazer, a alegria e o amor fora de nós. E mais: não delegar ao outro esse poder que é primordialmente nosso. Essa foi a maneira que encontrei para vivenciar um estado de felicidade interior e descobrir em meu ser um grande potencial para o perdão.
Mas como alcançar o perdão? A meu ver, tudo começa quando permitimos que o desejo de perdoar aflore dentro de nós. Inicialmente ele se mostra um tanto vago e entremeado de sentimentos de orgulho e apego ao sofrimento, afinal ainda não sabemos viver sem ele. Com o tempo, porém, ele vai se tornando cada vez mais próximo, ocupando um espaço maior em nossa vida. E finalmente chega o dia em que o perdão abre suas asas sobre nós, enchendo-nos de alívio, paz e contentamento.
Veja a seguir alguns passos para ingressar nesse caminho:
Olhe a sua mágoa de frente. Assumir as suas dores e ressentimentos (seja de você mesmo ou de outrem) é o primeiro passo para transmutá-los.
Conscientize-se de que existe em você um Eu Superior que deseja intensamente se libertar dos grilhões da mágoa e do ressentimento. Não procure motivos racionais para isso, apenas sinta.
Medite, leia e entre em contato com pessoas e situações que tratem do tema. O perdão deve estar presente em sua vida.
Apure o seu autoconhecimento, pois é através dele que você terá a medida exata de suas limitações e potencialidades.
Resgate seu poder pessoal e a auto-estima. Não delegue a nada nem a ninguém a responsabilidade pelo seu sucesso.
Respeite seu ritmo. Às vezes precisamos de um tempo afastados para nos realinhar a um novo padrão.
Cultive a fé espiritual. Confie que a Providência Divina se encarregará das sincronicidades.
Certamente não há uma receita infalível que nos guie na arte do perdão. Contudo, arrisco-me a afirmar que o perdão não é uma obrigação moral, teoria filosófica, muito menos utopia. Mas sim um dom especial que temos guardado em nós, uma luz que expande o ser, derramando sobre a vida um toque de amor, beleza e graça.
Namastê! (O Deus que habita em mim saúda o Deus que habita em ti).
Texto revisado por Cris
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Conteúdo desenvolvido por: Andréa Oliveira Sou Pedagoga, Terapeuta Transpessoal e Mestre de Reiki Usui Tibetano. Faço atendimentos em Terapia Transpessoal, Reikiterapia, Tarô Terapêutico, e ministro cursos de iniciação em Reiki. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |