O Poder de Nossas Escolhas!
Atualizado dia 7/18/2007 4:26:58 PM em Autoconhecimentopor ANTONIO FLAVIO PACINI
Apesar dos esforços de alguns grupos, formadores de opinião, educadores, pessoas do mundo corporativo e até mesmo políticos inundarem os encontros de negócios e os meios de comunicação com o tema da evolução sustentável, o que sentimos é que este discurso ainda se distancia muito da prática.
Ainda sofremos muito com a inversão de valores como justiça, ética, colaboração e cooperação social. Somos sistematicamente bombardeados por notícias de corrupção e o que mais vemos e escutamos nas organizações é a apologia da competitividade desmedida e por conseqüência, desequilíbrios como estresse, insatisfação, insegurança, desorientação e infelicidade no trabalho formam a realidade mais comum ao nosso redor.
Vivemos a era da múltipla atividade, do imenso paralelismo de responsabilidades e cobrança por resultados dificilmente alcançáveis. Ouvimos que metas são feitas para serem superadas, mas se nem mesmo as alcançamos, que tipo de sentimento nos resta? Somos cobrados por superação de resultados que muitas vezes não fazem o menor sentido em nossas vidas e se não nos dizem muito, por que tanto esforço em alcançá-los?
Bom, a resposta não é difícil: para manter seu emprego, para pagar suas contas, para ter algum dinheiro para se divertir, viajar. Ou seja, para conseguir viver num mundo de insegurança, violência e desigualdades com um pouco mais de proteção e dignidade, para propiciar um pouco de segurança e conforto aos seus ou a você mesmo.
Pouco, muito pouco para ser feliz de verdade.
A vida exige muito mais sentido do que isso, a felicidade, segundo as mais conceituadas teorias motivacionais, está no topo da hierarquia e só é efetiva quando atingimos a auto-realização. Ser auto-realizado é preencher as demandas de seus valores mais elevados. Felicidade não é feita de momentos, pois se assim lhe parecer, saiba que está falando de outro sentimento, algo transitório e dependente de fatores circunstanciais que não é felicidade.
Se ser feliz é tão difícil, se o mundo anda tão catastrófico, que escolhas nos restam? O que podemos fazer para diminuir incertezas e sermos mais felizes, de verdade?
Acredito que a resposta para esta pergunta deve ser sua grande meta e seu grande processo de transformação. Esta questão deve nortear todas as suas decisões e posicionamentos. Sempre temos o poder de escolher nossa atitude. Mesmo diante do chefe mais exigente, do cliente mais irritado, do colega mais invejoso, temos a opção de assumir um posicionamento independente e não reativo. Temos o poder de escolher a reação que teremos. Se você disser que não é bem assim, que às vezes não temos como nos controlar, você já tem uma dica em mãos: autocontrole e equilíbrio.
Particularmente, não gosto de delegar ao destino a responsabilidade pelas conseqüências de minha vida. Prefiro assumir a responsabilidade por ter escolhido meus caminhos, por ter definido o grau de esforço e dedicação que empreguei, por ter olhado a situação de um só ângulo e não ter tido visão para antever os próximos fatos, por não ter tido capacidade de ser flexível quando precisei, por não ter tido disciplina quando estive pouco motivado, por não ter sido mais curioso quando investigando as possibilidades, por não ter tido mais fé que eu poderia ter contribuído para as coisas terem sido diferentes, que eu poderia ter escolhido outros caminhos.
Tenho uma boa notícia para fechar esta conversa, você ainda pode fazer muito, por você e assim pelo mundo! Você pode fazer novas escolhas, pode posicionar-se de forma diferente diante de resultados que precisa mudar, pode procurar por forças internas quando perceber que está enfraquecendo e pode analisar suas decisões novamente para ver se não enxerga outras possibilidades.
Não acho que a vida é feita de momentos como dizem por aí, a vida é feita de opções e optar é uma escolha sua, de mais ninguém.
Texto revisado por: Cris
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