O PRIMEIRO BEIJO (1)
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Autor GUIMARÃES ORTEGA
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 9/11/2009 12:30:51 PM
“Correr, para mim, é como dar o primeiro beijo na pessoa amada: o sangue sobe para a cabeça, o corpo todo treme, os olhos perdem a órbita e a pulsação vai a mil. E para completar, no final, o grandioso e maravilhoso êxtase.” Quem afirma é o médico e corredor Paschoal Rubens Conti, maratonista de 60 anos que superou seus limites ao decidir emagrecer e praticar exercícios, culminando com o sucesso de completar os 42 quilômetros da maratona de Nova York (EUA). Disputou muitas outras maratonas depois, mas a primeira é que valeu.
Tal depoimento retrata fielmente o que se passa com duas pessoas apaixonadas no momento do beijo. Assim como a corrida, o beijo ativa e libera várias substâncias orgânicas, mas a principal delas é a endorfina. Substância residente no cérebro, tem ligação direta com as sensações de prazer e de euforia.
O beijo é uma das mais importantes maneiras de demonstrar carinho e afeto, principalmente quando é acompanhado do sentimento de maior importância para o ser humano: o amor. Nada como um casal apaixonado demonstrando através de um beijo “cinematográfico” tudo o que sentem um pelo outro.
Aliás, foi o cinema que popularizou e imortalizou o beijo, com cenas memoráveis e inesquecíveis. Não é possível deixar de lembrar o beijo entre Hunfrey Bogart e Ingrid Bergman no filme “Casablanca”. Ou então uma das mais belas cenas do cinema em todos os tempos quando Burt Lancaster beija Débora Kerr de forma ardente em uma praia do Havaí no filme “A um passo da eternidade”.
No Brasil o beijo acabou sendo popularizado através das novelas. O primeiro beijo na boca da televisão brasileira foi no final de 1951 na novela “Sua vida me pertence”, escrita pelo ator, galã, novelista e diretor Walter Foster. O beijo, que na época escandalizou a sociedade brasileira, foi encenado pela atriz Vida Alves e pelo próprio Walter Foster.
Mas como será a experiência do primeiro beijo? Lembrando que primeiro beijo não é somente aquele da infância ou da pré-adolescência, em que duas pequenas bocas ainda puras e inocentes se unem sem saber exatamente o que fazer, em busca de uma nova experiência que poderá ser inesquecivelmente maravilhosa ou um fracasso total. De qualquer maneira, a experiência deverá ser marcante na vida dos pequenos iniciantes.
Existem várias outras situações que podem ser consideradas como um primeiro beijo. Como exemplo, o primeiro beijo na pessoa amada (aquela que é objeto de um incalculável desejo e faz o mundo mudar sua essência, alterar sua forma e até sua cor), independente de já ter beijado antes. A diferença é que a prática de beijos anteriores facilita o processo, embora a sensação seja a mesma: é um primeiro beijo, com todo o clima e empolgação. Outro aspecto é aquela pessoa terrivelmente apaixonada que coloca toda sua euforia em cada beijo, de tal maneira que fica a impressão de ser sempre o primeiro, o único e indispensável beijo.
Um beijo profissional (atores de teatro, novela, cinema) pode dar aos protagonistas e aos espectadores a sensação de ser sempre o primeiro (claro, naquela pessoa com quem está contracenando), mesmo tendo beijado muito em outras ocasiões, com outros atores. O público compra a idéia, e aceita como sendo o primeiro.
Os beijos profissionais hoje são apaixonantes, envolventes, totalmente diferentes dos beijos considerados “técnicos” da televisão nos anos 60. O beijo “técnico” simplesmente valorizava a cena, o momento do contato. Era um simples beijo no contexto da historia, sem o arrebatamento atual que inclui língua, cama e muitas coisas mais. Os atuais beijos televisivos acabam por explicar a enorme quantidade de atores (homens e mulheres, sem qualquer distinção) que abandonam relacionamentos anteriores para se dedicar ao novo objeto de desejo, ou seja, a pessoa com quem contracenou – e beijou apaixonadamente – na última novela. O mundo televisivo mudou muito em relação ao beijo. E como mudou.
São inúmeras as possibilidades para definir primeiro beijo: primeiro beijo na boca; primeiro beijo cinematográfico; primeiro beijo de língua; primeiro beijo no rosto; primeiro beijo de amigo; primeiro beijo jogado, atirado, lançado; primeiro beijo fotografado; primeiro beijo de amor; primeiro beijo apaixonado; primeiro beijo na cama; primeiro beijo no corpo; primeiro beijo... Enfim, a viagem é inesgotável e praticamente infinita, bastando dar asas à imaginação e em seguida agir.
O que importa é o que resta depois do beijo. Tem que existir amor, carinho, ternura. Valorizar o momento de tal maneira que aconteça o desejo de que tudo continue e se repita inúmeras vezes. Mas o principal é que aja cumplicidade: o amor tem que ser recíproco, para que o beijo seja valorizado como objetivo de uma conquista, como conseqüência de uma relação, mas principalmente como a sublimação de uma paixão. O beijo é uma dádiva, eis porque é importante beijar, e muito.
Existem diferentes tipos de beijo, alguns até interessantes e folclóricos. Como curiosidade, alguns exemplos que servem para ilustrar a vasta possibilidade que o beijo propicia:
• Beijo técnico. Usado pela televisão brasileira em suas novelas, atualmente em desuso. Constava de um beijo simples, com a boca fechada, sem a utilização da língua e sem os movimentos laterais;
• Beijo Italiano. É o conhecido beijo de língua, tão praticado e banalizado ultimamente;
• Beijo de amigos. O famoso “selinho”. Faz-se o biquinho encostando os lábios em um gesto de carinho, sem movimento, mas estalando no contato;
• Beijo Francês. Consiste em colar os lábios nas bochechas um do outro, movimentando circularmente com a língua;
• Beijo experimental. Olhos fechados, possivelmente (não necessariamente) tapados com as mãos. A mulher absorve o lábio superior do amante e efetua movimentos rotatórios;
• Beijo Japonês. É o famoso beijo dado pelo homem na nuca da mulher. O beijo que arrepia, que eleva, abrindo caminho para outros beijos e outras situações inconfessáveis;
• Sem esquecer o beijo sublimar que acontece olho no olho, boca a boca, rosto a rosto, evitando que ocorra qualquer possibilidade de interferência externa ao ato que não seja o beijo em si e os movimentos complementares dos amantes. É o beijo que acontece com a boca, mas acrescenta o corpo, as mãos, o desejo, o ardor e a paixão. Sem esquecer do amor, claro!
Outros tipos de beijo poderiam ser relacionados, afinal as possibilidades são múltiplas. Entretanto o que se pretende demonstrar é a relação grandiosa e substancial que o beijo proporciona, com enfoque no primeiro beijo e naquilo que as pessoas possam trazer de experiência para o verdadeiro ato de beijar. Em um trabalho de campo, o público consultado trouxe revelações que podem dar uma idéia do que seja o primeiro beijo, alimentando a expectativa de um eterno aprendizado. Os mais velhos lembram com nostalgia, e um toque de cumplicidade no ar. Os mais novos tratam o beijo ainda com certa curiosidade, como algo ainda a ser infinitamente explorado. Mas todos abrem possibilidades para novos caminhos e novas aventuras, chegando à conclusão que é necessário beijar muito para saber como é exatamente o primeiro, o próximo e os vários outros beijos. (continua...)
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Escritor, jornalista, com nove obras escritas e cinco publicadas. Veja no item "produtos". E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |