O que a tragédia ensina?
Atualizado dia 12/1/2016 4:06:17 PM em Autoconhecimentopor Irlei Wiesel
Ao nascermos, inicia-se uma nova jornada.
Não faz sentido pensar que cada um de nós é apenas mais um para povoar a Terra?
Não faz sentido pensar que nascemos invisíveis, solitários e sem utilidade?
Não faz sentido pensar que o acaso abriu espaço para que iniciássemos uma vida física?
Não faz sentido pensar que entre o nascimento e a morte basta apenas crescer, alimentar-se, ter uma profissão, sustentar-se, ter maior idade, acumular bens matérias, ter audiência, tornar-se um experter na sua área, aumentar a todo custo à conta bancária, dedicar-se 100% às próprias necessidades e sonhos, abandonar família, trabalhar além do necessário e insistir num padrão de vida que escraviza?
Não faz sentido pensar que é só isso. Que viver é transitar na materialidade servindo suas leis?
Não faz sentido pensar que descemos de um todo, que somos um fragmento de evolução espiritual, e mesmos assim insistimos em manter uma visão tão limitada, tão pobre.
Toda vez que acontece uma tragédia, esta cultura tão mesquinha de servir ao próprio umbigo é questionada. Uma tragédia coletiva ou uma tragédia familiar sacodem os conceitos e abrem uma fenda para a luz.
Esta fenda de luz não é a luz solar, mas a luz da eternidade, do infinito, a luz da ligação entre tudo.
A luz, revelada na tragédia ou na dor de uma perda, ascende uma necessidade física de buscar um entendimento mais humano sobre o que é a vida.
A luz que se busca é a luz da transcendência. A ruptura de conceitos sacode paradigmas contaminados pelo foco pobre e pequeno em relação à ideia da vida.
A luz sugere que há mais aqui na Terra do que o automatismo de uma rotina frenética que faz pessoas desesperadas em busca da satisfação dos seus próprios desejos e interesses.
A luz sugere que cada um tem uma missão pessoal que envolve o desenvolvimento do caráter, por meio do resgate de tendências nocivas.
Cada ser traz na consciência as mazelas a serem transmutadas para uma reabilitação à altura da oportunidade concedida. A tendência de roubar, abandonar, rejeitar, fazer falcatruas, enganar, roubar, arrasar o país, cidade, estado, apenas para acumular para si, é uma prova real que a criatura não está aberta a luz. Ao contrário, ela nega e destrói sua chance de evolução, mantendo seu caráter primitivo e destruidor.
Está na sua agenda pessoal a missão de governar, legislar, liderar, empreender, trabalhar, conquistar, ser pai, mãe, filho, avô, avó, enfim tudo que for necessário para melhorar a índole e conduta.
Porém, sua velha inclinação prevalece demonstrando que a lição ainda não foi aprendida. Não somos mais um, somos únicos com uma trajetória de resgates individuais. Nela nos será dado o que poderá curar nossas tendências obscuras que insistem em manifestar-se.
É preciso cautela e discernimento;
E preciso zelar pelo instinto;
É preciso atentar para nossas tendências ruins;
É preciso aceitar que a jornada é individual, mas a escola está inserida no coletivo de um planeta chamado terra.
Se tivermos êxito, poderemos voltar para casa com sentimento do dever cumprido, se sucumbimos à tentação de atender o umbigo e progredindo ilicitamente, então, no final da nossa jornada deixaremos um legado que exigirá conserto.
A passagem aqui na Terra inicia com o nascimento; ela é o lugar ideal para lidarmos com as imperfeições, sendo assim, as armadilhas virão e a decisão de como lidar com elas será nossa.
Se não sucumbirmos,teremos aprendido a lição e, portanto, evoluímos mais um pouco. Um dia, poderemos ficar em casa definitivamente por merecimento e crescimento pessoal.
Que assim seja!
Irlei Hammes Wiesel
www.irleiwiesel.com.br
Texto Revisado
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