O que é uma crise conjugal?
Atualizado dia 07/08/2016 10:36:18 em Autoconhecimentopor Irlei Wiesel
A maioria dos relacionamentos nasce dessa premissa o que é péssimo para sanidade da relação, uma vez que o caminho para uma história duradoura exige muito mais do que uma crença romântica.
Esta crença é amplamente difundida na cerimônia de casamento, onde se afirma:
- Vocês viverão juntos até que a morte vos separe!
O que de fato deveria ser dito é:
- Vocês viverão juntos até que a primeira grande crise os separe.
O que é uma crise conjugal?
É quando os egos saem do coma da paixão e começam a se debater sentindo-se sufocados pela condição de esposa e esposo. A cobrança e a adaptação à rotina do pós-coma revelam uma faceta desconhecida do casal, sabe qual? A falta de paciência.
Está comprovado que os casais entram em crise pela dificuldade de dividir e doar o seu tempo para a organização de um lar, eles nem imaginam quanto trabalho dá um lar. Isso é fácil de entender, pois os jovens são preparados para passar no vestibular e ter uma carreira capaz de garantir a independência pessoal e financeira.
E, quando estes jovens entram numa relação onde compartilhar é a prioridade, bem aí, começa a desmoronar o sonho, a vida cor de rosa que se sonhava e tudo vira pesadelo, teimosia, cobrança e prisão.
- Como superar uma crise?
Em primeiro lugar, devemos entender que somos responsáveis pelo que conquistamos isso significa que o casamento não será eterno, só porque se disse sim diante dos convidados. Uma suntuosa festa também não garante a eternidade. O casamento terá o tempo de vida que cada um estiver disposto a dedicar a ele. Neste ponto, a humildade é um ingrediente importante, pois ele diminui a empáfia, o egoísmo, a intolerância, a soberba, o auto centramento, a infantilidade, a falta de modéstia, além de abrir espaço para o nós, diminuindo consideravelmente o império do eu.
A crise revela o tamanho da nossa ilusão. Quando construímos uma utopia de relação perfeita e felicidade eterna, na primeira crise, o choque de realidade destrói a ilusão sonhada. O que muitos casais fazem é aproveitar o caos para aprender e se fortalecer, outros jogam a culpa em alguém, ou seja, não assumem nada e se separam.
O caminho mais fácil é desistir, investir na relação pressupõe um super investimento de tempo e energia. Afinal, qual a maneira ideal para superar uma crise? O ideal é ter coragem para descobrir seus pontos negativos e tentar revertê-los em positivos.
Estou afirmando aqui que a mudança começa sempre pelo meu ego. É importante salientar que é preciso evitar mudar o outro, isso desgasta e irrita.
Lembre-se: Quando você muda, o mundo à sua volta também mudará. Quando finalmente equilibramos a relação por meio do autoconhecimento, entramos em outro processo delicado que é o desgaste da relação por força da rotina e pela falta de qualidade na vida sexual do casal. A falta de libido afeta cada vez mais as mulheres jovens, que estão em plena ascensão profissional. Isso gera um descompasso entre o desejo feminino e a necessidade masculina. O marido cobra uma atitude da esposa e ela, ocupada com suas conquistas, não entende o abismo inconsciente que começa aflorar.
O descompasso sexual afeta casais imediatamente após o fim da paixão. A paixão é a fase do fogo, da sensualidade e sexualidade exacerbada. Nesta fase, não há nada a ser melhorado, apenas aproveitado. Neste contexto de filme americano romântico, os problemas se resolvem na cama, mas assim que a paixão diminuir, os problemas aumentam de intensidade, justamente por falta de sintonia na cama. É um período delicado, pois a vida sexual passa a definir a qualidade da relação. Começa uma tentativa desesperada para acessar a época em que o fogo da paixão era ainda muito intenso.
E quando isso não acontece, a frustração é inevitável e a separação é uma consequência que passa a ser considerada. O amor para alguns casais é considerado muito morno. A falta de intensidade e disposição sexual inviabiliza o sonho mental: juntos para sempre, do romance eterno em cenário divino onde a vida sexual é magia pura entre pétalas de rosas, velas e paixão. É preciso lembrar que o amor não é morno, ele é calmo.
Como podemos construir e manter uma relação duradoura em meio à verdade posta acima?
Aposto no diálogo e no respeito por si mesmo e pelo tempo do outro. A união de duas vidas não ocorre por acaso, neste encontro há um resgate e muitos aprendizados. Estamos na companhia de quem precisamos para evoluir e aprimorar nosso trato conosco e com o outro.
Se o caminho conduz duas pessoas para o convívio, é inteligente ficar atento as dificuldades, pois são elas que reservam grandes pistas para subirmos na hierarquia de valores morais e éticos. A pergunta que devemos fazer:
- O que a vida deseja me ensinar através desta relação?
A resposta pode ser algo do tipo: ter mais paciência, tolerância, dedicação, ser mais amorosa, generosa, calma, forte, pró ativa, corajosa, ambiciosa e muito mais.
Sendo assim, viver é mais que conviver é, na verdade, uma forma de ajustar os descompassos.
A paixão atrai, mas o amor liberta e transforma quem assim desejar.
Irlei Wiesel
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Texto revisado
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