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O que minhas limitações como terapeuta me ensinaram?

Atualizado dia 9/27/2023 11:28:54 PM em Autoconhecimento
por Ana Carolina R. Reis


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Sempre quis ser uma ótima terapeuta e ajudar muitas pessoas.
Como ser ótima? Como fazer essa autoavaliação?
Busquei dar o meu melhor fazendo muitos cursos, com profissionais competentes em suas áreas. Sempre realizei (e realizo) meu processo de autoconhecimento, fazendo terapia em paralelo (o que faço até hoje). Mesmo assim, como mensurar se meu trabalho está sendo bom?
Avalia-se a árvore por seus frutos. Ao longo da minha trajetória como terapeuta já pude ver no que fui boa, assertiva e onde errei também.
Alguns desses erros vieram em parte da minha inexperiência, imaturidade (porque comecei muito nova) ou por querer ajudar mais do que a pessoa quis ser ajudada.
Já errei também por confundir carinho e compaixão (que desenvolvo como terapeuta) com amizade (aprendi que nem todos os pacientes podem se tornar amigos, por uma série de razões). Já errei muito por dar desconto e desvalorizar meu trabalho, por querer ser tão acessível que mesmo assim, quase de graça eu ainda não tinha ninguém para atender (claro, enfraquecida na lei do equilíbrio entre dar e receber seria impossível mesmo!).
Todos esses erros foram me fortalecendo e me transformando numa pessoa mais consciente e humilde, ao ponto de realmente conseguir enxergar minhas limitações e me apaziguar. Entre as principais, consigo identificar estas:

- Não consigo atender pessoas com depressão severa e risco de suic*dio (ou automut*lação). Simplesmente não dou conta!
- Outro caso é de pessoas (homens e mulheres, pois já atendi homens também nessa situação) que sofrem relacionamento abusivo. Uma parte minha "compra" aquela briga e chega num momento que literalmente a pessoa precisa tomar a decisão: "ou ela (o abusador, no caso) ou eu".
Não é assim algo tão explícito, mas acaba acontecendo (se a pessoa "me escolhe" inevitavelmente o relacionamento vai terminar. Se escolhe o parceir@, a terapia é que acaba terminando, mais cedo ou mais tarde.
- Por falar em términos de terapia, tenho uma limitação séria de não aguentar pessoas com muita resistência (que fingem fazer terapia e não entram no processo). Não tenho muita paciência, na verdade. Considero meu tempo precioso demais e honro muito o dinheiro que a pessoa está investindo ali, para nada (ou melhor, trivialidades do dia a dia). Por outro lado, consigo respeitar o tempo da pessoa e ter a paciência que uma hora aquele tema difícil vai chegar (tem uma paciente que esperei mais de um ano e só agora estamos conseguindo lidar). Ou seja, não tenho paciência com enrolação. Não consigo ficar omissa, fingindo que estou fazendo terapia, quando, na verdade, não estou. Enfim, me julguem...
Acho que essas são as minhas principais limitações e fiquei esses dias pensando nisso, porque pela primeira vez eu fiquei em paz comigo mesma. Não fiquei me sentindo uma péssima terapeuta ou com o sentimento de incapacidade.
Entendo que no processo de terapia cada um faz a sua parte (50%/ 50%). Claro que tem pessoas que querem que você faça não só os 100% sozinha, como uns 200%. Mas aí essa não é mais uma limitação minha...
Reconhecer o que é meu e o que é do outro é uma sabedoria que anos como terapeuta e paciente (da minha própria terapia) me ensinaram.
E sigo em paz assim.
Com as minhas limitações, cresço e vejo onde eu realmente posso ajudar, quem quer ser ajudado e respeitando meus desafios pessoais (em primeiro lugar).
Que a gente (como terapeuta) não queira tratar tudo, nem todo mundo.
Não vai ser possível...
E está tudo bem!
(Ainda bem!)
Texto Revisado




Ana Carolina R. Reis

@aurorapachamama

www.espacopachamama.com


 

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Conteúdo desenvolvido por: Ana Carolina R. Reis   
Responsável pelo Espaço Aurora Pachamama. Terapeuta Integrativa, há 20 anos (CRTH-BR 6400 ABRATH), com formação em Reiki e Seichim (diversos sistemas), Cristaloterapia, Terapia Floral, Constelação Familiar, Magnified Healing® e Light Healing®. Formada em Psicologia, pela UFCSPA. Autora dos livros: "Xô, depressão!" e "A Sabedoria dos Cristais"
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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