O que você perde com o fim do sofrimento?
Atualizado dia 12/11/2014 2:12:10 PM em Autoconhecimentopor Valéria Bastos
Tem gente que desenvolve doença para ficar de licença-saúde, especialmente se detesta o que faz e vive reclamando da sua insatisfação. Aqui fica claro o ganho. E seguindo a mesma lógica, podemos verificar outros ganhos subjacentes em nossas vidas, em menor ou maior grau. O mais importante é reconhecer que sempre há um ganho, por pior que seja a situação. Reconhecimento, atenção, amor, cuidado, privilégios, compensações, vantagens sobre os outros, etc. são algumas das formas desses ganhos.
Conforme o grau de dependência emocional, psíquica, física ou espiritual, mais difícil é reverter o processo. Com uma identidade já instalada, a pessoa se vê mergulhada dentro de aspectos com os quais está identifica e isso passa a fazer parte de seu roteiro pessoal. Quando chega alguém e pergunta: como vai? Logo ela responde seu rosário de reclamações e clichês mentais de difícil dissolução. Muitos podem ver o sofrimento de fora e perceber a necessidade de algumas mudanças. Mas a pessoa envolvida dificilmente enxerga quando está identificada com a dor. A dor transforma-se em sua roupa psicológica, seu personagem, sua forma de se apresentar ao mundo.
E às vezes para sair desse emaranhado é preciso ir ao mais fundo dos abismos, depois que toda a esperança se foi, depois que nenhuma receita de bolo funcionou. Talvez nesse momento chegue o impulso real da mudança, a força de vontade, o abandono de si mesmo, a desistência do controle, da manipulação, da autopiedade. Quando culpa e culpado se fundem, tanto faz. Já não faz diferença onde tudo começou, tampouco se um dia terá fim. Quando surge um movimento novo, de apenas viver sem se lamentar, olhar e agradecer, desfrutar do que está acontecendo sem se ocupar com o vir a ser. Aqui ocorre a dissolução, o desapego, a entrega, o fim do sofrimento.
Aí o que você perde com o fim do sofrimento tem um sabor diferente, pois algo começa a preencher o vazio de sentido que permeava a vida. Você já não se importa se os parentes e amigos vão lhe dar menos atenção já que sua doença terminou. A face revelada é outra e o sentido também. Você pode de verdade se alegrar com outras coisas que não dava importância antes. Pode também desligar-se da tomada da intencionalidade negativa que o conduzia à avenida do lamento e escolher andar por outra rua, com outras cores e aromas. A vingança oculta se desfaz e você quer apenas amar e ser feliz, independente de circunstâncias e pessoas. O sofrimento fica para trás, como marcas num caminho necessário para chegar onde chegou. Valeu, todo aprendizado é válido, mesmo que seja por meio da dor. O importante é a cura, a mudança, a consciência alcançada.
Diante dessa possibilidade, vale a pena perder tudo!
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VALÉRIA BASTOS - Terapeuta Holística - Constelação Familiar, Terapia de Vidas Passadas, Deep Memory Process (Processo de Memória Profunda), Resgate de Alma, Captação Psíquica, Facilitadora de Grupos, Xamanismo. (61) 99217.1295 SEPN 513 Bloco A Sala 112 - Ed. Bitar 1 - Asa Norte - Brasília/DF E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |