O RAMO DE PALMEIRA
Atualizado dia 02/04/2007 09:51:38 em Autoconhecimentopor Christina Nunes
Não sei porque, embora não sendo católica, este ramo sempre me atraiu, sempre me encantou. Todo ano, no domingo de ramos, peço a meu marido que volte da missa trazendo o ramo; coloco num lugar especial: no meu oratório particular, onde uma bela imagem de Jesus orna a minha sala, e fico com a sensação de que a minha casa foi visitada por uma brisa renovadora, cheia de alegria, de perfume, de bem-aventurança; de paz.
Talvez seja somente uma impressão. Que seja! É uma boa impressão... Osho, outrora, ensinou que Mestres funcionam como dedos voltados para a lua, mas que não nos devemos deter nos dedos, e sim na lua: naquilo para onde os dedos apontam. Há muitas pequenas coisas que funcionam assim: como os grandes Mestres que nos visitaram, são intermediadores de efeitos, de avanço e de aclaramento consciencial, íntimo.
Assim, o ramo de palmeira é um intermediador, penso que da grandeza infinita da Criação; da fonte suprema; do manancial eterno, no cerne de tudo o que vive e que é! E não só o ramo; as flores renovadas todas as manhãs no meu jardim também são: vários, belos, graciosos, perfumados dedos apontando para a lua; e vejo a lua com bastante clareza, por causa destes mágicos e delicados dedos.
Vida! Hoje cedo, no meu jardim, havia uma nova rosa de mesquitinha, cor de rosa; quatro botões de onze horas mescladas de rosa e branco se abrindo; quatro novas margaridas laranjas; um pé de fortuna criado e cuidado pela minha filhinha, que está um deslumbramento de novas flores! Várias onze horas amarelas; novas azaléias abertas no vasinho com que me presenteou meu filho no meu último aniversário; várias flores de amores-perfeitos... Um jardim botânico! Um deslumbramento... de Vida!
Quem, participando da construção gradativa de um jardim e usufruindo de um tal resultado, deixará de entender - melhor do que tudo entender e sentir - no âmago da sua alma, a obviedade de Deus? O que é Deus e, sobretudo, a imanência divina, diante e dentro de nós... renovando tudo sempre, a cada manhã, e a cada hora?! Novos quadros, novos céus; novas flores no jardim; renovação afetiva entre os seres; decisões renovadas... criação, a partir disso... co-criação!
Na oportunidade da Semana Santa e considerando a presença de Jesus no mundo outrora como divina Flor brotada do néctar da Luz universal, quero homenageá-Lo através de uma homenagem às minhas flores... a todas as flores existentes no mundo! E a todo e qualquer ser que, de alguma forma, surge nos nossos caminhos como uma janela aberta de par em par, através da qual entrevemos e antevemos a realidade ensolarada, suprema e magnificente do infinito inerente a todos e a todas as coisas!
Com amor,
Lucilla & Caio Fabio Quinto
Texto revisado por Cris
Avaliação: 5 | Votos: 7
Chris Mohammed (Christina Nunes) é escritora com doze romances espiritualistas publicados. Identificada de longa data com o Sufismo, abraçou o Islam, e hoje escreve em livre criação, sem o que define com humor como as tornozeleiras eletrônicas dos compromissos da carreira de uma escritora profissional. Também é musicista nas horas vagas. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |