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O REINO DA PAZ CELESTIAL-

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Autor Eduardo Paes Ferreira Netto

Assunto Autoconhecimento
Atualizado em 11/04/2008 12:48:53



O REINO DA PAZ CELESTIAL

SEGUNDA PARTE

Li Po sentou-se numa poltrona, escolheu um livro de uma mezinha ao lado e começou a folheá-lo, por fim se absorveu em sua leitura.

Em determinado momento uma música celestial, vinda não se sabe de onde, invadiu o ambiente, inebriando de felicidade o nosso herói. As páginas do livro iam passando velozmente. O gongo tocou mais uma vez. Era hora de encerrar as atividades do dia. Li Po deixou o livro aberto sobre a mesinha e dirigiu-se ao oratório para suas preces noturnas usuais. Após uma hora de meditação e a leitura do Pundarika Sutra foi dormir, agradecendo mais uma vez ao Glorioso Buda por lhe proporcionar tamanha felicidade.

Às 4,30 pontualmente soou novamente o gongo. Li Po levantou-se rapidamente e fez sua higiene pessoal; procurou no armário uma veste adequada, calçou umas pantufas e preparou-se para sair, quando ouviu um leve toque na porta. A jovem guia lhe veio buscar para levá-lo ao templo principal.

Era majestoso. Ao oriente, um altar composto por três mesas em diferentes níveis de altura, sobre as quais havia diversos tipos de oferendas. No centro do altar uma estátua de ouro do Glorioso Buda, como um sol, irradiando uma luz dourada para os lados.

Li Po foi colocado numa almofada, onde sentou-se em postura de lótus. Estava mudo, abismado com tanta beleza. Nas paredes laterais, afrescos contando os diversos episódios da vida do Divino Gautama, e no teto contavam os diversos mistérios da vida e da morte. O discípulo estava boquiaberto diante de tanta beleza e sabedoria.

Ouviram-se três batidas de um gongo diferente. Na entrada do vasto salão abriu-se uma cortina, deixando passar um cortejo de anciões que em passos solenes dirigiram-se ao altar. Música celestial acompanhava os passos do cortejo. Os discípulos que já estavam acomodados em seus lugares, todos em postura de lótus, levantaram-se e curvaram-se à passagem dos superiores.

Diante do altar cada componente do cortejo fez as três reverências de praxe e dirigiu-se para um lado, indo ocupar seu lugar, quando último elemento ocupou seu lugar, todos fizeram novas reverências e sentaram-se.

Um mestre de cerimônias anunciou uma oração a ser feita pelo oficiante chefe que dirigindo-se à frente do altar fez suas reverências e iniciou o cântico do mantra om mane padme hum, acompanhada por todos em voz alta.

Terminada a oração matinal dirigiram-se todos ao refeitório para a refeição matinal composta de um mingau de cereais, pão integral e chá. Durante toda a frugal refeição um discípulo leu em voz alta A Sutra do Coração, na qual se afirmava: a vacuidade da matéria.

Após o desjejum um instrutor informou a Li Po sobre as regras e os trabalhos do templo, convidando-o a acompanhá-lo, o que fez com satisfação, pois estava muito feliz por ter encontrado afinal, o Reino da Paz Celestial que tanto buscava. Agora já não havia mais necessidade de busca, tinha realizado seu ideal. Não precisaria mais caminhar. Podia pois se dedicar a um trabalho leve e a gozar daquela tranqüilidade absoluta.

Entregou-se toda aquela manhã aos trabalhos que lhes foram indicados, juntamente com mais alguns elementos, mantendo com eles animada conversação sobre as virtudes e a sabedoria de Buda.

Almoçou, descansou um pouco e voltou ao trabalho. No fim do dia, banho, jantar, oração noturna até às vinte e duas e horas e por fim um sono tranqüilo e reparador. Estava um tanto cansado é certo, mas feliz. Acabaram-se os seus cuidados.

Assim passaram-se trinta dias. Foram trinta dias de agradáveis trabalhos, conversação e meditação em companhia daqueles santos mestres que lhes proporcionaram um profundo aprendizado, tudo entremeado com audições musicais e espetáculos de teatro e danças, com profundos significados filosóficos ou religiosos, ao invés de simples laser.

Li Po deitou-se para dormir, como normalmente, após suas orações pessoais; sonhou com deuses e anjos celestiais, gozando as delícias do paraíso que havia encontrado. Acordou à hora do costume e ficou aguardando deitado a chamada do gongo.

O sol já ia bem alto quando resolveu se levantar; assustado, olhou para os lados. Nada viu além da campina verdejante. O castelo dourado e tudo o mais havia sumido como por encanto.

Por entre a relva da campina, apenas uma estreita trilha indicava o caminho a seguir.

*** F I M***



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