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O SEGREDO DO SUCESSO: RELAXAR, NOM FAZER REM ... E SIMPLESMENTE SER

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Autor Xavier Andre

Assunto Autoconhecimento
Atualizado em 9/18/2016 2:24:23 PM


Por Steve Taylor, Doutor em psicologia

As grandes ideias e descobrimentos nom venhem do pensar ou do fazer, mas do ser. Em geral, há três modos diferentes em que podemos viver as nossas vidas: o fazer, o pensar e o ser. A meirande parte do dia estamos ocupados a fazer — no trabalho, nas tarefas da casa, nos nossos passatempos e atividades de lazer. O pensar ocorre mormente no tempo entre essas atividades, quando nom há nada em que ocupar a nossa atençom, ou mesmo durante as atividades mais repetitivas e que nom precisam de nos focarmos muito nelas.

E o sermos? A verdade é que neste modo nom adoitamos passar muito tempo. O «modo ser» ocorre quando estamos relativamente inativos e a nos relaxarmos. Quando as nossas mentes nom estám a esbardalhar pensamentos, quando nom estamos a concentrar a nossa atençom em tarefas ou atividades. Neste modo costumamos dar muita atençom ao nosso ambiente, e à nossa própria experiência. Estamos neste modo quando andamos a passear, quando praticamos desportos como a nataçom ou a corrida, meditamos, fazemos yoga ou escoitamos música. Destes três modos a nossa cultura valora os dous primeiros mui por riba do terceiro. Fazer e pensar som considerados coma os motores do sucesso. Pensar logicamente nos permite ressolver problemas e arranjar ideias. Assi, se temos um problema, sentamos e matinamos, refletimos nele. Quanto ao fazer, ele nos permite, atravês do trabalho constante, atingir os nossos objectivos, sermos produtivos, ganhar dinheiro e sermos bem sucedidos.

Mas «ser» é improdutivo. É equiparado coa preguiça, coa perda de tempo. Ele-por que gastar o nosso precioso tempo a faguer nada, quando poderiamos estar a enchê-lo com atividade e realizações? Os nossos políticos e homes de negócios decerto que concordariam nisto. Eles precisam das nossas muitas horas de trabalho pra que a economia continue a crescer. Pra eles, fazer rem significa menos produçom, umha força laboral menos competitiva e um PNB mais baixo.

OS BENEFÍCIOS DO SER

Emporisso, tudo isto é mui enganoso. De facto, aos níveis psicológicos e espirituais é-nos extremamente beneficioso passar tempo a sermos. Conseguiremos regenerar as nossas energias, nos reajustar com nós próprios e recuperar um sentimento de bem-estar e ligaçom co mundo à nossa volta. Mesmo em termos de êxito, relaxar e faguer rem pode ser mui benéfico. Os estados de Ser e de inatividade permitem que as potencialidades criativas da mente se manifestem. Fam com que os vislumbres e as inspirações fluam. É nestes estados que as ideias nos xurdem espontâneas e inesperadas, como que vindas de nengures — quando nos escritores de cantigas acordam as histórias a contar, quando os cientistas de súpeto enxergam as respostas aos problemas que os atormentavam, quando os inventores argalham os seus inventos. Estes potenciais criativos estám normalmente bloqueados pola intensidade com que as nossas mentes e vidas estám ocupadas. Pra que eles surjam é necessário que tanto as nossas mentes coma as nossas vidas estejam relativamente vazias e tranquilas.

É por isto que muitas — seica quase a maioria — das grandes descobertas, invenções e ideias criativas na história humana nom tenham aparecido atravês do trabalho árduo ou do pensamento lógico constante, mas por meio do fazer nada. Isto é, elas ocorrérom mormente por acaso, ou por intuiçom inconsciente, em estados de relaxamento.

O físico Newton descreveu como a «noçom da gravidade» lhe «ocorreu» quando sentava «em xorne contemplativo» e viu umha maçã a cair dumha árvore (embora a maçã nom lhe caiu na cabeça, como adoita ser contado). O conceito de coordenaçom geométrica ocorreu supetamente a Rene Descartes quando estava a dormir na cama, a olhar pra umha mosca que lhe esvoaçava polo quarto. James Watt resolveu o problema de perda de calor na máquina de vapor enquanto passeava num parque, e a sua soluiçom deu origem à revoluiçom industrial («ainda nom tinha ultrapassado a casa do golfe quando a cousa inteira ficou arranjada na minha mente», Watt escreveu). E coma exemplo final, o físico Nils Bohr ganhou de facto o prémio nobel enquanto dormia: segundo adormecia sonhou que via o núcleo dum átomo, cos electrões a girarem-lhe à volta, tal coma os planetas fam co sol no nosso sistema solar — deste jeito ele «descobriu» a estrutura do átomo.

É verdade que estas ideias nom adoitam xurdir completamente de nengures — em muitos casos os cientistas estivérom a debater-se cos seus problemas até que o momento final de «aha» aconteceu. Mas com certeza que eles precisam de se relaxar e de deixar as suas mentes vazias e quietas pra que essas soluições poidam surgir.

Umha parte significativa das grandes obras de arte do mundo fôrom tamém inspiradas e concebidas durante momentos de inatividade e relaxamento. Por exemplo, o Paul Mccartney, segundo acordava umha manhã, «escoitou» a cantiga que veu a ser a mais gravada de todos os tempos, «Yesterday», dos Beatles. A melodia estava completamente formada na sua mente, de modo que foi diretamente quanda o piano do seu quarto pra lhe encontrar os acordes ajeitados, mais tarde arranjando-lhe as letras. Mozart descreveu como as suas ideias musicais «fluem melhor e mais abondosas» quando estava sozinho «a viajar numha carruagem ou a passear após umha boa refeiçom, ou mesmo durante a noite quando nom som quem de adormecer ... donde é que venhem e como, sei alô, mas tampouco som quem de forçá-las». Da mesma maneira, Tchaikovsky descreveu como a ideia da composiçom musical costumava vir-lhe «súpeta e inesperadamente ... enraizando cumha extraordinária força e rapidez, logo xurde atravessando a terra, bota ponlas e folhas, e afinal frolesce». Igualmente, muitos escritores e poetas tenhem falado dumha «musa» ou «demo», fonte de criatividade e inspiraçom pra além do controlo consciente.

UMHA NOVA ATITUDE RESPEITO À INATIVIDADE

Tudo isto ilustra em que medida temos umha atitude errada respeito ao «fazer nada». Talvez deveriamos parar de pensar no relaxamento e na inatividade dumha maneira negativa, e começar a vê-los coma essenciais — nom só prò nosso próprio bem-estar, mas ainda prà nossa criatividade e mesmo produtividade.

As grandes ideias e visões nom venhem do pensar e da atividade — elas costumam vir atravês de nós, quando estamos suficientemente relaxados. Elas venhem quando estamos abertos a elas, mas o pensar e o fazer tendem a nos fechar a elas.

Já que logo, qualquer forma de progresso — persoal, espiritual, criativo, económico ou político — nom reside numha maior atividade, no trabalho mais intenso ou em mais horas de trabalho. Ao contrário, ele se encontra num maior relaxamento, em mais horas de lazer, em mais tempos vazios em que nom tenhamos nada pra fazer.

Contanto que enchamos este tempo livre com «sermos» mais ca com «fazermos», haveremos nos decatar de que ele nos torna mais felizes e criativos, ou seja, seres capazes de contribuir positivamente ao mundo.

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Steve Taylor é professor de psicologia na Leeds Metropolitan University, Inglaterra, onde leciona no curso de licenciatura de Psychology and Society. É autor de vários livros de psicologia e espiritualidade de grande sucesso («bestsellers»), entre eles Waking from Sleep, The Fall, Making time e Out of Darkness. Os seus livros tenhem sido traduzidos a onze idiomas e os seus artigos fôrom publicados em mais de trinta publicações académicas, revistas e jornais, incluindo o The Journal of Humanistic Psychology, The Journal of Conciousness Studies, The Journal of Transpersonal Psychology, Psychologies, o Daily Express, o The Mirror e Resurgence. O seu trabalho tem sido mostrado amplamente nos mídias do Reino Unido, incluindo o BBC Breakfast, BBC World TV, BBC Radio 4, BBC Radio 5 e no The Guardian. Steve é tamém poeta; o seu primeiro livro de poesia, The Meaning, foi publicado em 2012. Numha pesquisa recente na revista Mind, Body, Spirit, Steve foi listado o número 31 das persoas vivas mais influentes espiritualmente no mundo. Ele frequentemente dá palestras e conferências, e vive em Manchester coa mulher e três filhos.



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Conteúdo desenvolvido pelo Autor Xavier Andre   
Produtos: “De volta à saúde“, traduçom do livro do psicologista transpersoal, Steve Taylor, “Back to sanity“.
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