O significado das paixões

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Autor Flávio Bastos

Assunto Autoconhecimento
Atualizado em 8/14/2012 7:36:01 PM


"O amor é tão mais fatal do que eu havia pensado. O amor é tão mais inerente quanto a própria carência, e nós somos garantidos por uma necessidade que se renovará contínuamente. O amor já está, está sempre. Falta apenas o golpe da graça que se chama paixão" (Clarice Linspector)

A natureza humana é direcionada para o equilíbrio vital. Nesta busca que se processa internamente, muitas vezes, trilhamos caminhos repletos de desejos inconscientes que se manifestam em forma de paixões arrebatadoras. Experiências que deixam as suas marcas no psiquismo e na alma, e servem como aprendizados sobre o amor.

Durante esta acirrada luta interior travada entre a realização do desejo focado na satisfação sexual, na carência e na intensidade da entrega relacionada ao sentimento de amor que sentimos por outra pessoa, pulsam energias atávicas, ancestrais, que nos impulsionam para o envolvimento afetivo-emocional.

Quando nos damos conta, alertados pela razão, estamos envolvidos em uma "batalha íntima" que mistura sentimentos, intensidade, gozo e satisfação, onde o descompromisso torna-se a referência dos amantes.

Apesar do homem, há milenios, buscar experiências excitantes prolongadas, ele nunca encontrou a fórmula ideal, nem mesmo no uso de substâncias químicas de efeito alucinógeno. Somente momentos de êxtase ou euforia, porque passada a experiência, é inevitável a volta à realidade do mundo físico.

É mais ou menos desta forma que funcionam as relações humanas de característica passional, ou seja, vivenciamos momentos mágicos que se intensificam por alguns minutos ou horas, até a "ressaca" sinalizar que estamos retornando à dura realidade.

Portanto, todo descompromisso relacional tem em seu embrião, a "gene" do prazer sem cobranças ou responsabilidades assumidas. É o ID, a nossa representação instintual da personalidade que fala mais alto e dá as cartas no relacionamento afetivo-passional.

No entanto, mesmo enebriados de prazer, decorrente da conjunção carnal que atiça o fogo das paixões, sentimos que algo permanece latente, a cutucar a nossa consciência no sentido de que despertemos para a realidade que momentâneamente virou sonho. É o senso de equilíbrio, que embora esquecido mas não abandonado, força passagem entre energias em conflito.

A síntese de nossos aprendizados durante o processo vital, informam que as intensas experiências no âmbito das paixões -que podem ocorrer por um ideal-, servem como parâmetro para o espírito apurar o senso de equilíbrio em relação a sua própria evolução.

Neste sentido, necessitamos tanto de experiências que provocam intensidade, mesmo que resulte em sofrimento, quanto de experiências que provocam a suavidade na relação com a vida. São aprendizados que auxiliam-nos a encontrar o nosso ponto de equilíbrio, isto é, a suavidade e, ao mesmo tempo, a intensidade que são inerentes à natureza humana em jornada pelo planeta Terra.

Desejos sistemáticamente reprimidos tornam-se tão nocivos ao psiquismo, quanto desejos liberados sem controle do EGO. O espírito em suas múltiplas vivências na dimensão da matéria, precisa de parâmetro, de limites definidos para apurar a sua percepção de equilíbrio no relacionamento amoroso. É pelo intercâmbio de experiências afetivas de fraca e de alta intensidade, que o indivíduo também apura a sua percepção referente ao amor-qualidade, em substituição ao amor-quantidade.

Paixão e transcendência se afinizam no momento em que o sujeito, protagonista de sua própria história, descobre a sua relação com o mais nobre dos sentimentos humanos: o amor. Descoberta que revela o sexo como fator de plenitude, que pode satisfazer corpo e alma em uma única conjunção de energias.

Paixão que guarda em si a intensidade dos "velhos tempos", e transcendência que aprendeu com o gozo dos desejos realizados, a sentir prazer com as experiências do amor-amadurecido pelas lições de vida.

Lições assimiladas pelo processo de apropriação do conhecimento sobre si mesmo e sobre o outrem. Atores, que ao dividirem o cenário da existência, desempenham com um melhor nível de percepção, os seus reais papéis no palco da vida.


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Conteúdo desenvolvido pelo Autor Flávio Bastos   
Flavio Bastos é criador intuitivo da Psicoterapia Interdimensional (PI) e psicanalista clínico. Outros cursos: Terapia Regressiva Evolutiva (TRE), Psicoterapia Reencarnacionista e Terapia de Regressão, Capacitação em Dependência Química, Hipnose e Auto-hipnose, e Dimensão Espiritual na Psicologia e Psicoterapia.
E-mail: flavio01bastos@gmail.com | Mais artigos.

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