O SOM
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Autor Ana Lucia Vieira Santos
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 1/9/2007 1:37:08 AM
_________________O SOM :______________
Como freqüência, o Som está presente a todo momento. Podemos senti-lo ao fecharmos os ouvidos e percebemos que dentro de nós existe um zumbido, que quase nunca tomamos consciência.
Um dos exercícios de Yoga é buscar alcançar estados de consciência onde esse Som - o Om é ouvido facilmente. Pode-se tentar ouvir um principio disso , quando sentimos os ouvidos zumbirem ao estarmos em contato com grandes alturas. E esse som interno é muito real , quando percebemos que o silêncio tem um som. Nunca existe a ausência de som. Aliás, onde existe ar, existe vida e onde existe Ar existe Som . Sempre algo está entrando em contato com o Ar e isso acaba produzindo um som.
Como seres vivos , estamos continuamente gerando esse encontro com o Ar e criando sons. Dizem que os animais domésticos sabem da aproximação de seus donos quando esse estão para chegar. Quem sabe o som que produzimos , numa distância razoável, não seja distinto para eles? Assim como um existe uma gama enorme de cores que não podemos perceber, o Som também se manifesta em outras freqüências , alem daquelas que contatamos.
Certos sons podem criar uma empatia com nosso sistema nervoso, assim como alguns podem nos perturbar e irritar. Na realidade existe um limite entre som e ruído que as vezes não conseguimos definir claramente. Quando o Som é musica e quando é ruído ? aí está uma pergunta que talvez só depois de pensarmos mais nisso poderemos encontrar uma resposta.
Talvez já tenhamos nos padronizados a ouvir determinados sons, e aí está o efeito cultural de uma raça , ou povo, que assimilou uma manifestação, um ruído sobre o ar, que criou um som que para eles é agradável.
Quando algo entra em sintonia com nossa vibração parece que dançamos juntos com o efeito desse som. Assim como os aparelhos de física que mostram o desenho geométrico de sons espiralando em harmonia, podemos sentir em nós o efeito de sons que agradam, ou ruídos que perturbam.
Se determinados sons nos agradam é porque internamente eles se compatibilizam com algo igual que existe dentro de nós. E quem não se vê dançando ou bailando ao ouvir um som que o inspira e o leva a vibrar de felicidade e prazer quase que momentaneamente?
E veja que não estou a falar de musicas que tragam letras belas , mas simplesmente sons seguidos que nos induzem a ações, atitudes e pensamentos.
Essa disposição é que nos leva a criar um som quando determinado momento nos agrada ou não. Na felicidade podemos cantarolar, na raiva podemos gritar. Imaginem os povos primitivos querendo mostrar sua força a outros povos? Poderiam usar instrumentos com sons berrantes que impressionariam aqueles que eram seus vizinhos e ao mesmo tempo fabricariam instrumentos doces que lembrariam o arrulho de animais em cio, se tivessem outra intenção. Essa riqueza mostra a inteligência do Ser Humano criando elementos para sua vida , usando elementos da própria vida. Repetindo e imitando ele foi se sofisticando até chegar a instrumentos profundamente complexos .
Hoje em dia o som que nos chega vem de conjuntos de instrumentos bem elaborados e de sistemas de linguagem muito enraizados na memória de nossa formação como espécie inteligente na face da Terra.
Identificando o som podemos perceber a mensagem embutida que ele nos traz. Uma fala agressiva de alguém terá um som áspero, uma fala doce trará a suavidade em suas palavras. Se quisermos transmitir paz , nosso som será estável, se estamos em guerra, nossa fala será entrecortada e ansiosa.
Quando podemos nos abstrair dessa relação, podemos então analisar com mais calma o que produzimos ao nosso redor e como interagimos no ambiente em que vivemos; e o Som então poderá ser a melhor forma de expressão de uma cultura, de uma época, de uma situação.
Encontrá-lo dentro de nós é uma experiência fascinante e trabalhar com o som buscando esse encontro pode nos abrir portas maiores dentro de nosso próprio auto conhecimento.
Ana Lucia Vieira Santos
[email protected]
(11) 98286 9631
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