O suicídio já é uma epidemia
Atualizado dia 10/30/2007 3:39:33 PM em Autoconhecimentopor Bernardino Nilton Nascimento
Só no Brasil, nos últimos anos, o número de suicídios cresceu 1.900% entre 15 e 24 anos de idade. Vejam que esse índice corresponde só a esta faixa etária, portanto, pode ser bem maior quando projetarmos para todas as idades.
O suicídio, hoje, corresponde a terceira principal causa de morte das pessoas em plena vida produtiva. As consequências desse tipo de morte atinge também as famílias que, por muito tempo, ficam abaladas. Muitas delas, sem conseguirem explicação, se veem diante de um sofrimento longo e bem maior do que se a causa da morte tivesse sido outra.
No mundo, os suicídios subiram cerca de 60% nos últimos 40 anos: cerca de um milhão de pessoas comete suicídio a cada ano, um a cada 40 segundos.
Estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS) sinalizam que haverá mais de 1, 5 milhão de vidas perdidas por suicídio, que vão representar 2, 4% de todos os tipos de morte. A OMS alerta que permanece a tendência de crescimento das mortes entre os jovens, inclusive nos países em desenvolvimento.
Diante da gravidade do assunto, o tema, há alguns anos, passou a integrar as políticas de saúde pública em diversas partes do mundo. Com a criação de programas de prevenção, países como os Estados Unidos e Inglaterra já estão conseguindo reduzir o número de casos. “Isso mostra que a melhor conduta é criar redes de proteção para dar o suporte necessário às pessoas em risco e suas famílias”, opina Humberto Corrêa, psiquiatra e chefe do Departamento de Saúde Mental da Universidade Federal de Minas Gerais.
Reduzir as taxas de suicídios é um desafio coletivo. Sociedade e governo precisam se unir na tentativa de ajudar a acabar com esses índices tão preocupantes e tristes. Que desespero é este que faz com que um ser humano tenha tamanha coragem ou covardia de abrir mão da própria vida?
Como já comentei em outros artigos, são raras as pessoas que, pelo menos uma vez, não tiveram em suas mentes o desejo de partir deste mundo. Mas, a nossa resposta não pode ser o silêncio. Nossas chances de chegar às pessoas que precisam de ajuda dependem da visibilidade. Quem pensa em se matar deve saber que, das várias pessoas que pensaram no suicídio, muitas desistiram. Uma das nossas tarefas é convencer a todos de que o debate sobre o suicídio não é uma questão moral ou religiosa, mas um assunto de saúde da sociedade inteira.
Quando alguém diz que a vida não vale a pena e se mostra deprimido, por baixo disso pode estar a intenção de interrompê-la. Devemos tratar urgentemente de dar ajuda, antes que seja tarde. A depressão, a falta de perspectiva para os jovens, as desilusões da vida e a falta de fé em DEUS e em si mesmo levam as pessoas ao desespero. Bate uma solidão infinita, levando-as primeiro aos vícios e depois, sem saída e sem amor, já penalizadas pela sociedade, à morte.
Afirmo isso por que já passei por esse momento, porém, nunca fui viciado em drogas. Mas, já estive diante de um pensamento de ir embora. Pois acredite. o silêncio de uma igreja, num dia de semana, me fez ir ao encontro de mim mesmo. Aumentei a chama do amor em mim, renovei a fé de que eu poderia virar o jogo, e virei.
Procuro ser justo, e ter passado por momentos entre a vida e a saída dela, me fez ver que todos nós merecemos um julgamento e um advogado. Naquela época, não vi o advogado no lado da vida , mas já do outro lado, afirmando que após a partida as coisas poderão ser boas ou ruins, e se fossem ruins, não teria ninguém para me acudir.
Então, muitos anos depois, me veio a intuição de escrever “O ADVOGADO DOS SUICIDAS”, após a partida.
Neste caminho de agora sou um defensor da vida, seja ela como for. Acredito que todos nós somos capazes de virar o jogo. Sou um otimista vivendo o momento presente, o agora, acreditando em um mundo melhor para todos, procurando ajudar o próximo, com palavras de motivação e gestos de carinho. Assim, vem o conforto e a força do Universo, para não mais ter pensamentos indesejáveis à minha vida e para ultrapassar as deliciosas lições que a vida me prepara rumo ao crescimento material e espiritual.
Não estou fazendo propaganda , até por que sou contra. Mas tenho que mostrar um pouco da realidade para despertar o seu coração e atrair você para esta missão de salvar vidas.
Desejando a felicidade do próximo você se enche de amor, luz e fé, que é a certeza de que você é parte da magia Universal, dos amigos da luz, que pode salvar vidas, salvar espíritos, salvar almas e se livrar dos maus pensamentos e atitudes que venham prejudicá-lo e prejudicar os outros. Com isso, nos tornamos pessoas mais alegres e otimistas.
Peço a vocês, leitores, colaboradores e escritores do STUM, para darem mais ênfase ao assunto, para ajudar nesta cruzada de amor à vida, procurando devolver a esperança, a fé e os sonhos de quem quer partir antes da hora determinada.
Temos que cobrir os nossos filhos de esperança, sonhos e muito amor. Devemos enchê-los de bons exemplos para desejarem a felicidade do próximo, mostrando em sentimentos e atitudes, que é bom ver o seu irmão feliz. Com nossos sinceros exemplos, acredito que vamos virar esta década com um número muito reduzido de suicidas, em relação àquele que a OMS projeta.
Faça com que o amor ao próximo penetre nos corações de seus filhos, para que eles demonstrem aos seus colegas esses sentimentos e ganhem a confiança deles para ajudá-los, através do companheirismo, compreensão e carinho.
BNN
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