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O VERDADEIRO JESUS

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Autor Christina Nunes

Assunto Autoconhecimento
Atualizado em 3/20/2005 7:28:10 PM


Apaixonada pela História Clássica, esta semana, enfim, assisti "Tróia". Um lindo filme, mas cujo tema ainda flutua entre o mito e a realidade da antigüidade grega. Coisa que, nesta fase da humanidade, três mil e tantos anos depois, pouco nos afeta. Sobrou o legendário romance com base na mitologia grega que nos legou, quando não, cultura e diversão.

Entretanto, há temas intrínsecos na nossa trajetória no planeta, girando em torno de personagens centrais que não poderiam, jamais, descambar para o terreno nebuloso da especulação, das metáforas, da crença ou da descrença. E Jesus, certamente, é o maior deles.

Chegamos a uma fase de efervescência na história humana em que Jesus e sua presença entre nós atingiu, absurdamente, quase que as raias do mito, incorrendo, de forma lamentável, neste rol de assuntos que obedecem a opinião individual, a sistemas políticos, a visões as mais díspares da vida - como se também Ele não mais representasse, a esta altura, do que um personagem hipotético, cuja atuação entre nós foi envolvida nas brumas de uma mitologia cujo significado, atualmente, tornou-se confuso, quase impenetrável e tema de infindáveis polêmicas. Existe, hoje em dia, até mesmo quem não acredite, de jeito nenhum, que Ele tenha algum dia pisado no mundo.

Uma distorção brutal e absurda dos verdadeiros propósitos de Jesus foi outorgada aos povos no decorrer destes séculos. A palavra de Jesus, com efeito, teve que sofrer a ação predatória das Inquisições; das interpretações várias; dos interesses políticos e da negação ou da aceitação de muitos, todos com a sua parcela de distorção da limpidez da verdade da Sua Mensagem, para que chegasse até nós, em pleno século XXI, da maneira como a vemos: palavras destituídas, justamente, daquela Vida que Ele pretendia para conduzir os seres humanos à felicidade perene, à realização plena de si mesmos, através do mérito da sintonia de todos com as leis divinas. Coisa provavelmente mais simples do que todas as teologias, estudos, debates, igrejas, interesses e pretensos "intermediários" entre o céu e a terra quiseram, durante todo este tempo, dar a entender.

Chegamos a um tempo limítrofe que nos impõe, vistas estas coisas que só fazem confundir o espírito humano, um basta definitivo à desordem intencional com que a fraqueza e a arrogância, vigentes em todas as épocas, pretendem retardar o entendimento final do homem para o que é necessário a uma melhoria mais do que bem vinda ao ambiente do planeta e, como conseqüência natural, ao seu íntimo.

Há um tempo atrás li um livro curioso, "O Homem Que Se Tornou Deus", de Gerald Messadié. Texto inovador e mais do que coerente, se nos basearmos em certos estudos lúcidos, porém pouco ortodoxos quanto ao Cristianismo. Porém, em decorrência mesmo disso, pasto fértil para a descrença interesseira de mentes viciadas numa versão da vida de Jesus pouco esclarecedora em relação a variados aspectos, principalmente quando a despimos da capa fantasiosa da parábola e do simbolismo.

Segundo este texto, Jesus não morre. É salvo por José de Arimatéia, e continua pregando, por muitos e muitos anos, a mesma mensagem sublime de Amor que intentou incutir tanto nas humanidades daquela época quanto nas atuais. E da maneira como isto é visto na concatenação do livro, em nada é esmaecida a glória absoluta da Mensagem portentosa de Luz que Ele nos legou. Verifiquei que, excluído o dogma tão estigmatizado da Cruz, implantado a ferro e fogo no inconsciente das massas há vinte séculos, em nada decresceu minha admiração pelos conceitos perpétuos do Amor, daquele Amor que, este sim, haverá de enfim situar a vida humana no Éden com que sonha desde tempos imemoriais. Ao contrário, talvez tenha até aumentado. Por uma razão bem simples, exposta a seguir.

Não precisamos ser catedráticos ou doutores em teologia, para compreendermos que a Vida, assim como Deus a fez, é de uma simplicidade que soa absurda, principalmente para as mentes habituadas a toldar e a complicar sua graciosa autenticidade, visando interesses próprios: tribunas, púlpitos, ou supostas superioridades de intelecto que revertam noutras mais, materiais.

Efetivamente, a simplicidade das coisas de Deus não convêm aos que competem selvagemente, confinados nas vantagens ilusórias, passageiras e mesquinhas do minuto material que atravessam. Estes passam pela vida atropelando os outros como se todo o sentido da sua existência residisse aqui, sem enxergarem o vasto universo em volta, como se a vida fosse apenas o curto intervalo de sua permanência neste pequeno mundo perdido no Cosmos, e um grande duelo, no qual apenas os mais "fortes" merecem vencer. No entanto, quão míope e tacanho é este conceito de "força" no qual, voluntariamente, se enfurnam!

Chegamos a um tempo em que, afinal, devemos resgatar o Jesus verdadeiro, para colher, já tardiamente, o incalculável benefício da Verdade profunda contida na essência do seu ensinamento. E este Jesus não é o de nenhuma Igreja. Não importa, a esta altura, de modo algum, a forma externa que tomou a Sua presença entre nós há dois mil anos; mas, e sempre, o conteúdo do que nos legou. E este conteúdo nos foi deixado nos campos, ao ar livre, indistintamente, entre crianças, fariseus, mulheres, soldados e velhos.

Não é absolutamente um Jesus do Vaticano - aquela representação soberana do pináculo do poder político e institucional, sim – mas não, e jamais, de Jesus: do Jesus real! Não é o Jesus de que tenha se apoderado qualquer igreja, com suas interpretações arvoradas pretensamente em verdades. Porque Deus é Um, presente em todos e em tudo - e tudo o mais são caminhos.

Eu prefiro este Jesus; simples assim, o filho do carpinteiro.

O Jesus do "Reino de Deus em vós", brindando graciosamente a cada item da Criação com o sopro supremo e eterno da vida. O Jesus do amar ao próximo como a ti mesmo, porque é isto que nos redime perante nós mesmos e a Justiça divina, e não esta coisa sem sentido de um único homem sendo martirizado para o perdão de nossos pecados, subtraindo-nos, com isto, toda a nossa responsabilidade perante o próximo e perante a Vida, e o mérito mesmo da nossa evolução, desenvolvida a partir das nossas próprias escolhas. Sentimos, aí, toda a Verdade; não pode ser de outra maneira.

Chega de optarmos convenientemente por um Deus que, como um pai passional e irresponsável, passa a mão pela cabeça do filho pelas besteiras que faz, atravancando, nocivamente, seu próprio desenvolvimento, privando-o de forças e de sabedoria. É chegada a hora da maturidade, e ela vem com a nossa plena anuência para com os ritmos naturais da vida, adquirida com os acontecimentos usuais com que as engrenagens divinas nos defrontam.

É simples assim. Tomemos definitivamente a consciência disso, para que não haja o risco de, algum dia, novamente crucificarmos um outro Jesus, atribuindo manchas à excelsitude de uma mensagem avançada somente porque, nós sim, padecemos da cegueira cruel que nos impõem os interesses mentirosos e vis do orgulho e do egoísmo insanos, que nunca nos levarão a paraíso nem a céu nenhum.

Com amor,
Lucilla e Caio Fábio Quinto
"Elysium"
https://www.elysium.com.br


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Conteúdo desenvolvido pelo Autor Christina Nunes   
Chris Mohammed (Christina Nunes) é escritora com doze romances espiritualistas publicados. Identificada de longa data com o Sufismo, abraçou o Islam, e hoje escreve em livre criação, sem o que define com humor como as tornozeleiras eletrônicas dos compromissos da carreira de uma escritora profissional. Também é musicista nas horas vagas.
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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