O vôo do condor
Autor Flávio Bastos
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 7/7/2006 11:21:28 PM
Existem animais que parecem saídos de um filme de ficção científica. A águia, encontrada em algumas regiões da América do Norte, assim como o condor que habita a cordilheira andina da América do Sul, são aves de magnífico porte que lembram suas antecessoras que povoavam os céus de primitivas eras do planeta terra.
Apesar de habitarem beiradas de penhascos e voarem em consideráveis altitudes, suas visões são aguçadíssimas, podendo localizar uma presa na superfície a centenas de metros de distância.
Estes animais, no passado, povoaram a imaginação, a cultura e a tradição de vários povos indígenas andinos e norte americanos, onde eram admirados e até adorados por vários deles como legítimos representantes da força da natureza selvagem.
A visão panorâmica de um condor no võo é fantástica, sendo a capacidade visual de mais longo alcance entre os animais, seguido pela águia.
No entanto, os atributos destas formidáveis aves, como a velocidade, a força, a determinação, a estratégia e a própria visão, entre outros, que fazem destes animais os mais evoluídos de todos, não impede que os mesmos sintam-se dependentes da superfície terrestre para sobreviver e procriar.
Os índios, provavelmente, tenham sido os seres humanos que mais "próximos" destas grandes aves chegaram. Inseridos e à vontade em seus habitats naturais, desenvolveram, pela necessidade da sobrevivência em regiões inóspitas, muitas das características de seus amigos dos ares, como por exemplo: a estratégia, visão apurada, preparação, paciência, agilidade, velocidade, força, técnica, confiança e determinação.
Com a inevitável evolução tecnológica da humanidade, nossos ancestrais primatas e depois os indígenas, foram saindo de seus ambientes naturalmente selvagens e agregando-se, em princípio, em pequenas comunidades para, aos poucos, geração após geração, irem assumindo uma nova condição de vida social nas aldeias e depois nos centros urbanos: a dita civilização moderna.
Contudo, ainda conservamos algumas características dos nossos antepassados. Porém, a partir da entrada do milênio, estes traços começam a sofrer um processo de adaptação às exigências da nova era. E este nível de exigência processa-se gradual e lentamente, quase imperceptível à observação humana.
A visão em profundidade eleva-se, direcionando-se para o alto. A força associada à estratégia, deixa de ser estóica, e a paciência e a preparação uma necessidade de evolução, assim como a ousadia e a responsabilidade em alto grau.
A visão de águia (ou de condor) na versão humana de longo alcance, deixa de ser para baixo, e sim, para o plano superior, a nossa verdadeira origem consciencial. No entanto, assim como estas extraordinárias aves, continuamos dependentes da superfície terrestre, a nossa transitória morada.
Por fim, o surgimento de novas necessidades e atitudes frente ao processo evolutivo, não impedirá que continuemos ainda - por um indeterminado tempo - umbilicalmente ligados à mãe terra. Porém, como toda criança que retorna para a vida entre nós, um dia, definitivamente, romperemos o cordão umbilical terreno alçando vôo de condor em busca de moradas mais evoluídas.
Psicanalista Clínico e Reencarnacionista
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Texto revisado por: Cris
Avaliação: 5 | Votos: 11
Flavio Bastos é criador intuitivo da Psicoterapia Interdimensional (PI) e psicanalista clínico. Outros cursos: Terapia Regressiva Evolutiva (TRE), Psicoterapia Reencarnacionista e Terapia de Regressão, Capacitação em Dependência Química, Hipnose e Auto-hipnose, e Dimensão Espiritual na Psicologia e Psicoterapia. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |
