Onde encontro a paz?
Atualizado dia 01/04/2018 23:25:02 em Autoconhecimentopor Paulo Tavares de Souza
A paz, em verdade, é o grande objeto de desejo da humanidade. Uns acreditam que para realizá-la precisam de coisas, outros precisam de pessoas, alguns de títulos e honrarias, além daqueles que sonham em ter poder ou condições financeiras abastadas.
Não percebem que estão cada vez mais distantes, pois a paz nunca estará presente no mesmo território da ganância, pelo contrário, ela irá exigir um completo desinteresse por tudo isso.
A ganância, não à toa, é tratada como um pecado original, algo que resulta da inflação exagerada de um falso eu, também conhecido como ego.
O ego é apenas um programa, algo que foi construído a partir dos nossos desejos; na verdade, é um personagem ilusório, encantado com a paisagem, preso nas grades de falsas necessidades. Procure o ego e ele simplesmente desaparece.
Um sábio do oriente dizia que não há um caminho para a paz, a paz é o caminho. Ainda não compreendemos isso, buscamos fora o que precisa ser buscado dentro da gente. O interesse por coisas impermanentes consome todas as nossas forças, pois o homem, na maioria das vezes, ainda não desenvolveu o interesse por aquilo que não morre, muito menos pelo conhecimento da sua Verdadeira Natureza. Ele não percebeu que o caminho da paz passa pela desconstrução dos conceitos equivocados que o escraviza, desta forma, sofre por viver na ignorância, atendendo cegamente às demandas ilusórias da alma.
Não é possível alcançar a paz enquanto estivermos cheios de desejos. Não é possível viver em paz com tanta ganância. Não existe nada fora que poderá nos preencher, nem pessoas, nem coisas. Está na hora de entendermos que não somos um vasilhame qualquer à espera de algo que nos deixe plenos e realizados, pois já temos toda a plenitude da Vida Eterna, somos a própira Vida Eterna, consciente e realizada, o que mais precisamos?
O homem vive como um mendigo pedindo esmolas às portas de um gigantesco castelo. Um mendigo que ignora que o castelo é dele e que o trono daquele Reino lhe pertence. O grande desafio da existência, portanto, é apenas despertar. Estamos todos dormindo, vivendo um sonho, identificados com um mundo de ilusões efêmeras, totalmente envolvidos com os enredos da mente.
É preciso parar agora de atender às falsas necessidades que trazemos, é preciso perder o interesse pelo mundo, pois estamos agindo como verdadeiros zumbis, como cadáveres ambulantes, como mortos enterrando mortos. A Vida Verdadeira nos espera e o caminho está em outra direção.
O estado de paz é o nosso estado natural, pois somos a própria paz que sonhamos alcançar. A paz não irá invadir o seu coração, como diz a canção, pois ela já está lá, sempre esteve, você é que se distanciou de si mesmo, correndo feito uma criança tola atrás de bolhas de sabão, iludindo-se com coisas que se desfazem no caminho.
Quando Jesus disse ao jovem para vender tudo o que tinha, naquele momento mostrou que somos absolutamente escravos daquilo que possuímos.
Não é preciso livrar-se de bem algum, como fez Francisco de Assis; podemos apenas aprender a tirar o envolvimento emocional que temos com tudo aquilo que existe, pois deixará de existir a seu tempo.
“Entrai pela porta estreita, pois larga é a porta e amplo o caminho que levam à perdição, e muitos são os que entram por esse caminho”. Mt 7:13.
A porta estreita é a porta do coração, a entrada para o Reino de paz que vive à espera do retorno do Rei.
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