Orgulho e desigualdade social
Autor Flávio Bastos
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 2/1/2006 8:11:30 AM
Nas necessárias experiências das diversas vidas do espírito milenar, ora nascemos em famílias tradicionais, ora encarnamos no seio de famílias plebéias.
Os indivíduos portadores de uma personalidade orgulhosa se apóiam em um princípio de total submissão às regras e costumes sociais, bem como o defendem energicamente. E esta tradição, entendida como um conjunto de regras e valores inserido na educação da criança, remontam do histórico surgimento das classes sociais economicamente previlegiadas e da consequente divisão da sociedade entre pobres dominados e de ricos dominadores.
Desprezar é um sentimento pelo qual nos colocamos acima de tudo e de todos, discriminando e avaliando com arrogância acontecimentos e situações do alto do "pedestal" de nosso orgulho, ou como se ainda estivéssemos olhando de cima da torre do nosso castelo medieval. É manifestar desprezo ou desconsideração por alguém ou por alguma coisa que contrarie o nosso ponto de vista pessoal.
Historicamente, portanto, poderíamos afirmar que cultivamos o orgulho nas vivências entre classes sociais dominantes, onde tradicionalmente as regras de convivência foram e ainda são únicas e distintas das demais classes sociais inferiores. Mas, então, o que dizermos do conhecido dito popular "Sou pobre, mas orgulhoso!"?
O indivíduo que hoje se encontra numa condição social de pobreza, mas é orgulhoso; um dia, no remoto passado, foi abastado e possuidor de um sentimento de superioridade diante das demais criaturas. Na vivência atual, ainda não despertou no sentido de tirar proveito das experiências como espírito encarnado numa situação de sérias restrições materiais. Permanece com a mesma "pose" e um sentimento que emana da sua memória extra-cerebral.
Todo envolvimento na vida tem um propósito determinado cujo entendimento, além de esclarecer nosso valor pessoal, favorecerá o amor, o respeito e a aceitação de cada um dos nossos semelhantes.
As dificuldades que a vida nos apresenta têm sempre um caráter educativo. Mesmo que a vejamos agora como castigo ou punição, mais tarde tomaremos consciência de que eram unicamente produtos de nosso limitado estado de compreensão e discernimento evolutivo.
Contudo, conforme Allan Kardec em "O Livro dos Espíritos", a questão da desigualdade das condições sociais não é a Lei da Natureza: "É obra do homem e não de Deus", explicita. Portanto, admite-se que o indivíduo consciente não deve compactuar com toda situação que promova a desigualdade entre os homens (riqueza e pobreza; luxo e miséria, elitismo intelectual e ignorância), mas deve lutar contra o egoísmo e o orgulho identificando os múltiplos disfarces com que eles se apresentam.
"Apoiará os movimentos que objetivem a igualdade dos direitos humanos, assim como as causas justas e reconhecendo apenas como válida a desigualdade pelo merecimento decorrente do grau de aprimoramento intelectual e espiritual originado pelo próprio espírito através do princípio do livre arbítrio".
Psicoterapeuta Reencarnacionista e Psicanalista Clínico.
Texto revisado por Cris
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Flavio Bastos é criador intuitivo da Psicoterapia Interdimensional (PI) e psicanalista clínico. Outros cursos: Terapia Regressiva Evolutiva (TRE), Psicoterapia Reencarnacionista e Terapia de Regressão, Capacitação em Dependência Química, Hipnose e Auto-hipnose, e Dimensão Espiritual na Psicologia e Psicoterapia. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |
