Origem da Sexta-Feira Treze
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Autor Linda Ostjen
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 13/04/2018 13:42:44
Qual a origem de que coisas ruins podem acontecer em uma sexta-feira 13?
O que dizem os números:
A numerologia pitagórica, que segue as diretrizes do matemático Pitágoras, trabalha apenas os números de um a nove, além do 11 e do 22. O 13 é visto desmembrado, como a soma de um e três, sem qualquer relação com azar.
Uma corrente numerológica associa o 13 ao mau agouro. Ao contrário de seu anterior imediato – 12 indica totalidade: 12 meses do ano, 12 horas do relógio, 12 apóstolos de Jesus -, o 13 expressa a irregularidade, a transgressão da ordem perfeita e do equilíbrio.
Observe a Santa Ceia:
Em uma quinta-feira, Jesus e seus 12 apóstolos (portanto, 13 pessoas) sentaram-se à mesa para aquela que ficou conhecida como a última refeição. Um dia depois, Jesus foi crucificado. E assim, o 13 é associado pelos mais fervorosos ao paganismo e a coisas ruins.
Triscaidecafobia é doença desenvolvida pelo medo do Treze
Um pouquinho de Mitologia Nórdica:
Em um banquete com pompa e circunstância para o qual 12 deuses foram convidados, Loki, deus do fogo e da trapaça, apareceu sem ser convidado e armou uma briga que terminou com a morte de Balder, o favorito entre os deuses.
Em um banquete com pompa e circunstância para o qual 12 deuses foram convidados, Loki, deus do fogo e da trapaça, apareceu sem ser convidado e armou uma briga que terminou com a morte de Balder, o favorito entre os deuses.
Até hoje, há quem não se senta à mesa quando são 13 os comensais. Especula-se também que é por isso que os conjuntos de mesa são sempre vendidos em grupos de 4, 6 ou 12. Agora você já sabe: convide mais ou menos do que 13 pessoas para o seu jantar.
Sim, isso mesmo: TRIS-CAI-DE-CA-FO-BI-A. E mais complicado do que dizer, é viver.
A triscaidecafobia, acredite, é o medo irracional do número 13 e pode ser considerada uma doença. Os triscaidecofóbicos não suportam a possibilidade de ver ou estar próximo de qualquer objeto ou pessoa ligada ao número 13.
De acordo com o psicanalista especializado em fobias Benomy Silberfarb, o medo é mais comum do que se pensa. Para essas pessoas, a virada do ano vai trazer muita ansiedade.
A triscaidecafobia, acredite, é o medo irracional do número 13 e pode ser considerada uma doença. Os triscaidecofóbicos não suportam a possibilidade de ver ou estar próximo de qualquer objeto ou pessoa ligada ao número 13.
De acordo com o psicanalista especializado em fobias Benomy Silberfarb, o medo é mais comum do que se pensa. Para essas pessoas, a virada do ano vai trazer muita ansiedade.
Para os chineses, os significados errados emanam do 4, cuja pronúncia se assemelha à da palavra “morte”.
Apesar da preferência generalizada pelos números pares na China, as mais diversas referências ao 4 costumam ser evitadas em países do sul e do sudeste da Ásia: números de telefone sem esse dígito no começo, prédios onde a sequência de andares pula do terceiro para o quinto, empresas de ônibus que não colocam o algarismo nas placas e festas de casamento que desobedecem a numeração normal das mesas para que ninguém seja obrigado a ocupar um assento de má sorte.
O medo tem até nome: tetrafobia.
E ainda tem mais:Apesar da preferência generalizada pelos números pares na China, as mais diversas referências ao 4 costumam ser evitadas em países do sul e do sudeste da Ásia: números de telefone sem esse dígito no começo, prédios onde a sequência de andares pula do terceiro para o quinto, empresas de ônibus que não colocam o algarismo nas placas e festas de casamento que desobedecem a numeração normal das mesas para que ninguém seja obrigado a ocupar um assento de má sorte.
O medo tem até nome: tetrafobia.
Embora eu e você ame as sextas- feiras: a Sexta-feira e o número 13 já eram associados ao azar, segundo Steve Roud, autor do guia da editora Penguin Superstições da Grã-Bretanha e Irlanda.
Afinal, por que sexta?
“Porque sexta-feira foi o dia da crucificação (de Jesus Cristo), as sextas-feiras sempre foram vistas como um dia de penitência e abstinência”, diz ele Steve Roud.
E, por que o número 13?
Também tem a ver com Jesus, ou seja, as teorias da associação de azar com o número 13 incluem o número de pessoas presentes na Última Ceia e o número de bruxas em um clã.
Em 1690, começou a circular uma lenda urbana dizendo que ter 13 pessoas em um grupo ou em torno de uma mesa dava azar, explica Roud.
Até que um grupo, “O Grupo dos Treze”, surgiu com o objetivo de acabar com superstições acabou consagrando a data.
Em 1907 foi publicado um livro chamado Sexta-feira 13 foi publicado pelo corretor de ações Thomas Lawson.
O livro conta a história negra de um corretor de Wall Street que manipula o valor de ações para se vingar de seus inimigos, deixando-os todos sem nenhum tostão, miséria mesmo. Como ele faz isso?
Ele aproveita a tensão natural causada pela data no mercado financeiro. “Cada homem na bolsa de valores está de olho nessa data. Sexta-feira, 13, quebraria o melhor pregão em andamento”, diz um dos personagens do livro.
A obra foi a inspiração para a mitologia em torno da data culminando na franquia de filmes homônimos nos anos 1980.
Livro de 1907 levou a superstição para mundo artístico e criou franquia de cinema (Crédito: Alamy)
Então, em 1907, a sexta-feira 13 já era uma superstição socialmente estabelecida. Mas não era assim 25 anos antes.
O Clube dos Treze
O Clube dos Treze, com membros determinados a desafiar superstições, se reuniu pela primeira vez em 13 de setembro de 1881 (uma quarta-feira) – mas só seria fundado oficialmente em 13 de janeiro de 1882.
O que os Trezes faziam?
Eles se encontravam sempre no dia 13 de cada mês, sentavam – os 13 – à mesa, quebravam espelhos, derrubavam saleiros extravagantemente e entravam no salão de jantar passando debaixo de uma escada.
Os relatórios anuais do clube mostravam quantos de seus membros tinham morrido, e quantas destas mortes haviam ocorrido dentro do prazo de um ano após um membro comparecer a um de seus jantares.
‘Grande coração’
WILLIAM FOWLER ERA O MESTRE DE CERIMÔNIAS DO CLUBE DOS TREZE EM NOVA YORK. ELE ERA CONSIDERADO UM “BOM COMPANHEIRO DE GRANDE CORAÇÃO, SIMPLES E CARIDOSO”. (CRÉDITO: NYPL)
O grupo foi fundado pelo capitão William Fowler em seu restaurante, o Knickerbocker Cottage, na Sexta Avenida de Manhattan, em Nova York.
Como mestre de cerimônias, ele “sempre entrava no salão de banquetes à frente do grupo, vistoso e sem medo”, segundo Daniel Wolff, “chefe de regras” do clube.
O primeiro foco do grupo foi a superstição de que, se 13 pessoas jantassem juntas, uma delas morreria em breve.
Logo a segunda superstição ocorreu.
Em abril de 1882, o clube adotou uma resolução lastimando o fato de que a sexta-feira era “há muitos séculos considerado um dia de azar, sem motivos” e enviaram apelos ao presidente americano, a governadores e a juízes pedindo que estes últimos parassem de marcar enforcamentos para sextas-feiras e levassem a cabo execuções em outros dias da semana.
Seria isso por culpa do próprio clube?
Clube dos Treze começou com reuniões nesta casa em Manhattan (Crédito: Reprodução)
A verdade é que grupo aproveitava todas as oportunidades que apareciam para juntar as duas superstições e ridicularizá-las, segundo reportagem do jornal Los Angeles Herald de 1895: “Nos últimos 13 anos, quando a sexta-feira caiu no dia 13, esta peculiar organização fez reuniões especiais para se deleitar”.
O clube se tinha um só objetivo: ter a superstição no foco das atenções. E Sua fama cresceu: o grupo original de 13 membros passou a contar com centenas de pessoas na virada do século, e clubes parecidos foram fundados em outras cidades em todo o país.
Em 1894, foi criado o Clube dos Treze de Londres. Em uma carta de 1883 aos membros nova-iorquinos, o escriba do clube londrino, Charles Sotheran, elogia a determinação com que eles combateram “duas dessas superstições vulgares, a crença de que o número 13 traria azar e que a sexta-feira seria um dia azarado”. “Vocês criaram um sentimento popular a favor dos dois”.
A doutrina do Clube dos Treze era de que “superstições deveriam ser combatidas e eliminadas”.
Mas foi um tiro no pé, porque em vez disso, eles fortaleceram uma das superstições mais conhecidas e persistentes do ocidente.
Para finalizar, vale dizer que há quem ame o número Treze e dele tira muita energia boa: Os indianos acreditam no 13 como talismã.
“Porque sexta-feira foi o dia da crucificação (de Jesus Cristo), as sextas-feiras sempre foram vistas como um dia de penitência e abstinência”, diz ele Steve Roud.
E, por que o número 13?
Também tem a ver com Jesus, ou seja, as teorias da associação de azar com o número 13 incluem o número de pessoas presentes na Última Ceia e o número de bruxas em um clã.
Em 1690, começou a circular uma lenda urbana dizendo que ter 13 pessoas em um grupo ou em torno de uma mesa dava azar, explica Roud.
Até que um grupo, “O Grupo dos Treze”, surgiu com o objetivo de acabar com superstições acabou consagrando a data.
Em 1907 foi publicado um livro chamado Sexta-feira 13 foi publicado pelo corretor de ações Thomas Lawson.
O livro conta a história negra de um corretor de Wall Street que manipula o valor de ações para se vingar de seus inimigos, deixando-os todos sem nenhum tostão, miséria mesmo. Como ele faz isso?
Ele aproveita a tensão natural causada pela data no mercado financeiro. “Cada homem na bolsa de valores está de olho nessa data. Sexta-feira, 13, quebraria o melhor pregão em andamento”, diz um dos personagens do livro.
A obra foi a inspiração para a mitologia em torno da data culminando na franquia de filmes homônimos nos anos 1980.
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Então, em 1907, a sexta-feira 13 já era uma superstição socialmente estabelecida. Mas não era assim 25 anos antes.
O Clube dos Treze
O Clube dos Treze, com membros determinados a desafiar superstições, se reuniu pela primeira vez em 13 de setembro de 1881 (uma quarta-feira) – mas só seria fundado oficialmente em 13 de janeiro de 1882.
O que os Trezes faziam?
Eles se encontravam sempre no dia 13 de cada mês, sentavam – os 13 – à mesa, quebravam espelhos, derrubavam saleiros extravagantemente e entravam no salão de jantar passando debaixo de uma escada.
Os relatórios anuais do clube mostravam quantos de seus membros tinham morrido, e quantas destas mortes haviam ocorrido dentro do prazo de um ano após um membro comparecer a um de seus jantares.
‘Grande coração’
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O grupo foi fundado pelo capitão William Fowler em seu restaurante, o Knickerbocker Cottage, na Sexta Avenida de Manhattan, em Nova York.
Como mestre de cerimônias, ele “sempre entrava no salão de banquetes à frente do grupo, vistoso e sem medo”, segundo Daniel Wolff, “chefe de regras” do clube.
O primeiro foco do grupo foi a superstição de que, se 13 pessoas jantassem juntas, uma delas morreria em breve.
Logo a segunda superstição ocorreu.
Em abril de 1882, o clube adotou uma resolução lastimando o fato de que a sexta-feira era “há muitos séculos considerado um dia de azar, sem motivos” e enviaram apelos ao presidente americano, a governadores e a juízes pedindo que estes últimos parassem de marcar enforcamentos para sextas-feiras e levassem a cabo execuções em outros dias da semana.
Seria isso por culpa do próprio clube?
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A verdade é que grupo aproveitava todas as oportunidades que apareciam para juntar as duas superstições e ridicularizá-las, segundo reportagem do jornal Los Angeles Herald de 1895: “Nos últimos 13 anos, quando a sexta-feira caiu no dia 13, esta peculiar organização fez reuniões especiais para se deleitar”.
O clube se tinha um só objetivo: ter a superstição no foco das atenções. E Sua fama cresceu: o grupo original de 13 membros passou a contar com centenas de pessoas na virada do século, e clubes parecidos foram fundados em outras cidades em todo o país.
Em 1894, foi criado o Clube dos Treze de Londres. Em uma carta de 1883 aos membros nova-iorquinos, o escriba do clube londrino, Charles Sotheran, elogia a determinação com que eles combateram “duas dessas superstições vulgares, a crença de que o número 13 traria azar e que a sexta-feira seria um dia azarado”. “Vocês criaram um sentimento popular a favor dos dois”.
A doutrina do Clube dos Treze era de que “superstições deveriam ser combatidas e eliminadas”.
Mas foi um tiro no pé, porque em vez disso, eles fortaleceram uma das superstições mais conhecidas e persistentes do ocidente.
Para finalizar, vale dizer que há quem ame o número Treze e dele tira muita energia boa: Os indianos acreditam no 13 como talismã.
Zagallo Ama o TREZE
Técnico do futebol brasileiro e único tetracampeão mundial, Zagallo, gosta, e muito, do número.
Zagallo mora no 13º andar, casou-se no dia 13 e dirige um carro de placa número 1313.
A quem perguntar, Zagallo conta que a crença em torno do número começou por causa da mulher, Alcina, que era devota de Santo Antônio, cuja dia é celebrado em 13 de outubro.
Assim, o craque passou a vestir a camisa 13, fazer gols, e crescer no futebol brasileiro. O mito do Zagalo e o seu número Treze estava criado e, na carona do jogador, muitos começaram a pensar no 13 como número da sorte.
Bom dia!!!
Zagallo mora no 13º andar, casou-se no dia 13 e dirige um carro de placa número 1313.
A quem perguntar, Zagallo conta que a crença em torno do número começou por causa da mulher, Alcina, que era devota de Santo Antônio, cuja dia é celebrado em 13 de outubro.
Assim, o craque passou a vestir a camisa 13, fazer gols, e crescer no futebol brasileiro. O mito do Zagalo e o seu número Treze estava criado e, na carona do jogador, muitos começaram a pensar no 13 como número da sorte.
Bom dia!!!
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Linda Ostjen, Advogada, licenciada em Letras pela PUC/RS, bacharel em Ciências Jurídicas pela Faculdade de Direito da PUCRS, especialização em Direito Civil pela UFRGS e Direito de Família e Sucessões pela Universidade Luterana (ULBRA/RS), Mestre em Direitos Fundamentais pela Universidade Luterana (ULBRA/RS). Juíza não togada na Comarca de Viamão. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |