Menu
Somos Todos UM - Home

Orunmilá & Exú Parte 2

Facebook   E-mail   Whatsapp

Autor Orlando josé ravaglio

Assunto Autoconhecimento
Atualizado em 5/25/2006 10:24:30 PM


EXÚ JÒKÓ JELÉDE
BARA NY AN GBÉGI GBÉGI
OGUN GBOGBO NIO
KÒRÓ, KÒRÓ-KÒRÓ
Exú come cachorro. come porcos
Bara anda senhorilmente, balançando-se
para a direita e para a esquerda
Todos os atacantes se afastam
quando ele vem chegando senhoril e sutilmente.
Exú
Na teologia Yorubá, Exú é descrito com um caráter tão versátil que devemos ser cautelosos a respeito do que se fala sobre ele. Tem sido freqüentemente chamado por alguns de diabo ou de satã.
Obviamente Exú não é o "DIABO" do Novo Testamento que é o poder maléfico absoluto em oposição ao plano de salvação de Deus para os homens. Por outro lado, estaria perto da verdade equipará-lo com satã do livro da fé, onde satã é um dos ministros de Deus e tem o trabalho de testar a sinceridade dos homens, por à prova as suas crenças. O que reunimos de nossas fontes é que Exú é primordialmente um relações públicas especial entre O céu e a terra, o inspetor geral que comunica regularmente a Olodumaré os feitos das divindades e dos homens, testa e faz relatórios sobre a exatidão dos cultos e dos sacrifícios em particular.
O Babalawo usualmente tem o ponto de vista que Exú foi criado para ser a divindade mão direita de Orunrnilá, sendo o seu dever levar recados para Orunmílá, sempre estar atendendo-o e
agir sob suas ordens. Para Orunmiiá é assinalado o dever de ouvir a voz de Olodumaré e declarar a sua vontade para o mundo. Porém, sempre que a declaração de Orunmiiá não for considerada. é o dever de Exú trazer alguma calamidade como forma de punição para o recalcitrante. Em troca. pelo serviço que Exú presta, Orunrnilá o alimenta, caso Exú não se contentar com a oferenda, ele toma o encargo de estragar os trabalhos de Orunmiiá.
Pelo que reunimos do caráter de Exú na tradição, é difícil de aceitar como correto o status no qual os Babalawo tentam colocá-lo.
Exú é certamente em algumas circunstâncias um orixá e não pode estar em posição subordinada à qualquer divindade, especialmente aquela de um obediente garoto de Orunrnilá. Não há nenhuma dúvida que a tradição mostra existir uma ligação muito forte entre Exú e Orunrnilá; mesmo um pequeno mal-entendido nessa relação pode facilmente levar a um erro de julgamento a favor de um e outro.
Exú é ubíquo porque ele deve estar sempre a postos na inspeção de adoração e sacrifícios. Onde quer que alguém se envolva com um problema por arte de Exú, Orunmiiá pode sempre ser de confiança para mostrar o modo de se sair da dificuldade. Por isso, onde houver o culto de Orunmiiá, o de Exú é organizado também em menor escala. Ambos freqüentemente trabalham em colaboração. Exú é conhecido pelos Babalawo como Osetuwá "aprovador e guardião dos sacrifícios" .
Se for analisar as lendas, é Orunmiiá que está sempre às voltas com as armadilhas de Exú. É de crença conhecida que Exú pode estragar os trabalhos de Orunmiiá, quando encontra motivos para fazê-lo. Numa ocasião as divindades conspiraram contra Orunrnilá e o deixou perante Olodumaré. Exú quem o defendeu e cuja submissão Olodumaré aceitou.
A atitude dos Y orubá perante Exú é geralmente de temor.
Na verdade ele é temido até pelas divindades. Isto ocorre em virtude do seu ofício. Ele tem o poder de vida e morte sobre todos. Por isso, procuram estar de bom acordo com Exú. Nós ouvimos o aviso:
BI Á BÁ RÚBO, KI Á MÚ TEXÚ KURÓ. Quando são oferecidos sacrifícios, a porção que pertence a Exú, deve ser separada para ele.
Um outro motivo dele ser temido é que incidentalmente é malicioso e um fazedor de travessuras, capaz de causar grandes confusões, provocando situações complicadas ou promovendo malícia entre as pessoas. Com sua manha pode transformar em inimigos os amigos mais chegados, causar brigas entre marido e mulher e fazer de antagonistas pais e filhos. Existem muitos mitos que o ilustram como o trapaceiro. Aqui está uma:
EXÚ - O MERCADOR DE FILÁ
Certo homem tinha duas lindas esposas, as quais ele amava igualmente e que estavam no melhor dos termos. Tão pacifica era a casa onde eles viviam. que se tornaram para seus vizinhos modelos de harmonia conjugal e familiar. As pessoas achavam que nada poderia perturbar as felizes relações que existiam entre eles. Exú soube disso e não gostou. Assim, ele esquematizou uma armadilha para eles de modo astuto e usual. Fez um filá muito bonito, transformou-se num comerciante e colocou-o à venda no mercado, tendo cuidado porém em não vendê-lo a ninguém, até aparecer uma das duas esposas para comprá-lo. Uma delas ao visualizar o filá, imediatamente o adquiriu e alegremente o levou para presenteá-lo ao marido. Este. ao receber o belo presente,fi-
cou tão agradavelmente surpreso que, inconscientemente, demonstrou sua apreciação e gratidão de um modo que tornou a outra esposa desconfiada e ciumenta. Porém, esta nada falou. Aguardou apreensivamente com inquietação crescente o próximo dia de feira. Quando o dia chegou, ela foi bem cedo ao mercado em busca de um presente, um bem melhor a qualquer custo para seu marida. E ai estava Exúl Esperando-a com outro filá, que comparada com o primeiro engrandecia-o de graça e beleza. Triunfantemente, a segunda esposa comprou este novo filá e o levou para casa dando ao marido. O efeito foi mágico, tornanda-a assim a preferida da marido. Do jeito que Exú queria, o palco estava armado para rivalidade aguçada entre as duas esposas, cada uma empenhando-se para sobrepujar a outra no perigoso jogo de ganhar o amor do marido. Exú vindo em auxilio de cada uma na sua vez do jogo, e o humor do marida balançando da direita para a esquerdo com a chegada de presentes cada vez mais bonitos. Quando Exú ficou satisfeito e as peças tinham sido bem colocadas como um quebra-cabeças, e que a desastrosa explosão inevitavelmente ocorreria, ele abruptamente deixou de ir ao mercado. A próxima esposa em visita a feira, ficou frustrada, não encontrando mais o "tal comerciante". Voltou para casa em grande fúria.
Sendo assim, o objetivo de Exú em desarmonizar aquela família no que estivera preparando com grande malícia, por fim aconteceu, ocorrendo então uma grande tragédia.
Exú parece possuir um poder que só Olodumaré para contê-lo. Certa vez Xangô dizia gabando-se, que não havia nenhum orixá que ele não pudesse dominar. Exú logo o desafiou:
- Isto inclui a mim?
Xangô imediatamente replicou desculpando-se:
- Mas por quê? Certamente você não poderia ter sido incluido!
Em outra ocasião, dessa vez com Orunmilá, Exú mostrou ter ficado indignado. Por não ter sido consultado em relação à compra de um escravo, Exú, numa noite acabou estrangulando o pobre escravo!
Freqüentemente se escuta a expressão:
EXÚ OTÁ ORIXÁ
Exú, o adversário dos orixás.
ADÕ-IRÀN - Cabaça

Gostou?    Sim    Não   

starstarstarstar Avaliação: 4 | Votos: 3


estamos online   Facebook   E-mail   Whatsapp

Conteúdo desenvolvido pelo Autor Orlando josé ravaglio   
Visite o Site do autor e leia mais artigos..   

Saiba mais sobre você!
Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui.
Veja também
Deixe seus comentários:



© Copyright - Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução dos textos aqui contidos sem a prévia autorização dos autores.


Siga-nos:
                 

Energias para hoje



publicidade










Receba o SomosTodosUM
em primeira mão!
 
 
Ao se cadastrar, você receberá sempre em primeira mão, o mais variado conteúdo de Autoconhecimento, Astrologia, Numerologia, Horóscopo, e muito mais...


 


Siga-nos:
                 


© Copyright 2000-2025 SomosTodosUM - O SEU SITE DE AUTOCONHECIMENTO. Todos os direitos reservados. Política de Privacidade - Site Parceiro do UOL Universa