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OS NOVE BILHÕES DE NOMES DE DEUS - 2

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Autor Orlando josé ravaglio

Assunto Autoconhecimento
Atualizado em 3/24/2006 10:56:11 PM


- Acabo de descobrir o objetivo da operação.
- Mas já o sabíamos!
- Sabíamos o que os monges queriam fazer, mas não sabíamos porquê.
- Bah! São uns loucos...
- Escuta, Jorge, o velho acaba de explicar-me. Eles crêem que assim que tenham escrito todos aqueles nomes, e segundo pensam são cerca de nove bilhões, o objetivo divino será atingido. A raça humana terá realizado a tarefa para que foi criada.
- E então? Esperam que nos suicidemos?
- Inútil. Quando a lista estiver terminada, DEUS intervirá e será o fim.
- Quando terminarmos será, então, o fim do mundo?
Chuck teve um risinho nervoso:
- Foi o que eu disse ao velho. Ele olhou-me de uma forma estranha, como um professor olha para um aluno particularmente estúpido, e disse-me: “Oh, não será assim tão insignificante!”
Jorge refletiu um instante.
- É um tipo que visivelmente tem idéias largas mas, mesmo assim, que importância tem isso? Nós já sabíamos que eram loucos.
- Sim. Mas não vês o que pode acontecer? Se a lista ficar pronta e se as trombetas do Anjo Gabriel, versão tibetana, não soarem, eles podem decidir que é por nossa culpa. Afinal de contas, era a nossa máquina que eles utilizavam. Não gosto disso...
- Percebo... – disse lentamente Jorge – mas eu já vi tanta coisa! – Quando era garoto na Luisiana apareceu um pregador que anunciou o fim do mundo para o domingo seguinte. Houve centenas de tipos que acreditaram nele. Alguns mesmo chegaram a vender suas casas. Mas ninguém se endureceu no domingo seguinte. As pessoas pensaram que ele apenas errara um pouco os cálculos e muitas delas ainda acreditam.
- Caso não te tenhas apercebido faço-te notar que não estamos na Luisiana. Estamos ambos sozinhos, no meio de centenas de monges. Adoro-os, mas preferia estar longe quando o velho lama aperceber-se de que a operação falhou.
- Há uma solução. Uma pequenina sabotagem inofensiva. O avião chega dentro de quatro dias à razão de 24 horas por dia. Basta-nos começar a reparar qualquer coisa durante dois dias ou três dias. Se calcularmos bem, poderemos estar lá em baixo, no aeroporto, quando o último nome sair da máquina.
Sete dias mais tarde, enquanto os pequenos pôneis das montanhas desciam o caminho em espiral, Hanley disse:
- Sinto um pouco de remorsos. Não fujo por medo, mas porque tenho pena. Não gostaria de ver a cara daqueles pobres homens quando a máquina parar.
- Na minha opinião – disse Chuck – eles desconfiaram que fugimos e não se incomodaram. Agora já sabem até que ponto a máquina é automática e que não precisa de vigilância. E supõem que não haverá nenhuma depois.
Jorge voltou-se para trás e olhou.
Os edifícios do mosteiro apareciam em silhueta escura sobre o poente. De vez em quando brilhavam pequeninas luzes sob a massa sombria das muralhas, como as vigias de um navio singrando no mar. Lâmpadas elétricas colocadas sobre o circuito da máquina nº 5.
"Que aconteceria ao calculador elétrico?", pensou Jorge. "Na sua fúria e desapontamento iriam os monges destruí-lo? Ou então recomeçariam tudo?"
Como se ainda lá estivesse via o que naquele momento se passava na montanha atrás das muralhas. O grande lama e os seus assistentes examinavam as folhas, enquanto alguns noviços recortavam os nomes barrocos e os colavam no enorme caderno. E tudo aquilo era feito em religioso silêncio. Só se ouviam as teclas da máquina, batendo no papel como se fossem chuva miúda. O próprio calculador, que combinava milhares de letras por segundo, estava completamente silencioso...
A voz de Chuck interrompeu o seu devaneio:
- Lá está ele! Que grande alegria que dá!
Semelhante a uma minúscula cruz prateada, o velho avião de transportes DC3 acabava de pousar lá embaixo no pequeno aeródromo improvisado. Aquela visão dava vontade de beber um grande copo de uísque gelado. Chuck começou a cantar, mas depressa se calou. As montanhas não o encorajavam.
Jorge consultou o relógio.
- Estaremos lá dentro de uma hora – disse. E acrescentou: - Pensas que o cálculo já terminou?
Chuck não respondeu e Jorge levantou a cabeça. Viu o rosto de Chuck muito branco, voltado para o céu.
- Olha! – murmurou Chuck.
Jorge, por sua vez, levantou os olhos.
Pela última vez, por cima deles, na paz das alturas, uma a uma as estrelas começavam a extinguir-se...

Texto extraído do livro "DESPERTAR DOS MÁGICOS", Louis Pauwels/Jacques Bergier, 12a. edição, 1976 páginas, 162/167.


Dias atrás estava sentado em meu quintal olhando as orquídeas quando deparei-me pensando, ou melhor, me peguei em pleno devaneio, e então, lembrei-me dos nomes que conhecia sobre Deus. Lembrei desse texto de Arthur Clark; fui procurar o livro e, relendo, pus-me a imaginar a situação que estes homens passaram e o que os próprios monges também pensaram sobre eles e o interessante é que não consegui ver a situação exposta pelos americanos e, muito menos, a situação exposta pelos tibetanos. Mas, então, pus-me a completar a missão da máquina e, só então, percebemos que quando conhecemos Deus e estamos sempre com ele, vemos que a paz das alturas é o silêncio de uma bela e magnífica meditação no encontro divino, entrar em comunhão em e com Deus, sintonizar tudo que nos rodeia - no caso estava eu com as orquídeas – então, entramos em êxtase ou nos sentimos uno com tudo, fazendo parte do Todo, sentindo-se completo e em paz nas alturas. Comunguemos sempre, todos, com Deus e sempre nos sentiremos nas alturas...

Texto revisado por Cris

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