Os Senhores do Engenho
Atualizado dia 3/31/2017 12:15:57 PM em Espiritualidadepor Renato Mayol
Se tiver sido no espaço sideral que as moléculas pré-bióticas surgiram, como teorizado por Francis Crick, prêmio Nobel pela descoberta do DNA e defensor da teoria de que a vida não teria se originado na Terra, mas aqui provinda de alhures, isso levanta outra possibilidade - a de termos sido aqui criados para alguma finalidade, por nós desconhecida, mas certamente conhecida pelo Senhor que na Terra nos adaptou. Senão, vejamos.
Com todas as ressalvas e cautelas que a leitura dos livros chamados sagrados ou inspirados merece, é interessante o texto que consta no Antigo Testamento, onde se lê que “O Senhor fez chover enxofre e fogo sobre as cidades de Sodoma e Gomorra, às margens do mar Morto, destruindo e consumindo tudo e todos, subindo da terra fumaça como de uma fornalha.” Teria sido a perversão da sexualidade colocando em risco a produção de espécimes para os senhores do engenho cósmico o que devia ser abortado por estar contra a ordem de “crescei e multiplicai-vos”?
Interessante nesses livros é também o texto referente às palavras que teriam sido transmitidas por Deus a Moisés, para que este as retransmitisse ao seu povo, após a fuga do Egito: “Tu és o povo escolhido pelo Deus que é fiel aos que o amam e que faz perecer as outras nações. Quando as conquistardes, derrubareis seus altares e não terás piedade delas. O Senhor afligirá por meio de grandes terrores e terríveis doenças todos os teus inimigos. Não te espantes diante de ninguém, pois o Senhor Deus grande e terrível está no meio de ti, para que sejas feliz e vivas longos dias sobre a Terra” (Capítulo 7 do Livro Deuteronômio do Antigo Testamento).
Seria esse o Senhor a quem devemos agradecer e elevar nossas preces e pedir graças, paz e amor? Mas onde estará o amor nesse Feitor grande e terrível? Ou será que não seria para aquele outro Senhor Deus Amor, que, apiedando-se da nossa miserável situação, resolveu enviar o melhor de seus guerreiros, o Salvador, para nos ensinar como sobreviver e nos mostrar a via de saída da jaula azul na qual fomos confinados? Senhor Deus Feitor e Senhor Deus Amor, quiçá ambos filhos de um Totipotente e Onisciente Grão Senhor. Senhor Deus Feitor e Senhor Deus Amor que têm se manifestado através de visões ou aparições a uns poucos homens por eles escolhidos.
A ciência nos ensina que, para algo ser percebido pelos nossos cinco sentidos tem que ter massa. A ciência demonstra também que há correlação entre massa e energia. Entre massa e luz. Podemos inferir que mesmo o que é captado pelo nosso sexto sentido, ou o sentido da intuição, da revelação, da premonição, enfim, não importa o nome que se lhe dê, deve também ter massa. Claro que a massa pode ser de tal magnitude que, para quantificá-la, só mesmo por via indireta, através dos efeitos que a existência de tal partícula é capaz de provocar. Ademais, apesar de a representação do átomo como tendo um núcleo central e partículas girando em volta ter sido ultrapassada, se imaginarmos uma esfera de 60 centímetros como o núcleo central, tudo o que gira em volta estaria a uma distância de três quilômetros. Nesse aparentemente imenso vazio teríamos o éter ou o "quinto elemento" de Aristóteles, que interpenetraria o Universo preenchendo todos os espaços e conectando tudo. A sua frequência vibratória seria superior à da velocidade da luz e tal energia se densificando daria aparecimento à matéria.
Esse pequeno passeio pela física tem apenas a finalidade de indicar uma das possíveis explicações para os fenômenos de aparições e desaparições de anjos e deuses que tentam adequar suas mensagens a uma linguagem que nós possamos entender. Aparições em geral acompanhadas de luz intensa que não cega, de calor que não queima e de feixes de luzes multicoloridas. Aparições com pedido de preces para a paz no mundo. Aparições que parecem todas terem a mesma avançada tecnologia em sua origem.
Ademais, se somos feitos de restos de estrelas, possível também é estrelas serem feitas de restos de nós e, quanto mais lapidado o material, tanto melhor o resultado da obra universal. Obra essa em perpétua transformação.
Texto Revisado
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