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OS VÁRIOS EUS QUE ME HABITAM

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Autor Valéria Bastos

Assunto Autoconhecimento
Atualizado em 7/22/2014 9:52:30 AM


Como é fácil perceber essa multiplicidade de “eus” em nós. A cada momento, a cada dia, uma nova faceta da nossa personalidade se apresenta. O que é difícil é reuni-los, agregar todas essas características, deixar de ser vários, tornar-se um,  sem Eu. Sem ninguém ali para reivindicar qualquer coisa, autorias, capacidades, ideias, propriedade de nada. Afinal, não somos sozinhos nessa jornada. Estamos interligados a tudo e a todos. Acreditamos nessa personalidade ou nos eus separados, mas somos o outro de hoje e de ontem. Nada acontece de maneira isolada e independente. Tudo é interdependente. Então, para quê querer ser o “dono”, o autor da sua vida?

Perceber e entender isso não é tão simples. O ego não deixa. Como ele pode abrir mão da sua identidade? Seria a morte para ele, então ele vai lutar para existir até o fim, por isso temos uma ideia tão forte a respeito desse eu, dessa identidade criada, cultivada, adorada. Temos dificuldade de abrir mão disso, pois acreditamos que se isso acontecesse, seria nosso fim. Na realidade, seria nossa integração real, nossa fusão com o absoluto. Deixar de ser a gota para tornar-se o oceano.

Esse é um processo de desidentificação que começa com a percepção dos eus que te habitam. Ver claramente que são entidades autônomas que foram alimentadas em suas características, preferências, pontos de vistas, manias, jeito de ser, mas que não são você de verdade. São fragmentos que tentam se passar por você. Claro que você acredita neles, ainda é confuso achar que você não é sua opinião, seu jeito de ser, suas convicções. Há que se ter um senso aguçado de percepção para começar a se separar um pouco, não se misturar tanto e perceber que as emoções, falas, argumentos, sentimentos, tudo isso são aspectos de uma realidade ilusória a respeito de você mesmo.

 

Pode ter sido a partir de determinado evento em sua vida que você começou a reagir de tal e tal maneira. Daí, você passou pelo evento e continuou a agindo daquela forma. Com o passar do tempo, mesmo sem lembrar-se da situação, continuou fazendo as coisas do mesmo jeito. Pronto, se tornou um hábito, você já se nomeia dessa forma. Se alguém te pergunta, você diz: sim, eu não gosto de tal coisa, só faço assim por isso e aquilo outro. Não sabe nem a razão, mas acostumou-se a acreditar que é desse jeito, que é certo e pronto. Você nem se dá conta que o hábito foi uma defesa para te proteger da sua dor, do seu trauma, da sua ferida.

E assim é com os vários “eus”. Cada um criado a partir de um determinado contexto, de uma circunstância da vida, de um grupo familiar, de determinados relacionamentos ou situações traumáticas. Esse conjunto de “eus” se aloja no psiquismo, dialoga com você, interfere na sua vida, entra no comando, diz o que é melhor para você, etc. A pessoa se vê dominada por essas mentes articuladoras e nem se dá conta que isso acontece. Acha que é a sua personalidade mesmo, que é assim, que puxou à mãe, ou aprendeu com o pai, que a avó era desse jeito... Claro que parte do carma é coletivo, ancestral. Mas a autonomia das ações é sua. Você recebe do meio, da ancestralidade, do seu passado. Mas você recebe mais ainda de você mesmo, de como pensa, fala e age.

 

Para mudar, cada pequeno “eu” deve morrer. Para morrer, o alimento dele deve ser tirado. O que “ele” come: seus pensamentos, suas emoções, suas palavras, suas atitudes. Se começar a mudar esse conjunto gradativamente, esses “eus” separados perdem a força. Você ganha autonomia, volta a comandar sua vida, a fazer escolhas mais conscientes e não condicionadas. Vai se tornando cada vez mais emancipada do ego, menos refém de seus altos e baixos. Estabiliza-se emocionalmente, espiritualmente, fisicamente e energeticamente. Começa e interagir mais com o cosmo, com o todo, com o outro de maneira equilibrada. Os muros que te separavam e te protegia da vida começam a desmoronar. Você se sente pertencendo, sem precisar de tanta coisa mais para suprir o vazio existencial. A vida flui e você se entrega ao fluxo, volta a descer rio abaixo para deixar de ser gota e tornar-se oceano.


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Conteúdo desenvolvido pelo Autor Valéria Bastos   
VALÉRIA BASTOS - Terapeuta Holística - Constelação Familiar, Terapia de Vidas Passadas, Deep Memory Process (Processo de Memória Profunda), Resgate de Alma, Captação Psíquica, Facilitadora de Grupos, Xamanismo. (61) 99217.1295 SEPN 513 Bloco A Sala 112 - Ed. Bitar 1 - Asa Norte - Brasília/DF
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