Palavras de índios

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Autor Claudette Grazziotin

Assunto Autoconhecimento
Atualizado em 17/02/2006 15:03:59


Encontrei este site quando procurava subsídios para minha curiosidade sobre os índios Nez Perce, americanos do norte, os maiores criadores da raça de cavalos que é minha paixão: Appaloosa. Nada entendo de cavalos; eu, simplesmemte, gosto deles. A paixão pelos Appaloosa surgiu na infância, numa matiné de domingo, quando vi num filme de cowboys aquele cavalo imponente, fogoso, forte, cavalgado, sempre pelos índios. E me encantei. A Partir de então, sonhava que montava Appaloosas e galopava livre, na minha imaginação, por aquelas pradarias desconhecidas dos filmes das matinés.

Morando em uma região próxima a fazendas, no Rio Grande do Sul, ingenuamente perguntava às pessoas, se aquele cavalo era da nossa terra. Foi então, que aos dez anos participei de um concurso de declamação de poesias gauchescas, no Rodeio Internacional de Vacaria. Após o concurso, aguardávamos na arquibancada do parque dos rodeios, a abertura das provas de laço e doma, quando ouvi o anúncio da entrada dos cavaleiros. Olhei na direção do som e minha respiração parou, eu não acreditava que estava bem ali, diante dos meus olhos, vivo, um magnífico cavalo Appaloosa com manchas brancas e pretas reluzindo ao sol, montado pelo patrão do CTG Porteira do Rio Grande de Vacaria, o patrocinador, que o havia importado dos Estados Unidos, quando lá estivera participando de um rodeio no Colorado. Isto, eu só soube mais tarde.

Eu gaguejava e puxava a roupa de minha mãe com uma mão e apontava pálida para o cavalo, gritando e pulando: "O meu cavalo, mãe! O meu cavalo!" E não parei de importunar meus pais que conheciam o proprietário até que eu pudesse me aproximar dele e tocá-lo. Foi uma emoção indescritível tocar no pêlo sedoso e brilhante do pescoço latejante e tremente, que eu mal alcançava, sentir sua respiração e seu resfolegar, acariciar a cara e olhar fundo nos olhos perspicazes do animal que parecia entender o que acontecia comigo e estava totalmente receptivo. Eu pedia para meu pai que comprasse um Appaloosa para mim; ele alegava que não tínhamos fazenda e eu argumentava que pediria para um tio que me deixasse levá-lo para a sua.

Chorei muito quando me despedi dele; meus pais estavam sem entender nada, mas, meu coraçãozinho estava feliz e nem lembrava do 2º lugar, ganho no concurso de poesias; só haveria espaço para o meu Appaloosa nele, por muito tempo...

Claudette

"Palavras de Índios

Velha Wintu religiosa fala com tristeza da destruição brutal e desnecessária de sua terra pelos brancos...

“O homem branco jamais se preocupou com a terra, nem com o veado, nem com o urso. Quando nós, índios, matamos um animal, comemos ele todo. Quando queremos arrancar uma raiz, fazemos peque­nos buracos no chão. Quando construímos casas, também fazemos pequenos buracos. Quando queimamos a erva contra os gafanhotos, não arruinamos tudo. Recolhemos as bolotas e as pinhas. Não derrubamos árvores. Usamos apenas madeira morta. Mas os brancos reviram a terra, arrancam as árvores, matam tudo. A árvore diz “Não! Eu sou sensível. Não me fira”. Mas eles a derrubam e a cortam em pedaços. O espírito da terra os odeia. Eles destroem as árvores e as puxam pelas entranhas. Eles serram as árvores. Isto as fere. Os índios nunca ferem nada, enquanto os brancos destroem tudo. Explodem rochas e as espalham pelo chão. A pedra diz “Não! Você está me ferindo”. Mas o branco não pres­ta atenção. Quando os índios usam pedras, escolhem as menores e arredondadas que servem para a cozinha. Como é que o espírito da terra pode gostar do homem branco? Onde o branco põe a mão há sofrimento.”

Smohalla, fundador da religião do sonhador, nasceu entre 1815 e 1820 e pertencia aos Sokulk, pequena tribo dos Nez Percé que vivia em Priest Rapids, margem oriental do rio Columbia, no Estado de Washington. Smohalla destacou-se como guerreiro, começando a pregar a “religião do sonhador”.

O Chefe Joseph dos Nez Percé, adepto da sua “religião do sonhador”, propunha e preconizava um retorno às concepções nativas, particularmente as da Terra-Mãe benigna, os sonhos sendo a única fonte de poder sobrenatural. O texto a seguir mostra alguns aspectos da doutrina que atraiu muitos adeptos entre os jovens:

“Meus jovens não devem trabalhar. Os homens que trabalham não podem sonhar e a sabedoria nos vem através dos sonhos. Vocês me pedem para lavrar a terra. Devo, então, pegar uma faca e enterrá-la no peito de minha mãe? Assim, quando eu morrer, não poderei entrar em seu seio para descansar. Vocês me pedem para cavar à procura de pedras. Devo, então, rasgar-lhe a pele para arrancar seus ossos? Assim, quando eu morrer, não poderei entrar em seu corpo para nascer de novo. Vocês me pedem para cortar o capim, fazer o feno, vendê-lo e ficar rico como o homem branco. Mas como posso cortar os cabelos de minha mãe?”

https://www.culturabrasil.org/palavrasdeindios.htm

Texto revisado por Cris

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