PARA SABER AMAR
Autor Hellen Katiuscia de Sá
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 3/1/2006 1:19:51 AM
Um dos maiores bens que as pessoas buscam, incessantemente, nesse mundo é o amor. Afinal, amor é sinônimo de felicidade. Certamente o é. Porém, amar (realmente) não é fácil, porque amar é um ato de superação... e superação requer força interior para operar mudanças de paradigmas, que só são conseguidas através do autoconhecimento e libertação de si próprio.
É mesmo incrível como um sentimento retratado maravilhosamente por muitos poetas, romancistas, letristas e músicos ao longo dos tempos, parece ser algo quase impossível de se viver na realidade. Amar é real e não versos colocados num papel ou cantados melodicamente. Por isso os humanos tornam o amor algo longe de seu cotidiano. Pergunto: como se pode amar algo longe de sua realidade presente? Não é possível!
Um sentimento belo e delicado parece ser tão difícil de se conseguir, de se enxergar na sua totalidade. Mas as pessoas o buscam. Alguns até acreditam que podem comprá-lo... E nessa busca esquecem de olhar para si. Olham sempre o outro – aquele que se quer amar ou que gostaria de ter seu amor e atenção. O ato de amar não se restringe somente ao amor “romântico”. Amar vai mais além.
Para saber amar é preciso compreender o que é amor. E para compreender o amor é necessário deixa-lo inundar você por inteiro. E para que isso possa acontecer, o medo de amar e ser amado devem ser abandonados, bem como o medo de errar e/ou sofrer. E é aí nessa lacuna do medo, que entra a ação do autoconhecimento.
Através de você é que deve começar o ato de amar. Vivenciar o amor nas pequenas coisas cotidianas; deixá-lo próximo de você, de sua realidade, de seu dia-a-dia. Essa proeza é mais fácil de se conseguir do que se imagina.
Por exemplo: o ato de fazer um cafezinho para uma visita ou para você mesmo, pode tornar-se um ato amoroso, se você agir com toda sua atenção e apreço pelo que se está fazendo. Amar é fazer o seu melhor. Deixar-se amar é aceitar o melhor que o outro tem a lhe oferecer, sem cobranças, restrições ou possessividade. Amar é um ato de (auto) aceitação.
“Sou uma pessoa egoísta! Mas quero mudar, quero me tornar um ser humano melhor...” isso é um ato de amor para consigo e para com a humanidade. A consciência de si mesmo – dos limites e capacidades individuais – é resultado de uma varredura interna. Amar a si próprio refletir-se-á em torno de você. Amar engloba, além da (auto) aceitação, a compreensão, bondade, generosidade e cooperação.
E isso tudo virá naturalmente a partir do momento em que você se propuser a fazer o seu melhor, sem trapaças, artifícios, joguinhos ou cobranças. O ato de amar requer sinceridade. Amar é libertar-se da falsa figura do ego. Amar a si próprio, aos amigos, namorado(a)/marido(esposa), mãe/irmã, o outro, com tudo aquilo de bom que carregamos dentro de nós é simplesmente sermos os melhores de nós mesmos e oferecermos isso. Tudo está ali. Mas não pode ficar ali guardado; o amor só funciona verdadeiramente quando é compartilhado, pois é algo tão grande que foge a qualquer barreira imposta. O amor flui... e ninguém pode detê-lo.
E para aprender a amar, devemos primeiramente deixar o amor se aproximar de nós, portanto, precisamos viver. Viver sem receio de errar. Afinal, mesmo os erros podem ser belas lições na nossa vida, mas para isso devemos ter o olhar e os pensamentos mais amorosos. E o primeiro ato de amor é amar a si mesmo, pois quem não se ama, nunca saberá receber ou transmitir o amor que sonha um dia sentir.
Hellen Katiuscia de Sá
01 de março de 2006
Texto revisado por Cris
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