PERDAS



Autor Maria Luiza Silveira Teles
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 8/18/2005 12:39:31 PM
Não sei se tem algum sentido falar-se e discutir-se tanto a questão das perdas. Pergunto: somos, realmente, possuidores de algo que não seja o nosso espírito, com o seu cabedal de experiências, conhecimentos e virtudes? Alguma coisa mais nos pertence? Somos donos de pessoas, coisas, da própria vida? Quem pensa assim, vive na ilusão e não pode, nesta encarnação, alcançar algum grau de iluminação.
Acredito que o Maya dos orientais, a caverna de Platão, não significam senão isto: tudo que é deste planeta é ilusório e transitório. Tudo nos escorre pelos dedos... Enquanto o indivíduo não tiver uma compreensão profunda desta verdade haverá de gastar o seu precioso tempo perseguindo fantasmas. E, assim, deixará de estar aprendendo.
Vivemos na matéria densa e, aqui, necessitamos das coisas materiais. Mas, apenas, provisoriamente, temos o seu uso. Quando mudamos de dimensão, nada material tem mais valor. E a vida no planeta Terra não é mais do que um breve cometa, que risca o céu, por alguns segundos.
O que realmente me pertence ninguém nem nada pode me tirar. Nem os opressores, nem os bandidos, nem os torturadores, nem a morte. Meus bens espirituais são uma conquista eterna. A velhice física, a doença, podem até levar-me a esquecer. Mas a luz interior estará sempre lá. E, com a chamada morte, volto a ser proprietária lúcida de todo o bem espiritual que acumulei em minhas vivências.
Assim, vamos deixar de sofrer por perdas materiais. É um desgaste e uma perda de tempo. Não estou dizendo que não seja triste a partida de um ente querido, uma falência ou algo deste tipo. Podemos chorar as lágrimas benditas, nestes momentos que Deus nos deu para aliviar a alma. Mas, lembremo-nos sempre: nada é nosso! Fechemos algum tempo para balanço e, depois, à luta de novo que a vida prossegue!
Maria Luiza Silveira Teles
Professora universitária, especialista em Psicologia, escritora, terapeuta Reiki. link
PS: Quero pedir desculpas aos leitores por este longo silêncio. Estava fechada para balanço...
Texto revisado por Cris
Avaliação: 5 | Votos: 15




Fui professora de Inglês e, depois, professora universitária de Psicologia e Sociologia. Tenho 29 obras publicadas pelas editoras Vozes, Brasiliense e Parêntese. Hoje, trabalho como professora-visitante por todo o Brasil, sou consultora pedagógica e editorial e faça Reiki nas pessoas necessitadas que me chamam. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |