Perdoar
Autor Bernardino Nilton Nascimento
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 2/5/2007 1:24:34 PM
Vamos falar da grandeza do ato de perdoar, o único sentimento que nos deixa verdadeiramente mais leves, com um enorme alivio na alma.
O momento de entender e experimentar a energia do perdão é quando todas as experiências são superadas. Quando conseguirmos transcender a tudo, expandir nossa humildade e desenvolver a prática do perdão, ao abrirmos nossos corações para essa prática, seremos capazes de remover os obstáculos que nos impede de atingir a paz interior e a alegria da vida.
O progresso do ser humano está em avançar. Não podemos continuar principiantes em relação à raiva, à ignorância e à impaciência. A falta da prática de perdoar nos coloca em situação de atraso em relação à escalada da paz.
A violência e a falta de visão parecem dominar o mundo. Precisamos viver em harmonia, rejeitar o ódio, a raiva, o medo e o orgulho. Precisamos ter a coragem necessária para perdoar. Precisamos respeitar e desejar a felicidade do próximo. Cada um de nós deve procurar seu próprio caminho para buscar a paz e o equilíbrio. Não podemos nos conformar em viver pela metade, nem aceitar o peso de angústias, culpas e conflitos. É no perdão que iremos viver com mais liberdade.
Imagine que você vai jogar fora todas as tensões e estresses que estão em seu corpo e que uma linda luz está ao seu redor. Não, não imagine, consiga agora toda esta luz, perdoando e conseguindo a paz profunda.
Para muitos, o perdão se torna difícil pelo orgulho, e mesmo que fique engasgado por dentro e se corroendo de vontade de dizer a palavra, o orgulho não deixa e o perdão fica para o dia que não nasceu, o amanhã, o depois. Parece difícil apagar tudo da mente e escutar o coração. Sim, o coração que jamais tem medo, que jamais tem orgulho, que jamais quer ver a alma sofrer.
A atitude de não perdoar é de uma mente calculista, egoísta e individualista. Acabamos preferindo sofrer e não escutamos o coração, mostrando o nosso egoísmo e o nosso autoritarismo para as pessoas não atingidas pelo seu mau feito.
Jogue a sua ignorância ao vento e mostre a todos que amoleceu seu coração. Ele é o espelho da alma, e jamais quer ver você sofrer. Não coloque o coração no mesmo jogo de sua mente. Quem sofre mais com a falta de perdoar é você mesmo. Tem um ditado popular que diz que quem apanha nunca esquece, mas quem apanha tem uma arma mais poderosa do que o agressor: o perdão.
A raiva não é um instrumento eficaz para resolver qualquer questão. Ela perturba a clareza do raciocínio, afeta a tomada de decisão, inviabiliza qualquer argumento e cria um ambiente negativo à sua volta. Mas, apesar disso continuamos colocando poucos esforços para afastar a raiva. Se nos educarmos na prática do perdão, ela sairá de dentro de nós com facilidade.
Pergunte a si mesmo por que tem tanto medo? Por que tem medo de assumir riscos razoáveis? Teme por sua reputação, pelo que os outros possam vir a pensar? Faça a si mesmo estas perguntas. O que posso perder em perdoar? O que pode acontecer de pior? Sinto-me contente com a possibilidade de viver o resto de minha vida praticando o perdão.
O passado terminou. Devemos absorver tudo o que ele nos ensinou e deixá-lo ir. O futuro ainda não chegou. Devemos fazer planos, mas não perder tempo. Temos que perdoar agora, no momento presente, não deixando para o dia que ainda não nasceu, perdendo a oportunidade de pedir perdão e aliviar o coração para podermos sentir mais alegria de viver.
A felicidade não depende de outras pessoas. Tornamo-nos vulneráveis e podemos ser facilmente feridos. Estamos sempre dependendo de outras pessoas para encontrarmos a felicidade, mas, nunca transfira o seu perdão e sua responsabilidade para outra pessoa.
BNN
Texto revisado
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