Perdoar não é nada disso
Atualizado dia 5/9/2017 4:02:44 PM em Autoconhecimentopor Heloísa Capelas
A confusão é tanta que, bem, tenho que lhe dizer: PERDOAR NÃO É NADA DISSO! Precisei viver, na prática, uma infelicidade constante para entender o que me acontecia sempre que eu escolhia não perdoar. Aliás, agora que toquei no assunto, é importante que você saiba desde já: perdoar é uma escolha, uma decisão que só você pode tomar para a sua vida. E a grande revolução é que, a partir do perdão, você promove mudanças fundamentais e estruturais em seu comportamento para viver melhor tanto no aspecto pessoal, como no profissional.
O que a Felicidade tem a ver com Perdão:
Alguns anos atrás lancei “O Mapa da Felicidade”, que se tornou um best-seller e me trouxe uma gratidão sem tamanho. Mas, desde antes, tinha o desejo de trabalhar também com um outro tema. Um sonho antigo que, agora em maio, tenho a honra de realizar com o lançamento da minha segunda obra, “Perdão – A Revolução que Falta”. Os dois temas têm absolutamente tudo a ver, mas a maior parte das pessoas não consegue imaginar como ou por que eles estão relacionados. O desejo e a busca incessantes pela felicidade têm nos movido enquanto indivíduos e enquanto sociedade; todos nós QUEREMOS ser felizes, embora nem sempre saibamos o que isso significa. Em outras palavras, a felicidade se transformou num sentimento concreto e desejável, uma meta de vida, enquanto o perdão parece algo muito distante – e, às vezes, até sem importância ou algo a ser evitado.
Por que perdoar é uma questão de inteligência:
A ciência já comprovou que, quando nos recordamos de acontecimentos “imperdoáveis” do passado, nosso cérebro reage a essas memórias como na primeira vez. Ou seja, ele entende que estamos revivendo aquela situação negativa e nos faz sentir tudo de novo. Em curto prazo, os resultados disso são o aumento nos níveis de estresse e da pressão arterial; em longo prazo, esse processo está associado ao surgimento de problemas cardiovasculares, diabetes e câncer. Portanto, perdoar faz bem para a saúde, mas não é só isso. Quando nos libertamos dos nossos rancores e mágoas, saímos de uma espécie de fechamento mental que limita nosso sucesso em qualquer âmbito da vida. Isso acontece porque o não-perdão nos deixa aprisionados ao círculo vicioso (e quase sempre inconsciente) da vingança e da autovingança.
E esse é outro aspecto relacionado ao perdão que, via de regra, a maior parte das pessoas rejeita: a consciência de que se é vingativo. Ninguém quer ser reconhecido ou se reconhecer desta forma, mas a verdade é que todos nós, invariavelmente, praticamos algum tipo de vingança. Nós o fazemos porque queremos que o outro pague pelo o que causou, sem perceber que somos os únicos atingidos e prejudicados por nosso próprio comportamento.
E isso não acontece só diante de grandes acontecimentos, mas, principalmente, em relação a episódios cotidianos. As pequenas coisas, como uma fechada no trânsito ou uma discussão boba com o parceiro, são capazes de nos tirar tanto do sério, que, sem perceber, deixamos que estraguem nosso dia! Já aconteceu com você? Se sim, então, deixe-me dizer: isso também é uma maneira de se vingar.
Estou lhe contando tudo isso porque, bem, gostaria muito de tê-lo como leitor da minha nova obra. Nela, eu conto como eu mesma revolucionei e transformei a minha vida a partir do perdão. Aliás, mais que isso, você vai entender por que o PERDÃO É A REVOLUÇÃO QUE FALTA.
Esse é meu convite, meu pedido para que você tome a mesma decisão que eu tomei e ainda tomo diariamente. O meu desejo é que possa se ver livre das negatividades do passado para que tenha a oportunidade de viver um novo presente e construir o futuro que deseja!
Texto Revisado
Avaliação: 5 | Votos: 8
Heloísa Capelas é especialista em desenvolvimento humano por meio do autoconhecimento e da competência emocional. Autora de "O mapa da felicidade" e "Perdão: a revolução que falta". Ministra a metodologia Hoffman no Brasil. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |