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POEMA EM BRANCO - II

Atualizado dia 12/31/2006 10:40:09 AM em Autoconhecimento
por Hellen Katiuscia de Sá


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Há tanta liberdade que me escraviza os seios
E tuas mãos espalmadas nutrindo meus sonhos
Essa insegurança embutida de certeza
Afeta-me o afeto
– Artefato gasto pelo tempo...

O amor que te corta ao meio
Uma mão diz que me afaga
A outra abre a palma e não sabe se vai,
Ou se fica...

Na casa da incerteza habita o amor inconfidente
E no lume da noite desperta-se o horror
Saudade cortante!
– Amante impiedoso e ausente.
Eu – presente em ti
Tu – passado de mim

As mãos dadas, sobrepostas ao tempo...
Na certeza do inevitável amor,
Penetra nos vasos sanguíneos
Num emaranhado de traços escondidos
Riscando o asfalto com toda nossa força.

Tecem-se flores nos vasos
Flor de jambo,
Flor de cerejeira,
Flor à passarinheira...
Jabuticaba à Jabor...
Nosso elo forte – o pensamento

A distância deu a luz ao nosso rebento
Afeto único desse encontro.
Ele cresce
E cresce forte
Inevitável...

Hellen Katiuscia de Sá
31 de dezembro de 2006

Texto revisado por Cris

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