Por quê falamos tanto?
Atualizado dia 1/22/2025 9:07:12 AM em Autoconhecimentopor Paulo Tavares de Souza
Quando iremos notar que somos impulsionados pela própria insegurança? Qual é a necessidade de vivermos de "pires na mão" em busca de atenção? O que queremos provar? Do que estamos fugindo quando agimos de forma ansiosa por conversas e mais conversas? São tantos os questionamentos que precisam ser feitos, mas será que os estamos fazendo?
Vejam, não há meios de crescer sem promover esse tipo de investigação de si mesmo. Não podemos nos libertar das programações do nosso sistema de crenças, que coordena nossas ações e escolhas, sem buscarmos o silêncio.
Só é possível aprender algo novo estando em silêncio. O novo se manifesta no silêncio. Só conseguimos nos tornar receptíveis quando nos desarmamos e interrompemos esse diálogo constante com as vozes em nossa cabeça. Quando falamos, não estamos aprendendo nada de novo, apenas repetindo o que já sabemos, apenas defendendo os nossos pontos de vista, apenas buscando atenção para satisfazer a nossa vaidade, o nosso orgulho, enfim, a nossa insegurança. O grande problema é que não percebemos que cada ponto de vista é apenas a vista de um ponto, nada mais. Estamos o tempo todo projetando no mundo o mundo que existe em nós, aquilo que construímos com a nossa própria ignorância.
Somos vítimas de uma escravidão verbal, falando em excesso. Não percebemos que, ao começarmos uma conversa com um simples "bom dia", em poucos instantes, já estamos reclamando da vida, falando mal de alguém, protestando contra o governo, etc. Não percebemos que entramos no lado negro da força quando deixamos o silêncio e a contemplação de lado e mergulhamos nesse abismo.
Jesus, o grande sábio, dizia que devemos reduzir o nosso falar ao "sim, sim, não, não", pois todo o resto seria de procedência maligna. Jesus é sempre uma boa companhia para nos guiar ao entendimento das coisas. Falamos muito mais do que isso; aliás, falamos "sim" quando queremos dizer "não" e "não" quando queremos dizer "sim". Enfim, estamos fazendo tudo ao contrário.
Os grandes iluminados precisaram renunciar aos enredos da mente, às necessidades fictícias de verbalizar o tempo todo, ao apego à própria imagem e a todo tipo de carência para poderem alcançar um estado de iluminação. Buda ficou anos meditando embaixo de uma árvore, Jesus jejuou e isolou-se em um deserto para preparar-se para a sua missão, Moisés afastou-se da multidão e subiu ao monte Sinai para falar com Deus. Enfim, nenhum personagem importante da história, que tenha deixado uma marca consistente, preparou-se de outra forma: o silêncio.
Comece a perceber a importância de ficar calado, ouça mais, abandone as conversas fúteis e desnecessárias no portão, escute mais e aprenda mais, deixe de contestar o tempo todo, lutar como se estivesse atrás de uma trincheira para defender as suas ideologias, pare de dar tanta importância para esse mundo impermanente, para essas pessoas que, como você, estão enfrentando as suas próprias dificuldades. Cale a boca e busque o silêncio.
Existe um ditado popular que diz: "Temos dois ouvidos e uma boca, simplesmente para ouvirmos mais do que falamos". Isso é a mais profunda verdade! Nem a nossa própria constituição física nós respeitamos.
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Conteúdo desenvolvido por: Paulo Tavares de Souza Conheça meu artigos: Terapeuta Holístico, Palestrante, Psicapômetra, Instrutor de Yoga, Pesquisador, escritor, nada disso me define. Eu sou o que Eu sou! Whatsupp (só para mensagens): 11-94074-1972 E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |
