PORQUE GUARDAR A RAIVA INTERNA?
Autor Margareth Maria Demarchi
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 11/11/2009 14:28:08
A regra da vida é ser controlados e amáveis e o que se faz com a raiva?
Sempre que sente raiva tem o medo do descontrole e aciona a defesa (medo) que passa a controlar com o racional ou até compensar com algumas atitudes para amenizar a raiva e adquirir o controle.
Quanto mais se busca o controle maior fica o descontrole interno. O que precisa entender é que o sentimento ruim tem uma intenção a ser entendida e tentar excluí-lo faz ficar prisioneira dele.
Vou tentar ilustrar essa situação para que entenda melhor.
Imagine o sentimento é como uma criança que tudo sente e reage sem julgar. A razão é o adulto que quer dominar através do juízo intelecto. E a alma é o Pai que possui a sabedoria de quem você é, e qual o seu verdadeiro propósito na vida.
O adulto percebe que para entender a criança (sentimento) terá que compreendê-la primeiro e saber a intenção da criança (sentimento).
Nesse momento o adulto (razão) se curva perante a criança (sentimento) e deixa-a colocar todos os seus pensamentos absurdos que lhe faz sentir-se mal. A criança (sentimento) não julga e fica fácil soltar o sentimento, mas o adulto (julga) e fica difícil conviver com os pensamentos absurdos da criança (sentimento).
O adulto procura o Pai (alma) e percebe que algo em sua vida está em conflito e precisa encarar com responsabilidade e assumir o medo olhando para ele sem julgar.
Porque posso ver as coisas que me agrada sem preconceito e medo?
Quando não tenho medo do que penso fico tranqüilo e o pensamento se vai como veio, sem problemas?
Nem todas as coisas que penso executo, porque tenho medo de olhar o que eu não gosto de pensar ou sentir?
Nesse momento se pergunta mentalmente:
O que aconteceria se o que eu sinto e penso acontecesse?
Qual a intenção?
Quais outras formas de ação que posso ter para diminuir os pensamentos destrutivos. Nesse momento percebe que possui o bem e o mau dentro de si.
E agora o que fazer?
O que é o mau e o que é o bem?
A única forma de saber é perguntar para o Pai (alma) e ele diz: o bem que fez a você lhe causou o mau e o mau que está em você está lhe causando um bem, porque só dessa forma você entende que bem e o mau estão ligados.
Você cria o bem e o mau, mas aceita o bem e o mau quer excluí-lo. Esse mau faz parte de você. Ele é a raiva não expressa que fica guardada até o seu limite, depois ela aparece em forma de nervosismo incontrolável, pensamentos destrutivos, fobias, e outros.....
Vale pensar:
Qual o mau que está fazendo a você?
Onde que está se prejudicando?
Tem que olhar para a intenção do bem ou do mau para ser entendida e compreendida.
Quando vive com o Pai (alma) sabe tudo que teve mau efeito tem que ser transformado em um bem. Quando reconheço que algo ficou mau é que me movimento para o bem e passo aceitar os dois estados como movimentos transformadores. Passo a ser mais tranquilo frente aos meus sentimentos(criança).
No momento em que aceita o dois estados é que pode aceitar o mesmo para o outro.
A busca do ser puro é porque está vivendo da impureza.
Esse é o motivo de tantas pessoas com vários sintomas como: ficar limpa, proteger-se de algo ruim, desconfiança excessiva, hipocondríaco, entre outros.
E quando se percebe que aceitou a criança (sentimento) cessa a briga interna e começa a crescer a humildade no adulto (razão) que com ajuda do Pai (alma) fica fácil movimentar e se transformar no processo de aprendizagem.
Esse processo muitas vezes está tão fechado no controle que a pessoa fica paralizada e possuída pelo sentimento e com muito medo de se movimentar e nesse caso tem que procurar ajuda terapêutica para reconhecer os anseios da alma e se fortalecer para aceitar o bem e o mau sem julgamento e começar entender a verdadeira intenção por trás do sentimento.
Quando amadurece percebe que ocupou-se muito tempo com a raiva sem saber os verdadeiros motivos. Quando muda a atitude faz com que se ocupe com o seu bem e a raiva deixa de acumular.
O grande problema não é a raiva e sim a responsabilidade em assumir quem você é.
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