Postura e liberalidade.

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Autor Paulo Salvio Antolini

Assunto Autoconhecimento
Atualizado em 8/13/2012 5:50:40 PM


 

Postura e liberalidade.

Antigamente os relacionamentos eram carregados de formalidades. As esposas não se despiam diante de seus maridos. Camisolões cobriam seus corpos mesmo durante o ato sexual e não havia o contato de pele nessas ocasiões. Vale lembrar que à mulher não era concedido o direito de sentir prazer. Aquelas que ousassem ficar nuas em seus momentos íntimos eram consideradas libertinas, sem nenhum valor moral.

            Que bom que os tempos são outros. A começar pela igualdade dos sexos em seus direitos e possibilidades.

            Mas há uma necessidade do ser humano de extrapolar, de ir de um extremo a outro sem medir as conseqüências antes de atingir o ponto de equilíbrio. Daí o ditado: "nem oito, nem oitenta".

            Antigamente o homem se trajava de terno, gravata e chapéu para ir namorar, tudo "certinho e quadradinho" ou, "como tinha que ser". Os valores mudaram, as modas e tendências evoluíram. A descontração e a informalidade que agora predominam permitem que as pessoas se sintam muito mais à vontade e confortáveis. Trazendo, inclusive, aos ambientes, um colorido a mais, mais beleza e maior alegria. Mas trouxe também o exagero, o excesso, o extremo. Hoje se vêm nas ruas, cinemas e restaurantes, casais cujas vestimentas traduzem seus estados de "confusionamento interno". Ele, bermuda modelo "por favor, jogue-me fora", chinelos de dedo e camiseta "desbeiçada", barba por fazer; ela, modelito "acabei de sair da cama", cabelos despenteados ou presos, no estilo "pra que me cuidar?".

            Esse comportamento que exagera a liberalidade está influenciando as pessoas até em suas condutas profissionais. A falta de postura se estende ao seu ambiente de trabalho. Atenção! Tais excessos não se detêm às vestimentas, mas estão em tudo, inclusive na forma de se comunicar. Tenho visto pessoas dirigindo-se aos seus colegas, superiores ou subordinados de forma totalmente inadequada e inconveniente, desrespeitosa, usando expressões ou mesmo palavrões, como se fosse a coisa mais natural do mundo. Quando chamados à atenção ainda se sentem injustiçados.

            Apesar das agências de emprego alertarem para a importância da postura, forma como se porta, como se coloca frente a pessoas ou situações desde o falar até o vestir, dentre outras coisas tenho visto "jeans" rasgados e sujos (não é modelo de fábrica), camisas, blusas e camisetas também amarrotadas e até sujas, demonstrando, para quem está recebendo essas pessoas, o descaso com que elas vêem a ocupação que estão pleiteando. Pobreza, dificuldades financeiras, nunca foram sinônimo de sujeira ou relaxo.

            Um alerta para os que dizem que o que importa é a competência. ISSO É VERDADE MESMO! E quem tem competência tem a POSTURA ADEQUADA, ou seja, sabe se comportar nas mais diversas situações.

            Você já passou pelo constrangimento de sentar-se para almoçar com alguém que mastiga com a boca aberta e /ou fala com comida na boca?

            Em recente viagem aérea, o passageiro que viajava na poltrona atrás da minha tirou seu calçado e apoiou os pés no braço de minha poltrona, entre os dois encostos. Só descobri por estar procurando a origem do mau-cheiro (e a meia ainda estava furada no dedão). Mudei a posição do encosto, de forma a não possibilitar mais esse apoio. Isso é postura? É saber se comportar?

            Reivindicar liberalidade não é fazer o que se quer a qualquer momento ou em qualquer lugar. Se mais e mais pessoas começarem a retomar o ponto de equilíbrio, "nem oito, nem oitenta", mais rápido estaremos retomando valores de convivência comuns, onde o respeito aos que nos cercam será praticado, sem que para isso as pessoas se abstenham de seus direitos de viverem com naturalidade e espontaneidade.

            Portanto, vale rever tudo aquilo que contestamos demais, que criticamos demais, que rejeitamos demais. Vale, e muito, observar qual é o ponto de equilíbrio.


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