Preocupação

   

Autor JOAQUIM SATURNINO DA SILVA

Minhas preocupações não possuem nenhum sentido prático. São improdutivas. Somente minhas ocupações podem ser produtivas. Assim sendo, enquanto estas são úteis, elevando a autoestima e a criatividade, aquelas somente causam insegurança, sofrimento e dor.

Diante destas palavras, que não sei de onde surgiram, compreendi alguma coisa.

Certo dia, não sei porque cargas d’água (interessante expressão esta), entendi que a preocupação era o que me afastava de mim mesmo. E nada é pior do que viver fora de si.

Mas o que nos leva a isso? Não seria a preocupação?

Ou seja, tentar adivinhar o que será, quando ainda não é.  E o que foi, quando já não é mais.

De nada adianta travarmos uma guerra contra o tempo.

Preocuparmo-nos com algo do passado ou tentarmos antever o futuro.

E é exatamente essa batalha inglória, que não nos deixa ver e agir agora. Pois esse é o único tempo em que podemos fazer algo. Agora, já. Único momento dentro de nosso escasso tempo sobre esta terra, onde podemos estar e, efetivamente, ser.

E assim, de preocupação em preocupação, passamos o tempo sem ter experimentado a vida na sua plenitude.  

Nossas ações só podem existir no presente. Não por acaso, a vida é o maior presente.

Pensemos nisso!

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