Processo criativo através da meditação.
Autor João Caçador Neto
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 04/01/2008 16:37:17
Quando nos questionamos sobre situações difíceis que passamos em nossa vida, imaginamos, algumas vezes se o fato é obra do destino ou criamos tudo isso. Se verificarmos boa parte desses problemas, iremos perceber que nós os criamos deliberadamente. Para percebermos como isso funciona, uma grande ferramenta que temos disponível é a meditação.
Através dela, podemos desencadear um processo de conhecimento e aprendizagem que nos permitirá avaliar o caminho que estamos tomando e, por conseguinte, saber se o preço que pagamos por nossos desejos justifica tamanho esforço.
Um primeiro passo é conhecermos alguns mecanismos envolvidos na materialização desse caminho. Todo esse processo é iniciado com um pensamento carregado de emoção, uma palavra falada, conhecimento e compreensão dos atos, e sentimentos diversos.
Exatamente por isso podemos fazer enorme diferença nesse processo de criação. A criação poderá ser consciente ou inconsciente, e a repercussão dos efeitos dessa criação em nossas vidas pode ser percebida, e assim sendo, pode ser alterado de acordo com o aprimoramento dessa percepção. É claro que nossa vida está em constante mudança, pois evoluímos de um modo ou de outro, e quanto mais conscientes estivermos mais seguiremos o caminho correto, naturalmente. Podemos ter uma idéia pela simples reflexão do que significa agir com consciência e inconsciência. Vejamos:
Consciência = Ato de testar, questionar e confirmar honestamente um fato (experimentação com aprendizado). Busca da verdade com coragem e determinação. Ações focadas na verdade.
Inconsciência = Atuação determinada por crenças pré-estabelecidas (irrefletidas). Pensamentos e sentimentos (destrutivos ou não) desconectados da experimentação. Ações focadas na busca de realização de desejos incondicionais.
Nós criamos deliberadamente nosso caminho (conscientemente ou inconscientemente), pois a totalidade da vida é composta por pensamentos, sentimentos e atitudes. Fica claro, então que somos o que pensamos, sentimos e agimos.
Cabe aqui enfatizar que a meditação nos dá uma grande oportunidade de avaliarmos como estamos agindo em nossa vida e as sensações que estamos tendo com essas ações. Verificaremos as áreas onde temos abundância e empobrecimento, avaliando quais as atitudes e fatos que nos causam paz (clareza e convicção na verdade) e aqueles que nos causam incômodos (fraqueza e dúvida, ausência de verdade).
E no começo é fundamental termos a vontade suficiente para perseverarmos numa meta, que é o conhecimento das causas sobre nossa paz e nosso incômodo. Um ponto que está intrinsecamente ligado a isso é nosso sistema de crenças induzidas pelo nosso ambiente (família, amigos, mídia, etc) e por nosso registro akashico (registro akashico são os registros de todas as experiências, da vida como um todo, no plano etérico). Que nos perguntemos: A manifestação dessa crença tem nos causado dor, incômodo ou alegria e serenidade? A resposta virá somente através de uma honesta experimentação, onde avaliaremos os efeitos como um observador, jamais como um juiz. A idéia do julgamento nos afastará da verdade por um sistema de proteção do ego que não permite que estejamos sem razão. A idéia aqui é a seguinte e extremamente importante: Sentir, não julgar. Vou mudar porque quero me sentir bem, pois desejo o meu bem e do meu próximo, e não porque estou errado. Cuidado, não se trata de ignorar o erro, mas transmutá-lo através do sentir o bem. Quando estivermos conectados no sentir, saberemos qual o caminho, e assim buscaremos pensamentos, ações, que estejam sintonizadas conosco, incluindo ambientes, fatos e pessoas por similaridade. Os similares se agrupam, não esqueçamos disso.
Nesse ponto, quando a paz começa a dominar nossa alma o princípio receptivo começa a agregar positividade cada vez maior. Vamos compreender que não se trata do afastamento de nossa negatividade por determinação (nossa negatividade deve ser aceita por sua mais simples existência), mas sim moldarmos nossa alma de acordo com a força, convicção e clareza da consciência. A meditação, papel fundamental nesse processo de criação deliberada possui algumas etapas como vermos:
Despertar:
É o início da avaliação nos conceitos de crença. Se perceber conflitos existe obstruções. Não julgar, mas conhecer e aceitar os conflitos e distorções, ou seja, ter o conhecimento intelectual da situação. Admitir que você tem o direito e a possibilidade de moldar a substância criativa com sua mente. Aceite isso como uma hipótese até que você saiba que é realmente verdade.
Se você se sentir bem com relação a pensamento avaliado tudo estará bem. Importante saber que a mente inconsciente rejeita imposição. Se não se sentir bem, terá que lidar e encarar os medos e resistências. Terá que descobrir a verdade, portanto, deve abolir o auto-engano.
Muitos desistem nesse ponto por parecer não funcionar, porque ficam amarrados e sem ação. Quando não existe a coragem de vivenciar a situação pelo medo do preço a ser pago, então o caminho mais fácil é mascarar os desejos “negativos” por uma consciência superficial “positiva”. A meditação se torna, realmente, problemática quando você nega seu desejo negativo, mas se lamenta sobre o resultado. Equivale a jogar a sujeira embaixo do tapete. Por mais bonito que seja o tapete ela estará lá. Quem jogou sabe que ela estará lá e continuará carregando o peso da sujeira. Ex. fictício: A pessoa tem um temperamento explosivo, mas se contém fazendo-me parecer tranqüilo (isso agrada aos outros e a si mesmo). Mas na primeira fechada no trânsito briga com meio mundo e lhe vem um sentimento de culpa.
Impressão:
A partir do momento que o conflito entre o conceito inconsciente e consciente se esvaiu, essa unificação pode ser impressa na alma, naturalmente, e a sensação que isso está ocorrendo é a paz, a ausência do medo, dúvida e impaciência. A confiança emanada aqui impulsionará o processo criativo organicamente (mente + corpo) sem restrições preconcebidas, manifestando-se de modo gradativo e agradável.
No início, talvez o processo criativo se manifeste com um pouco mais de impedimentos do que se espera (isso é natural) dos focos da meditação, com tendência a não perceber mudanças e respostas sutis, que são o que talvez, você precise para o momento.
É importante ressaltar que a meditação consiste em imprimir (ativo) e ser impresso (receptivo). Para isso, a mente consciente formula o conceito ativamente e a mente inconsciente (após remoção das defesas) se permite imprimir.
Visualização
Compreendemos aqui a visualização como sentir-se no estado da experimentação. Cuidado: não se trata de fantasias ou sonhos infundadamente positivos, mas sim, se posicionar na vivência (visualização) focada no estado de espírito de amorosidade, realização, alegria, em detrimento do ressentimento, carência ou ansiedade, por exemplo. No entanto, se nos prendermos aos detalhes, e não vivenciamos a experiência desse estado mental, do sentimento ou da experiência desejada é sinal de bloqueio, e devemos refazer o processo de impressão. A visualização do que foi impresso é a meta.
Fé
Essa é uma parte normalmente confundida com um ato de vontade. A fé é um ato de confiança na Natureza Divina, é o permitir de maneira am
Avaliação: 5 | Votos: 2
Visite o Site do autor e leia mais artigos.. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |
