QUAL O GATILHO DA SUA INSPIRAÇÃO?
Autor Lucya Vervloet
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 12/11/2009 11:06:59 PM
Às vezes tenho tanto o que escrever que as palavras me vem à mente sem cerimônia, numa sequência um tanto lógica e ordenada. Outras vezes quanto mais penso e mais tento imprimir algo no papel, nada. Se começar a escrever só vem uma enxurrada de palavras desconexas, repetitivas e sem cor e sabor. Daí outro dia perguntei-me o que, como e onde a inspiração aparece e me deixa satisfeita com o resultado. Ora, quando estou amando, ora quando muito triste, então o óbvio, quando o canal das emoções e sentimentos estiver escancarado, de outra forma, fica tudo morno.
Abrir o canal para a inspiração divina tem sido uma observação que tenho feito ultimamente com mais atenção. Precisamos estar prontos para tal manifestação e deve ser o resultado de um maior refinamento de nossos corpos sutis. No entanto, devido à sensação de insegurança e algumas experiências desagradáveis neste estado de vulnerabilidade, que meu cérebro anda tão à espreita de qualquer um que se aproxime e, no automatismo e necessidade de proteção da integridade física me vejo retrocedendo em alguns níveis. Considero retrocesso alguém voltar a comer carne vermelha, mesmo um pouco e com ânsia, na tentativa de "firmar um quê de agressividade" para livrar-se de possíveis investidas na área material. Inclusiva como já me ocorreu quando voltei do retiro de uma semana em Campos de Jordão com a Jasmuheen, uma australiana que vive de prana há quase 20 anos.
Confiar na Divindade Interna é um exercício diário para a criação de um hábito como qualquer outro em nossa vida cotidiana, mas vivemos tão longamente imersos no processo mental, emocional e intelectual que a religação primeira e mais importante de todas resta para segundo e terceiro planos. Daí toda essa confusão em que vivemos. E fica difícil receber orientações claras e precisas com os canais tão obstruídos por matérias densas e desarmônicas. E, quando por alguns instantes ou horas conseguimos permanecer em conexão livre com esta Energia... No meu caso em particular, relaxo tanto e o êxtase torna-se tão intenso e tão agradável que a vigília cede quase que totalmente. Jà passei alguns apuros após períodos de imersão no prazer de viver sem esforço. É totalmente possível, tão bom, mas tão breve!
O local de inspiração que observo quase sempre é no silêncio. A paz é a maior das dádivas para se viver na prisão da carne. O dia transcorre agradável e produtivo, flui como um rio que apesar das corredeiras mantém a flexibilidade e ritmo, o som e a cor, a gente nem sente. Quem disse que a vida precisa ser sentida? Pra quê? Pode ser tranquilamente absorvida pelos poros, líquida e até perfumada. Ando bem sinestésica e, associada à calma faz com que todos os sentidos aflorem ainda mais como numa orquestra bem afinada que transforma a breve passagem pelo mundo das ilusões, delusões e mesmices numa experiência rica e valorosa.
Preciso cada vez de mais silêncio, de mergulhar e mergulhar tantas e tantas vezes no mar revolto da superfície até encontrar as portas para o imenso abraço oceânico que um dia me viu partir e me vê retornando. Ficar ali, quieta, envolta na mais pura e profunda harmonia e integração com tudo que existe, em paz. Permanecer no estado de beatitude que longe do que possamos imaginar, de nada tem de estático, ao contrário, tornamo-nos profunda e saudavelmente dinâmicos. Perfeição da criação, rajadas de luz e calor, leveza de ser. Amor!
namastê
Avaliação: 5 | Votos: 5
Astrologia (básico na Regulus/SP) e autodidata. Participei de workshops de Runas, Tarot místico/terapêutico com Veet Pramad. Estudei Numerologia e quirologia. Iniciei-me na energia Reiki. Estudei 12 meses do Curso de Psicanálise/ES. Com uma visão universalista da vida dediquei-me ao aprendizado de idiomas e culturas estrangeiras. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |