Quando é difícil se perdoar...
Atualizado dia 7/30/2020 1:38:32 AM em Autoconhecimentopor Ana Carolina Reis
Porém, se Deus perdoa tudo pela Sua infinita misericórdia, quem sou eu para me julgar à condenação eterna?
Será que já não sofri o bastante?
Precisa de mais?
Será que há algum deus externo a mim punitivo, que deseja que eu expurgue meus pecados pela dor?
O caminho divino pode ser trilhado por meio da misericórdia e da graça, basta soltar os chicotes. Basta abrir as chaves da prisão e jogá-las fora. Basta atravessar a porta deste cativeiro mental e se permitir uma nova vida, mesmo que seja em "liberdade condicional".
O que de bom você tem feito para sanar todo esse mau karma gerado?
Será que você já não ajudou tantas pessoas a evoluir, a galgar caminhos espirituais, a transcender seus próprios sofrimentos e dores?
Até quando a culpa será o seu algoz?
E permitir que a arrogância e a prepotência te façam sentir que ainda "não é boa o suficiente"...
Desta forma, dificilmente será mesmo.
Sair dessa armadilha mental é uma das tarefas mais difíceis que existe para se transcender o karma.
Pois o karma é um remédio com data de vencimento, um dia chega ao fim. E, quando, enfim, já tiver passado da validade, perceba como de alguma forma já se acostumou e até se viciou nesse remédio amargo. Afinal, esse "gosto" lhe soa até meio familiar e acaba aceitando, sem questionar, tudo que ele proporciona (de bom e de ruim).
Esse lugar-comum, ao qual chamamos de "zona de conforto", é o ponto no qual não estamos confortáveis com nossa dor, mas de certa forma nos rendemos a ela.
E sair dessa dor e assumir a sua maestria, assumir o novo, assumir as responsabilidades por uma vida adulta e deixar as dores da criança interna para trás pode ser algo bastante complexo.
Porque racionalmente queremos sim, mudar (e para ontem!). Mas, ao mesmo tempo, o medo nos paralisa, o medo de perder o pouco que temos, o medo de não conseguir, o medo que te faz pequeno, que dá vontade de se encolher e chorar, e ficar ali quieta no seu canto, nos bastidores, sem aparecer muito...
Esse tempo já acabou. O tempo de sofrer, o tempo de vitimismo (sentir pena de si mesmo), o tempo de olhar para trás e chorar o "leite derramado"... (Sim, foi uma grande "M" tudo que aconteceu, mas e agora?) Como isso pode ser consertado?
Um erro não pode ser perdoado?
Não pode haver uma segunda chance?
Quem é você para se condenar ao inferno eternamente?
Quem é você para tanto se punir, se nem mesmo Deus te pune?
Deus só observa. Nós é quem escolhemos sofrer e viver esse enredo de dor, sofrimento e morte.
Como nos ensina uma reflexão atribuída ao Chico Xavier: "eu não posso mudar o passado, mas posso mudar o meu presente para colher um novo futuro".
Vários mestres em diferentes filosofias ensinam algo semelhante. Hoje em dia, diversas terapias energéticas nos ajudam a equilibrar nosso karma e liberar nossas crenças passadas.
De onde vem o boicote?
(...)
Parte 1
Ana
@aurorapachamama
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Conteúdo desenvolvido por: Ana Carolina Reis Responsável pelo Espaço Aurora Pachamama. Graduanda em Psicologia, pela UFCSPA. Terapeuta de Práticas Integrativas, desde 2004 (CRTH-BR 6400 ABRATH). Mestre em Seichim e Reiki (Diversos Sistemas). Cristaloterapeuta pela "The Crystal Academy of Advanced Healing Arts". Escritora dos livros: "Xô, depressão!" e "A Sabedoria dos Cristais". E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |