QUE CAMINHOS SEUS PÉS ANDARAM?
Autor Valéria Bastos
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 7/25/2014 8:15:53 AM
Temos a mania de julgar o outro e colocar a culpa no mundo pelas nossas infelicidades. Normalmente fazemos isso olhando a pessoa, o seu comportamento, comparando com o nosso, com aquilo que acreditamos, nossa forma de ver o mundo, nosso jeito de fazer as coisas. As crenças, hábitos, histórico de vida, ancestralidade, vidas passadas, tudo forma um grande conjunto, uma massa de conhecimentos e experiências que moldam a personalidade atual. A partir disso, a lente, o olhar da pessoa é projetado na vida, nas pessoas, nos relacionamentos, no mundo de um modo geral. Tudo é visto de acordo com esse substrato arquivado no psiquismo, no corpo, na mente.
Então, se a pessoa está num relacionamento que não vai bem, ela começa a ver o defeito do outro para justificar isso. E, claro, vai analisar a pessoa de acordo com seus próprios arquivos, com aquilo que ela tem guardado dentro de si. Com isso, ela ignora que o outro também tem seus próprios arquivos, suas próprias experiências e histórias guardadas. E aquilo que ele mostra na relação, tem a ver com o caminho que ele percorreu até aqui e não, necessariamente, tem a ver com você.
Esquece isso a todo momento, o que só traz sofrimento e angústias desnecessárias. Toma os conflitos e desentendimentos nos relacionamentos como algo pessoal, de perseguição, injustiça, etc. Dificilmente se coloca no lugar do outro, do ponto de vista da outra pessoa, do histórico dela. É uma maneira egoísta de ver as situações. É mais fácil abrir o baú de dores e reforçar aquilo e dizer pra si mesmo: Tá vendo como eu não posso confiar? Toda vez que eu me entrego, é isso que acontece, a pessoa me abandona! Uma opção cômoda para sustentar a crença de que não merece ser feliz ou coisa assim. E também para justificar o fato de que não está aberta e não se entrego na relação.
Abrir o coração para entender que a outra pessoa age de acordo com os caminhos que ela percorreu ao longo da existência é uma atitude de compaixão. Antes porém, há que se ter esse olhar a respeito de si mesmo. Também compreender que somente você andou pelos seus cainhos até chegar aqui. Somente você sabe lá no fundo, por tudo o que seu ser mais profundo já passou. Então, ao ter compaixão consigo, reconhecer que você hoje cria sua realidade a partir do seu carma e que, por isso, não há como ser diferente até agora, você abre espaço para esse entendimento a respeito da vida do outro. Para de julgar, discriminar, apontar o dedo. Sente que ele também tem suas razões para ser assim na vida.
Com isso, pode perceber a impermanência de tudo, do seu jeito, de como você muda a cada dia e esse olhar começa a mudar em relação ao outro também. Deixa de enquadrar a pessoa num rótulo e se abre para ir além das aparências, daquilo que o outro consegue revelar no momento. Assim como você se esconde atrás de um muro para proteger suas dores e choques internos, a outra pessoa pode estar fazendo o mesmo.
Que caminhos seus pés andaram? Muitos, incontáveis. E ainda andará. Todos somos assim, percorremos estradas muito pessoais e únicas. Subidas e descidas, altos e baixos, lagos e montanhas, isolamento, solidão, angústia, quietude, alegria, amor. É muito rico o caminho e os pés do outro. Pois os pés do outro podem contar as histórias. Que caminhos seus pés andaram?
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VALÉRIA BASTOS - Terapeuta Holística - Constelação Familiar, Terapia de Vidas Passadas, Deep Memory Process (Processo de Memória Profunda), Resgate de Alma, Captação Psíquica, Facilitadora de Grupos, Xamanismo. (61) 99217.1295 SEPN 513 Bloco A Sala 112 - Ed. Bitar 1 - Asa Norte - Brasília/DF E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |
