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Que família está acabando?

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Autor Alex Possato

Assunto Autoconhecimento
Atualizado em 19/05/2007 22:18:41


A sociedade está mudando. E olha, já faz muito tempo... Embora o número de casamentos ainda cresça no Brasil – em 2005 foram por volta de 835 mil, o número de divórcios e separações judiciais aumenta numa proporção maior. Foram cerca de 250 mil neste mesmo ano. E destes casamentos, muitos foram entre pessoas divorciadas ou separadas, em primeiro ou segundo casamento, e também pessoas em primeiro casamento que se uniram a divorciados ou separados.
Onde é que eu quero chegar? Bem, a questão é que ainda hoje, a mídia e diversos setores da sociedade ainda colocam o modelo de família centrada na figura paterna, indissolúvel, estável e em harmonia como sendo o correto. Só mais um dado, para não ficar chato: cerca de 25% das famílias brasileiras são capitaneadas por... mulheres! É isso mesmo! Um quarto das famílias possuem a mulher como chefe do lar!
Imagine come se sente uma mãe ao ver a propaganda de um pai carinhoso lhe dando presentes, quando na verdade este homem ao seu lado não existe. Imagine como fica um filho quando dizem para respeitar a figura paterna, enquanto que a mãe está no segundo ou terceiro casamento – muitas vezes, ele tem mais afinidade com o padrasto! Imagine como fica o marido desempregado, quando a idéia social é que o homem é o provedor da casa, e é a mulher que trabalha fora e ganha o sustento do lar...
Estes são apenas alguns pequenos exemplos que chamo de falta de “enquadramento” na realidade social, que acarretam centenas, milhares de problemas que vão parar nos nossos consultórios de terapeutas, psicólogos, grupos de auto-ajuda, etc. A família está mudando de perfil, e isto é óbvio.
Longe de querer falar que esta situação é certa ou errada, a questão é que o divórcio, a convivência entre irmãos de casamentos diferentes, a perda do sentido do homem como provedor do lar, o aumento das tarefas da mulher, enfim, tudo isso deve ser aceito como realidade, e ponto. Mas a não aceitação que existe dentro de cada ser que vive esta situação, impulsionado, repito, pelos conceitos antigos e cegos ainda vigentes, gera conflitos dentro do lar.

Assumir um novo papel

Maria é uma cliente na terceira idade. Filha mais velha de uma família com três meninas e um menino, sofreu muito com a rigidez paterna e a ausência materna, que devido ao alcoolismo do marido, sempre trabalhou fora – e isto era no final dos anos cinqüenta! Resultado: teve experiências sentimentais onde tentava desesperadamente fazer a família que ela gostaria de ter tido. O objetivo dela não era ser feliz, em primeiro lugar: era consertar o passado, ter um pai carinhoso, ser a mãe que ela não teve... Encurtando a história... deu tudo errado! Casou-se com um cara 10 anos mais novo que ela, que após o segundo filho a abandonou. Entrou em “parafuso” porque não aceitou que a sua família naufragara... Não conseguiu se realizar como mãe nem esposa. Aos seus olhos, a separação foi o decreto da sua incompetência. É lógico que existem outros fatores limitantes embutidos aí, mas o problema familiar foi muito marcante para ela.
Em neurolingüística, dizemos que a mente percebe o mundo a sua volta em níveis neurológicos, que são seis: ambiente, comportamento, capacidade, crenças, identidade e espiritual. Qualquer coisa que o cérebro pensa, está enquadrado numa destas categorias e elas estão inter-relacionadas: uma influencia a outra.
No caso da Sra. Maria, por causa de uma crença (ter a família que ela não teve), adotou um comportamento equivocado (tentar fazer melhor que seus pais) e isto trouxe infelicidade.
As crenças que nós temos sobre nós mesmos, sobre o papel dentro da nossa família, o nosso papel dentro da sociedade, são idéias colocadas sempre por alguém de fora. Muitos “alguéns”. Como eu mostrei acima, a crença que a mídia fala sobre a família não condiz com a realidade que existe hoje, nem no Brasil, nem no mundo. Quando aceitamos e levamos a sério uma crença que está fora da realidade, e durante a nossa vida, durante a nossa jornada, acabamos tendo situações que contradizem esta crença – no exemplo da família, separamos, ou o homem fica sem trabalho, entre outras situações – imediatamente vem um sofrimento interior gigantesco!
Torna-se necessário rever as nossas crenças, e na medida do nosso discernimento, mudá-las. Olhe para dentro de si. Veja quantos problemas são provocados devido a crenças que não são reais. Não somente em relação a família. Temos diversas crenças que podem ser questionadas, em relação ao trabalho, à sociedade, à violência, à política, às drogas, ao prazer, ao ócio, à espiritualidade, à educação dos filhos, aos laços de amizade... Mas as crenças que mais nos afetam são aquelas que tem relação a nós mesmos: quem sou eu, quanto valho, quais são minhas habilidades, até onde posso chegar... Em neurolingüística, e principalmente no coaching, não dizemos que determinada crença está errada ou certa. Simplesmente colocamos o cliente cara a cara com a crença e perguntamos: viver baseado nesta crença está lhe fazendo bem? Não? Como você quer se sentir a partir de agora? O que você quer realmente?
Toda pessoa tem a opção de buscar a alegria, a felicidade, o prazer, o dinheiro. Existem crenças que adotamos que conduzem para estas metas. Existem outras crenças que desviam deste caminho. Quando uma pessoa assume querer a felicidade, assume não permitir mais que os problemas limitem sua vida, começa a sentir vibrar dentro de si algo como uma missão, um sonho, e ao se entregar a esta missão (ser feliz), a crença limitante (que bloqueia) naturalmente vai perdendo a força... As idéias (crenças) que temos dentro de nós sobre família, sociedade, dinheiro, poder, orgulho, e qualquer outra que tenham relação com o nosso desenvolvimento pessoal começam a mudar. E nossa vida começa a fluir...

www.nokomando.com.br
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Conteúdo desenvolvido pelo Autor Alex Possato   
Terapeuta sistêmico e trainer de cursos de formação em constelação familiar sistêmica
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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