Quem me roubou de mim
Atualizado dia 2/12/2009 3:17:09 PM em Autoconhecimentopor Wilson Francisco
A mídia resolveu tirar de seus baús e de acontecimentos atuais o que há de mais sórdido, mais cruel, que é a atitude de violência sexual ou não, contra crianças. Eu sempre comento em minhas atividades, que o assédio sexual é um mal que existe em quase toda família, exigindo dos estudiosos, educadores e principalmente dos pais, uma atenção especial.
O padre Fábio Melo lançou recentemente uma preciosa obra, com o título “Quem me roubou de mim”. Um livro importante, pelo tema desenvolvido e muito bem elaborado. Trata ele do seqüestro, em todos seus aspectos, seja a atitude mórbida de quem rouba uma pessoa do convívio familiar, para conseguir resgates, como outros seqüestros, também sinistros, cometidos por pessoas comuns, pais, mães, filhos, amigos, namorados, que irrefletidamente tiram os sonhos e direitos de uma outra pessoa para exercer sobre seu corpo e alma uma posse ou uma atitude de desamor, intensos.
Às vezes, essas atitudes de seqüestro, são fatais, levando a vítima à morte. E aí a criatura se vê diante de uma situação de perda, aparentemente, irreparável. Na verdade, para tudo nessa vida, se tem conserto. Inclusive para a morte. Porque ela não significa o fim de uma existência, é apenas uma estação onde paramos por um tempo, para mais tarde em outro lugar e corpo, continuarmos nossa jornada eterna, no Universo.
Eu sei que é difícil, diante de um ente querido no caixão, você ter ou aceitar algum tipo de entendimento ou justificativa, para tão crucial ausência. Mas esta é a realidade. Aquele corpo que está ali sendo reverenciado por todos, é uma vestimenta, um instrumento. Muito importante, claro, mas apenas um instrumento transitório que você, como espírito imortal, utiliza para viver aqui no Planeta Azul.
Portanto, diante dessas situações de ausência compulsória ou morte acidental, será importante que possamos encontrar em nossa alma os recursos para lidar com essas perdas. E o desapego, pode ser um talento, que bem desenvolvido nos proporcionará condições de entendimento, para que sobrevivamos a esse acontecimento, sem trauma.
Pois bem, essa repórter fez uma série de indagações sobre esse assunto, e eu fui respondendo. Desapego - é um sentimento de segurança interna sobre o que desejamos e buscamos na Vida, que nos permite entender perdas e abandonos, como naturais, nunca como desastres.
Toda criatura tem um caminho a percorrer, não deixamos ninguém para traz, cada um estará sempre no lugar que escolhe e decide para si; olhar para o lado ou para traz, pode causar tropeços, perda de energias e risco de atalhos.
Nesse sentido, sigo as palavras de Gibran: “nossos filhos não nos pertencem, não vem de nós, sim através de nós” e Jesus afirma, “quem é minha mãe e quem são meus irmãos”.
Todo sentimento de posse ou de fixação é sempre inimigo da felicidade, somos seres expansivos por nossa natureza espiritual e devemos ter a consciência de que o desenvolvimento do amor próprio faz com que irradiemos energias para todos que estão a nossa volta, naturalmente.
O apego é um peso, um fardo que vai machucar seus ombros, e diminuir a velocidade de sua caminhada. A leveza do ser é uma conquista importante que devemos realizar, libertando-nos de amarras e mochilas
Se você em sua jornada tem dúvida, achando que estar desapegada ou não demonstrar tanto desespero diante de uma perda, pode até não ser entendida pelas pessoas ou pela criatura que está partindo, saiba que o desapego não é fuga e nem desinteresse, é sim uma questão de focar o essencial e se interessar pelo essencial.
A pessoa desapegada é alguém que passa pela vida, com leveza, entendendo as conquistas próprias e as dos outros, as perdas e abandonos sempre com compreensão e muito amor.
Algumas pessoas me perguntam se há um caminho que se possa percorrer para a conquista desse sentimento. Um passo a passo que recomendo, no Projeto Mutação, é que as pessoas iniciem pela respiração, que é um processo de limpeza e de leveza, através da respiração nasal, você pode entrar em sintonia com sua alma e com DEUS, trazendo para o seu universo físico e emocional energias de outra qualidade, com menos densidade, volátil e que dará a oportunidade a você de realizar sua transformação.
O perdão também é importante, perdoar-se e deixar as pessoas que fizeram algo contra nós, irem-se para longe, sem algemá-las para punições.
Enfim, há vários processos, o mais importante é amar-se, aprovar-se e estar certo de que Deus, neste e em todos momentos, está ao seu lado.
Será possível, nesse mundo atual, com tanta impunidade e ameaças, desenvolver essa virtude? Sim, podemos desenvolver o desapego, entendendo a vida, olhando o Universo com os olhos do Amor e sabendo que a nossa felicidade está no Amor. E esse sentimento nobre, desenvolvido por criaturas inteligentes e que acreditam em Deus, pode e deve ser sua âncora, para que a ressaca do mar ou os vendavais que surgirem em seu caminho tenham pequenos ou quase nenhum efeito.
A vida continua, e essas pessoas queridas, que foram afetadas pela violência, onde estiverem, aguardam de nós o pensamento suave e carinhoso para seguirem suas jornadas.
Guillaume Apollinaire, nos alenta, com seu poema: Ter Coragem.
“Cheguem até a borda, disse ele. Eles responderam: Temos medo.
Cheguem até a borda, repetiu. Eles chegaram.
Ele os empurrou... e eles voaram”.
Texto revisado por: Cris
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