Quem somos?
Atualizado dia 4/23/2006 7:02:15 PM em Autoconhecimentopor Luciano Américo
Vocês acreditam ser mesmo criaturas terrenas? Julgam ter sua origem neste ignóbil planeta? Alguns de vocês têm vontade de ver um E.T.? Tenho uma elementar sugestão: olhem-se no espelho!
Viram só? Vemos ETs todos os dias, todas as horas e... surpreendente revelação! Somos todos extraterrestres. Ou ainda acreditam piamente que o que esses seus olhinhos coloridos vêem são a imagem verdadeira de cada pessoa?
Amigos “terráqueos”, já não era tempo de nos reconhecermos como realmente somos? Espíritos! Isso mesmo. Para muita gente não estou dizendo nenhuma novidade. Mas, vivemos nos esquecendo...
De onde vieram os espíritos? Ou seja, nós? Assegura-nos a espiritualidade que se comunica conosco que nossa origem se perde na noite dos éons, quando a Terra, nosso simpático e também maltratado planeta, estava em projeto, mas ainda muito bem guardado na gaveta de espera, aguardando pelo momento exato em que seria posto em execução sob o comando do Arquiteto-Mor de Todo Universo.
Agora, vamos falar sério. Quando disse, em alguma mensagem lá atrás, que nada existe imperfeito porque tudo é criação de Deus, a própria Perfeição, quis dizer que se somos imperfeitos é só na nossa imaginação. Guardamos dentro de nós todos os atributos divinos desde que surgimos das “mãos” do Supremo Artífice em estado potencial. Isto quer dizer que todos os atributos do espírito – os mesmos de Deus – foram “implantados” em cada espírito nascente como se fosse uma semente. Daí a origem simples e ignorante de todo espírito tê-la diante de si, uma eternidade para evoluir. A tal semente vem passando por uma longa fase de germinação até atingir o grau de consciência condizente com a estrutura de um corpo humano. Podemos dizer que nessa fase, o espírito – o que realmente somos, vale relembrar – já germinou a sua semente e esta começa outra longa etapa de crescimento. Necessita agora descobrir a si mesmo, reconhecer-se como espírito encarnado cumprindo uma tarefa importante em seu processo de aprendizado e evolução.
A Gênese bíblica não está errada. Aliás, a Bíblia é um livro para ser estudado com carinho. Só precisamos extrair os ensinamentos contidos em toda a sua alegoria. Se não tivermos uma mente bem aberta só conseguiremos ver nela absurdos, que são em sua maioria, ensinamentos cifrados segundo a linguagem alegórica da época. Talvez até propositalmente codificados somente para o entendimento de quem estava pronto para absorvê-los.
Pois bem, segundo Gênesis, em seu primeiro capítulo, o homem foi criado em imagem e semelhança aos prepostos de Deus, os Elohim, espíritos da mais elevada estatura encarregados de fazer cumprir os estágios evolutivos dos seres espirituais. Sendo semelhante a esses Espíritos o era, em conseqüência, semelhante a Deus nos seus atributos íntimos. Bem, se temos em nós as qualidades divinas, estas estão num patamar infinitamente distante da potencialidade de Deus. Essas qualidades se desenvolverão e serão sempre as mesmas do Pai-Mãe do Universo, mas nunca serão iguais às Suas em potência. Evoluiremos eternamente sem nunca atingir a estatura do Criador. Estaremos sempre a uma distância infinita... Pode-se imaginar tal grandeza?
Nossa etapa terrena de existência pode ser considerada como preparativo para o pré-primário da educação espiritual. E tanto nos consideramos donos de poder, de posses, de pessoas... e não somos donos em verdade de nós mesmos.
O Espiritismo e demais doutrinas espiritualistas vieram nos esclarecer que:
· Somos espíritos antes de sermos seres humanos.
· Se somos espíritos e criados perfeitos embora embrionariamente simples e ignorantes, a imperfeição está somente na impureza de nossas percepções.
· Cada espírito reencarnante recebe um corpo exatamente conforme as suas necessidades evolutivas. Não se trata de punição nem injustiça; Deus, que sabe tudo, sabe do que necessita cada um de nós para evoluir e nos dá as condições PERFEITAS para a nossa evolução.
· As imperfeições físicas e mentais só existem no corpo físico, nunca no espírito. O espírito carrega essas imperfeições em seu perispírito após o desencarne e bastará sua conscientização de que é um ser perfeito para que tais imperfeições se desfaçam.
· As imperfeições morais pedirão condições adequadas (escolhidas pelo próprio espírito desejoso de avançar) como teste ou prova que deverá superar para mostrar a Deus que alcançou um grau de auto-conhecimento suficiente para passar para outro estágio de prova.
· O espírito avança conforme mais compreende as máximas: “Amar a Deus sobre todas as coisas” e “Amar ao próximo como a si mesmo”.
Mesmo tendo atingido tal esclarecimento muito ainda precisamos aprender. Estamos preparados para perceber em todas as coisas, pessoas e fatos, a sua essência e não apenas a sua aparência? Partindo disso, quem somos para julgarmos quem e o que quer que seja, se nossa capacidade de percepção está poluída pela matéria?
Para início do nosso próprio conhecimento devemos partir da consciência de que somos Espíritos, iguais aos desencarnados que nos rodeiam e nada temos de diferente deles e que tudo o que percebemos pelos sentidos físicos só nos ilude porque tais sentidos não passam de intermediários muito medíocres às percepções do espírito. Daí porque julgamos as coisas e pessoas de acordo com nossa incapacidade de ver realmente.
Seremos pessoas melhores à medida que nos conhecermos como seres espirituais, vivendo momentaneamente na carne para aprender a superar a tirania da matéria, transformando o ego em um excelente servidor dos nossos propósitos de crescer e ajudar nossos irmãos a crescerem conosco.
Texto revisado por Cris
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