Quem Sou ?
Autor Marcos Spagnuolo Souza
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 6/28/2010 12:24:42 PM
A nossa vida é o movimento do corpo dentro do espaço e tempo. O corpo movimenta em decorrência das decisões que tomamos. Tudo o que o nosso corpo faz é em decorrência de determinada decisão específica. Quando levanto de uma cadeira a decisão é levantar da cadeira; se dou um abraço em determinada pessoa a minha decisão é dar o referido abraço naquela pessoa, mas, quem é esse sujeito, em nós, que toma a decisão para o corpo executar. Esse sujeito interior que elabora a decisão não pode ser o corpo composto de ossos, células, nervos, sangue e neurônios, porque essas composições são agentes movimentados, não possuem a capacidade de vivenciarem a elaboração de decisões. A elaboração de decisão está inserida dentro de alta complexidade que foge totalmente do movimento corporal que está associada à baixa complexidade. Não resta dúvida que estou apresentando uma colocação metafísica e não estou me fundamentando em um paradigma materialista. A opção pela teoria metafísica negando a colocação materialista é uma decisão de um sujeito que está oculto aos sentidos corporais. Estando o sujeito elaborador da decisão em uma situação oculta aos sentidos corporais o denomino de sujeito oculto, está oculto, mas existe. A decisão de aceitar a existência do sujeito oculto implica também em uma decisão. A pergunta fundamental é: quem é o sujeito oculto que decide? Posso decidir que o sujeito oculto existe, e posso também, decidir que o sujeito oculto não existe, mas, quem está tomando está decisão pela existência ou não do sujeito oculto? A partir do momento que decido aceitar ou não aceitar o sujeito oculto eu estou tomando uma decisão, assim sendo, não podemos nulificar a existência do sujeito oculto, do "eu" que decide. Quem decide sou "eu", mas quem é esse "eu"? Sabemos que o "eu" está movimentando o corpo, os sentidos corporais estão captando todos os movimentos do corpo, temos consciência do nosso corpo e de tudo que nos rodeia, mas, o "eu", aquele que decide, continua oculto. Andando em uma estrada de terra que rodeia uma montanha encontrei o velho ancião sentado embaixo do magnífico flamboyam amarelo. Perguntei a ele o que estava fazendo naquele lugar solitário. Respondeu que estava procurando o sujeito que está escondido em seu próprio interior.
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