QUEM SOU EU? - Tributo à Ramana Maharshi
Atualizado dia 5/15/2006 11:57:12 AM em Autoconhecimentopor Ethel Peisker
Há alguns anos quando ainda cursava psicologia, lia muitas coisas fora dos assuntos acadêmicos procurando por respostas e entendimento sobre o ser humano, que não se limitassem às teorias que nos eram apresentadas então, e um livro que me deixou fascinada na época foi o "Espectro da Consciência", do psicólogo e monge budista americano Ken Wilber; ele, em vários momentos, se referia ao grande mestre e sábio indiano Sri Ramana Maharshi.
Neste período, certa noite tive um sonho do qual despertei chamando: MAHARSHI. A primeira palavra que me surgiu, como interpretação, foi: Mestre. Passado algum tempo, encontrei uma pessoa ligada à Sociedade Teosófica com a qual comentei meu sonho, e esta me disse possuir um pequeno livro de Maharshi, com edição esgotada, e que se intitula "QUEM SOU EU?". Obviamente fiz uma cópia do livrinho e, por algum tempo, ele foi adotado para nortear um pequeno grupo de estudos que eu mantinha com algumas amigas, semanalmente, após minha graduação.
Ao propor o espaço que divido com vocês na internet - QUEM SOU EU? - tenho o intuito de oportunizar mais um meio de chegarem mais perto de si mesmos, se entenderem, se amarem, se aceitarem, para assim poderem usar e dispor do seu melhor como seres humanos e profissionais. Tenho certeza que o grande mestre Ramana Maharshi sente-se honrado e apreciado no plano em que ele estiver, ao constatar que continua sendo inspiração para os seres humanos que estão sempre em busca de si mesmos.
Finalizo com algumas palavras de seus ensinamentos, dadas por escrito a um discípulo entre os anos de 1901 e 1902, ocasião em que viveu isolado e em silêncio e desenvolveu esta técnica de auto investigação:
"Todo ser vivente deseja sempre ser feliz e intocável pelo sofrimento... é-lhe essencial que conheça a si mesmo. Para obter tal conhecimento, a indagação "Quem sou eu?" buscando o Ser, é o meio por excelência.
QUEM SOU EU? Eu não sou este corpo físico; nem sou os cinco órgãos de percepção sensorial (nem as funções que desempenham); nem mesmo a mente pensante... Portanto, rejeitando sumariamente todas essas coisas acima mencionadas e suas funções dizendo "eu não sou isto, não, nem eu sou isto, nem isto", aquilo que então permanece, separado e só por si mesmo, o puro estado de percepção, é o que verdadeiramente Eu Sou. Este estado de percepção é por sua verdadeira natureza, Existência, Consciência, Felicidade."
Assim, nas palavras do Mestre, o silêncio que se faz dentro de nós ao nos fazermos esta pergunta QUEM SOU EU?, este silêncio que transcende tudo o mais, somos nós em essência; o restante são meros acessórios que usamos neste mundo materializado para nos manifestarmos. São necessários, mas não podem querer usurpar o lugar que não lhes cabe. Não se pode confundir o condutor com o carro, nem o corpo e a mente com o espírito. São entidades diferentes, partes de um mesmo Todo.
Diz Maharshi "Se mantivermos a mente sob controle, que importância terá o lugar em que estivermos?"
Ethel Peisker
Psicóloga e consultora. Faz aconselhameto on-line através do seu site link Visite-o.
Texto revisado por Cris
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