QUESTIONAR-SE E DISCERNIR CONDUZ A UNIDAADE - Parte II de III
Autor CLAUDIO VELASCO
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 3/30/2010 9:56:06 AM
Particularmente não acredito que eu necessite de um padre, pastor, rabino ou outra autoridade religiosa para me conectar com Deus.
A dificuldade que vejo nas pessoas em buscarem por si e em si mesmas a presença de Deus, é em minha opinião, o MEDO, sim, o medo desenvolvido por nós ao longo de séculos de aprisionamentos de toda a natureza, muitos deles impostos por religiões, governos, crenças, traumas, culpas, programações,
influências alienígenas, entre outras. Portanto, o peso que recai sobre nós é muito grande e não podemos julgar e culpar a nós mesmos, pois isto seria um grande erro, ao fazer uma avaliação acredito que o correto seria assumirmos nossa
responsabilidade de maneira amorosa, perceber nas experiências desenvolvidas as lições que extraímos das mesmas e procurar aperfeiçoar nossas condutas e processos mentais e emocionais, que na realidade são os instrumentos da personalidade que se manifestam em nossa realidade dimensional.
Não me esqueci daqueles que como eu, se orientam por uma busca distante dos princípios religiosos, sim, aqueles que se movem pelas chamadas
terapias holísticas ou ainda energias espirituais. Vejo muitas pessoas preocupadas em obterem conhecimento e informação de maneira que possam, a partir destas, aprimorarem suas consciências e dotarem-se de freqüências mais elevadas e ativadoras em seus corpos de manifestação. Observo que está a disposição na internet um farto material que nos proporciona um universo riquíssimo para pesquisa e aprendizagem. O surgimento das Nings ofereceu a todos um espaço que concentra as mais novas informações e conhecimentos reunidos em fóruns para todo o tipo de estudante ou curioso da espiritualidade.
Tenho tido o cuidado de observar o comportamento e a maneira com a qual muitos estudantes ou curiosos se movem nesta busca, e a partir desta
observação venho notando que ainda há uma certa dificuldade das pessoas se
desligarem de seus passados religiosos e assumirem plenamente o seu presente espiritual. Afirmo-lhes isso porque é fácil identificar as duas intenções
presentes nas pessoas, ou seja, as novas concepções trazidas pelos Mestres e Amparadores ainda sofrem dificuldades de serem totalmente aceitas e incorporadas pelas pessoas, porque muitas destas novas percepções são opostas a cultura religiosa, que até então era a única a se manifestar na personalidade.
Mas há também aqueles, que se movem por uma via espiritual, já desapegados de muitos conceitos religiosos.
Nestes, vejo um direcionamento regrado por intenções de aprimoramento e enriquecimento, e para isto se utilizam de instrumentos diversificados como meditação, reiki, cromoterapia dentre tantos outros que podemos ter acesso com grande facilidade em nossos dias.
Peço-lhes permissão, para trazer a todos uma sugestão independente de qual veia: religiosa, religiosa e espiritual ou somente a espiritual, seja a
forma de condução que adotam para encontrar-se com Deus.
A sugestão é simples de ser compreendida, mas avalio como extremamente difícil de ser desenvolvida. Qual é então a sugestão? Minha
sugestão é desenvolver sessões individuais consigo mesmo de profundos questionamentos, sim, questionamentos que os levem a exercitarem uma de nossas qualidades mais abandonadas nos dias de hoje.
A qualidade a qual me refiro é o exercício do PENSAR, como ato de reflexão e discernimento. Não a maneira comum de nossas mentes barulhentas e voltadas tão somente para a pura satisfação de nossos desejos e expectativas
que o Ego se apressa a nos apontar.
Mas muitos podem estar se indagando, como devo desenvolver esse questionamento? Começar por onde? Qual o tempo dedicado a ele? Onde isto tudo
haverá de me levar? O que "ganho" com isso?
Nesta última pergunta exponho uma grande curiosidade que as pessoas possuem e me indagam nos cursos que desenvolvo.
Vejam a palavra "ganho" salientada, fica expressa nesta questão a presença do Ego, que sempre esta procurando ver as vantagens e riscos com os
quais ele possa se deparar. E muitos param exatamente neste ponto, ou seja, antes mesmo de começarem, pois a menor desconfiança de que podem deflagrar uma luta interna onde o auto-conhecimento possa conduzi-los a uma exposição indevida a si mesmos ou diante dos outros, tratam de abandonar o projeto antes de
iniciá-lo.
Mas meus amigos, engana-se aquele que entende que conseguirá avançar em sua evolução sem se debruçar sobre a sua personalidade e buscar a mais profunda identificação, reconhecimento e informação que reside em seu ser interno.
A manifestação de nosso ser externo nos ambientes em que nos movemos diariamente, constrói personagens e máscaras que usamos inadvertidamente ou que ainda, percebemos suas existências, mas nos mantemos fiéis a sua expressão, porque entendemos que sejam úteis a nós, cabe aqui ressaltar que esta conduta gera tantas formas de manifestações, que a personalidade passa a não mais identificar a sua própria natureza. Comparo esta situação a uma cebola, que para chegarmos ao núcleo devemos primeiro retirar as
várias camadas que se sobrepõe, este é o processo que devemos adotar para libertarmos nosso Eu verdadeiro, mas para chegarmos lá temos que dar o primeiro passo.
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