QUESTIONAR-SE E DISCERNIR CONDUZ A UNIDADE - Parte I de III
Autor CLAUDIO VELASCO
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 29/03/2010 14:22:23
Questionar-se e discernir conduz a Unidade
Ao longo de meu trabalho interior, tenho observado muito o processo que se instalou em meu ser como forma de alcançar a sintonia com meu eu divino; a cada dia de trabalho percebo que as camadas que impedem minha mais pura manifestação de amor e perdão incondicionais são formadas pelas mais variadas composições, obedecendo a padrões de frequências tão sutilmente enraizados que identificá-las não é um processo simples e não é
alcançado sem uma exaustiva disciplina.
Observo também que muitas pessoas se filiam a redes sociais como esta, a grupos de estudos, na busca de uma formação holística, enfim, ocupam-se
de uma gama infindável de possibilidades com a intenção de manifestarem a plenitude daquilo que são. Ainda há, aqueles que se movem pelos ditames das mais variadas religiões que a humanidade se permitiu criar, desenvolvendo a mesma busca, ou
seja, o encontro com Deus.
Gostaria que ficasse bem evidenciado e entendido que as opiniões que aqui estão sendo expostas são fruto de minha observação, discernimento e
conclusões geradas ao longo de meus anos de experiência e busca, as quais me permiti desenvolver como forma de sintonizar-me com o que há de mais divino em meu ser, a presença de DEUS. Portanto, a opinião que lhes apresento pode ter validade exclusivamente para mim, sem que haja a necessidade de aquiescência de qualquer outra pessoa para validá-la. Meu desejo ao transcrevê-las neste texto cumpre com uma única missão, provocar no leitor, inquietude, crítica, desacordo,
rejeição e talvez, raramente concordância, mas assim acontecendo terei obtido meu propósito que é levá-los a “pensar”. Também deixo absolutamente claro que respeito as opções religiosas de todas as pessoas, pois esta é uma escolha que cada um deve fazer de maneira livre e de acordo com suas convicções geradas a partir da consciência que detém.
Vamos começar pela vinda de Cristo à Terra, em que momento Jesus falou que teria vindo criar uma igreja? Quando? Onde ele falou? Para quem ele
falou?
Mas a igreja foi criada, e tendo a Jesus como seu porta bandeira, a partir daí toda a forma de aprisionamento foi gerada, com censuras, manipulações, padrões de
comportamentos, segredos. O pecado sendo utilizado como combustível para gerar o medo aos seus fiéis, e desta forma, mantê-los subjugados pelas cartilhas,
rigores, rituais, bíblias com deturpação de verdades, não lhes permitindo o direito de viverem a consciência livre. Nós chegamos ao ponto de termos que pagar para irmos para o céu, veja que absurdo que algumas religiões se prestam, as pessoas são extorquidas em seus salários para contribuírem com o “SENHOR”, QUE Deus me mantenha longe deste “SENHOR”.
A palavra religião vem do latim "religio".e quer dizer religar.
Mas onde se encontra essa religação, quando o Deus que é prometido, como “salvador ou punidor” nos
é orientado a ser encontrado fora de nossos corações, e ainda, somos mal-educados a aceitar a idéia que tudo que nos acontece vem pelas mãos de Deus (o bem, foi o “SENHOR” que nos concedeu
por termos sido bonzinhos, boas ovelhas; já o mal, nos é imposto por termos desobedecido as leis do tal “SENHOR” que nos puni), tudo isto é uma grande
mentira, pois Deus não é um “SENHOR” benfeitor ou malfeitor, pelo menos o Deus que eu conheço é PURO AMOR, e as conseqüências em minhas vidas são apenas reflexos de minhas manifestações ao
longo de minhas existências, esta é uma responsabilidade da qual jamais apontarei outro que não seja Eu.
Se me permitem esta história de que “foi Deus quem quis ou não quis, que foi Deus que me concedeu a sorte ou o azar, a vida ou a morte, a
saúde ou a doença!” isto tudo é uma grande invenção das religiões e da humanidade, pois sempre é mais fácil colocarmos a responsabilidade de nossos atos sobre os ombros do outro, mesmo que o outro seja Deus, do que colocarmos essa responsabilidade sobre os nossos próprios ombros.
A religião, quando pautada pelo Amor e Perdão e norteada pelo princípio da Liberdade, Educação e Respeito às escolhas pessoais é benéfica e
contribui para o reconhecimento do Deus que vive em NÓS. Não responda agora.
Pense.
Quantas religiões se propõem a isto? Quantas? A sua? Pense bem, não gere pensamentos por reação, mas sim por reflexão e discernimento.
O reconhecimento do Deus que vive em nós independe de estarmos ligados a alguma religião, e Jesus sabia disso e pregava essa verdade por isso ele foi morto.
Para encontrarmos Deus em nós e no outro, basta AMARMOS, pois amar concede liberdade, e já naquela época os detentores do poder reconheciam
esta verdade, desta forma decidiram matar Jesus para manter a humanidade daquela época prisioneira e dependente de um “SENHOR” punidor e ausente da individualidade de cada um de nós.
Muitos podem estar pensando agora, mas “eu sei de pessoas que se libertaram das drogas, do álcool, da promiscuidade quando foram se agregar a
determinada religião”, neste ponto, concordo com aqueles que pensaram e se lembram de amigos, familiares ou conhecidos que ficaram livres dos seus vícios quando adotaram condutas religiosas orientadas por algumas religiões, mas coloco-lhes a seguinte indagação: estas pessoas se libertaram de seus vícios que os aprisionava, mas passaram a
adotar quais outras formas de aprisionamentos? Pois é de nosso conhecimento que as religiões impõem condutas extremamente rígidas e cerceadoras da liberdade do individuo como fórmula utilizada para prestarem a ajuda que se busca.
Comportamentos pautados pelo aprisionamento da livre expressão passam a ser incorporados
pelo indivíduo e vão lentamente sendo assimilados de uma maneira sutil e natural pelo próprio, de forma que, passe a ser percebido como se aquela conduta tivesse nascido consigo e fosse a mais pura expressão da sua personalidade.
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