RAMY ARANY FALA SOBRE O DIA INTERNACIONAL DAS MULHERES
Autor Ramy Arany
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 07/03/2008 14:34:44
- O autoconhecimento é essencial para o desempenho da mulher?
Com certeza conhecer a si próprio é o primeiro passo para podermos nos manifestar de forma verdadeira. Assim, a mulher necessita saber sobre si mesma no sentido de se conhecer, conhecer as origens de seus sentimentos, emoções, comportamentos, talentos, crenças e valores.
Durante os sete anos de trabalho terapêutico que eu realizo com mulheres, tenho tido a alegria de ver muitas mulheres que procuram o despertar da essência feminina, descobrir um universo interno que desconheciam e, a partir disto, desenvolverem uma postura muito mais segura, verdadeira, alegre e feliz, principalmente consigo mesma.
3 – Apesar de ter conquistado espaço profissional e liberdade sexual, a omissão feminina perante seus parceiros ainda é freqüente na vida de algumas mulheres. Estas preferem manter a aparência em um casamento de longa data do que rodar a baiana e assumir o controle de sua vida, a desmascarar, por exemplo, o marido que a trai. Na sua opinião, por que algumas mulheres ainda não se libertaram dessa dependência masculina e o que devem fazer para isso?
Esta situação é ainda muito comum no universo feminino. Já tive a oportunidade, através das terapias que realizo, de questionar isto com várias mulheres que se encontravam nesta situação, inclusive algumas envolvendo traição por parte do companheiro. O que eu observo nesta situação é uma auto-desvalorização, por uma questão de não reconhecimento de si própria. A mulher acaba se conformando com a situação, também por achar que “homem” é assim mesmo, que ela é dependente economicamente, há a responsabilidade perante os filhos, há a necessidade de manter a imagem de casamento e família perfeita e também o medo de ficar sozinha. Observo também, um comodismo em não querer mexer na situação, pois dará muito trabalho e consequentemente o se esconder por trás das situações. Penso que a mulher que não reconhece seu verdadeiro potencial, não tem força para realmente construir sua vida no melhor para si própria e assim, vai gestando um mundo de fantasia onde pode se esconder da dor do abandono de si própria. A saída para isso é o olhar para dentro de si mesma, conhecer a si própria, olhando para seus apegos, carências, passar a reconhecer a si mesma e escolher e trazer a força desta mudança de dentro do seu interno e se entregar para uma nova escolha de vida.
4 – A mulher tem se destacado.......
Viver em harmonia é uma escolha e pode ser construída conscientemente. Para isto, necessitamos observar claramente as áreas, os pontos de conflitos internos e externos que contribuem para a não harmonia e mudar algumas posturas. No caso das mulheres que exercem várias atividades, é necessário que se observe o tempo e o espaço que é dedicado a cada função ou tarefa a ser manifestada. A observação do todo é fundamental, e também, a reunião de tarefas afins para que se tenha mais espaço-tempo. Falar claramente sobre suas necessidades com o companheiro e com os filhos quando já compreendem, pedindo ajuda para si própria é também importante. Lembre-se que na natureza tudo é em elo, e comece a construir este elo com todas as partes que constituem sua vida.
5- Por favor, poderia explicar mais sobre a síndrome..........
Isto se refere aos conflitos sexuais femininos, observados através destes dois arquétipos. As mulheres, através dos tempos, sofreram muitas repressões sexuais, a maioria de origem religiosa, onde o prazer sexual lhes era proibido, sendo isto deixado para as prostitutas que eram mulheres cujas vidas eram destinadas a esta finalidade. Livros e filmes de “época”, constantemente, trazem este conteúdo da intimidade feminina, mostrando as esposas sendo tratadas como “santas” pelos maridos que buscavam os cabarés e prostíbulos muitos de luxo, para buscarem o prazer sexual com as prostitutas. Com o tempo, isto se tornou uma dualidade da sexualidade feminina, pois as mulheres tenderam por ter um comportamento de sublimar ou até mesmo de se negarem a um relacionamento sexual e, outras tenderam por desenvolver um comportamento bastante livre, onde esta liberdade esbarra na libertinagem, no vulgar. Eu costumo brincar nas terapias, cursos e Workshop que realizo, que as mulheres ou pisam demais no acelerador ou puxam o freio de mão, mas o caminho do equilíbrio é a harmonia entre os extremos.
6 - Na sua opinião......
Penso que nós mulheres temos muito que refletir neste dia, pois é uma oportunidade, um espaço, onde pessoas do mundo inteiro discutem e propõem melhorias à situação planetária da mulher. Penso que a verdadeira comemoração é ser lúcida da importância do ser mulher no dia a dia, e da missão do feminino principalmente em relação às condições de sustentabilidade planetária. O mundo ainda é movido pela força feminina, isto é a força-mãe.
7 – As mulheres tem procurado.........
As mulheres são muito abertas para mudanças e por procura de caminhos de auto-ajuda. São as que mais se preocupam com as situações que demonstram conflitos, buscam mais a espiritualidade, a fé, e, sem duvida alguma, são mais afetivas, intuitivas, agregadoras, sustentadoras, nutridoras. As mulheres necessitam reconhecer mais a si próprias e resgatarem assim, seus potenciais adormecidos e construírem uma vida com maior qualidade de consciência.
Considero o caminho da consciência gestadora, que é o caminho da consciência feminina, um caminho não alternativo, ao contrário, efetivo e que traz resultados na melhoria no dia-a-dia e por isso impulsiona a sustentabilidade do ser mulher.
Termino deixando uma mensagem a todas as mulheres: que a força Mãe está chamando cada uma de suas filhas para o retorno a esta consciência.
Maiores Informações
Instituto KVT
Tel: 5062-0024 ou 5061-3308
www.kvt.org.br
Livro que Ramy escreveu acerca do assunto: Eternamente Ísis – O retorno do feminino ao Sagrado (encontra-se nas melhores livrarias, na livraria KVT e sites virtuais.
Eventos em abril: Workshop do feminino (ligue para se inscrever)
Avaliação: 5 | Votos: 15
Ramy Arany é co-fundadora do Instituto KVT, Instituto KVT Desenvolvimento da Consciência Empresarial, da Instituição Filantrópica Ará Tembayê Tayê e da Editora KVT. É assistente social, terapeuta comportamental, pesquisadora dos estados alterados da consciência e escritora. Conheça seus livros E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |
