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RECONCILIANDO-SE COM O EGO I

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Autor Andréa Oliveira

Assunto Autoconhecimento
Atualizado em 2/22/2008 11:02:38 AM


Peço licença ao leitor para refletir um pouco acerca de um tema que a muito tempo venho procurando entender mais profundamente. Segundo muitas tradições espirituais e diversas linhas psicológicas, o ser humano caminha num processo de evolução rumo à transcendência, iluminação, individuação (ou qualquer termo que você preferir). Tal processo se desenrola de modo ascendente e contínuo ao longo das várias vidas que a alma experiencia.

O aprendizado obtido das vivências encarnatórias advém da compreensão de certos contextos e das interações que fazemos com as outras pessoas, proporcionando-nos oportunidades preciosas de auto-conhecimento. À medida que ampliamos a consciência sobre quem somos e sobre o mundo a nossa volta avançamos em direção à integração dos diversos aspectos de nossa psique, tornando-nos mais conectados ao nosso Ser Real, Eu Superior ou Si - mesmo.

Assim, gradualmente as nossas potencialidades vão sendo despertadas e as nossas tendências negativas se dissolvem e, finalmente, vamos nos fundindo ao Todo, transcendendo a forma e voltando à nossa essência original que é a Luz. Para que possamos alcançar esse estado de desenvolvimento espiritual é preciso que nos desprendamos cada vez mais dos apegos do ego, e isso inclui também a nossa identidade pessoal com suas máscaras e arquétipos.

Se na realidade somos mônadas de luz momentaneamente encarnadas nun corpo físico, e que precisamos nos desidentificar do ego a fim de alcançarmos a iluminação, então por que necessitamos tanto estruturar um Eu forte e com uma personalidade bem definida ao longo das várias etapas de desenvolvimento? Para quê fortalecer o ego se mais tarde teremos que nos distanciar dele? Creio que este ponto carece de um olhar mais abrangente para que evitemos condutas radicais e polarizadas.

Muitas pessoas, na busca de seu Eu Espiritual, tendem a se isolar de atividades mundanas, julgando-as impróprias para os estados espirituais mais elevados. Por outro lado, existem aqueles que servem exclusivamente às exigências do mundo material, supervalorizando o ego, sucumbindo aos seus desejos e pulsões. Não nos cabe julgar qual a forma mais correta que uma pessoa deve escolher para viver a sua vida, pois, em verdade, ambas se dirigem para o mesmo destino que é o encontro com o Si - mesmo. Contudo, é importante que conheçamos um pouco mais a respeito do ego e o quanto ele é necessário para a nossa transformação.

Primeiramente gostaria de desmistificar o conceito limitante de que devemos alimentar em nosso interior o conflito entre os aspectos duais de nosso ser, obrigando-nos a escolher sempre um dos pólos para seguir. De um lado, existe uma voz que nos impulsiona a viver nossas emoções que nos coloca diretamente em contato com as alegrias e com os sofrimentos. Essa é a voz do ego. O ego é um elemento da nossa psique que atua no nível consciente. Ele é responsável pela forma que nos apresentamos no mundo, nos auxiliando na interação com as outras pessoas. Através do ego podemos desempenhar diversos papéis e representar inúmeros temas arquetípicos. Os mecanismos de defesa também são definidos e gerenciados por ele, bem como os processos intelectuais e racionais de nossa mente.

Do outro lado temos a voz do self, Si - mesmo ou Eu Superior. Esse elemento rege os aspectos inconscientes de nossa psique, e está intrinsecamente ligado à nossa mônada ou Eu Essencial. O Si - mesmo é o guardião dos conteúdos sombrios – os quais não temos consciência -, é quem nos inspira com grandes idéias e insigths criativos. Quando nos conectamos com ele a vida ganha um sentido maior e experimentamos fortemente nossa centelha divina. O Self oportuniza a vivência profunda do Eu, trazendo à tona sentimentos nobres como paz e serenidade. O amor incondicional e a compaixão são matrizes de nossa essência, e se manifestam em nossa vida quando estabelecemos essa ligação com o Eu Superior.

Por conseguinte, é o Ego que faz a mediação entre a nossa porção original e o mundo e sem ele não há qualquer possibilidade de manifestação. Portanto, é imprescindível que tenhamos um Eu material forte e capaz de atuar conforme seu potencial, com uma estrutura de caráter que permita que o ser caminhe rumo à transcendência. Olhando por este prisma, a disputa entre essas duas vozes em nosso interior torna-se deveras inútil e cansativa. Na verdade elas são faces complementares da mesma moeda - uma não sobrevive sem a outra - e trabalham de forma conjunta em prol da unidade.

Continua no "Reconciliando-se com o ego - parte ii".
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Conteúdo desenvolvido pelo Autor Andréa Oliveira   
Sou Pedagoga, Terapeuta Transpessoal e Mestre de Reiki Usui Tibetano. Faço atendimentos em Terapia Transpessoal, Reikiterapia, Tarô Terapêutico, e ministro cursos de iniciação em Reiki.
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