RECONCILIANDO-SE COM O EGO II
Autor Andréa Oliveira
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 2/22/2008 11:28:33 AM
Na primeira parte deste artigo começamos a refletir um pouco acerca da evolução do homem rumo à transcendência. Vimos o quanto o ego é fundamental neste processo, desempenhando o papel de executor e gerenciador de habilidades e atitudes, que o coloca em conexão direta com o nosso verdadeiro eu.
Para que seja estabelecida essa conexão é necessário que haja uma ampliação da consciência. Este é o segundo ponto que desejo abordar. A partir da evolução das psicologias se observa atualmente a existência de vários níveis da consciência humana. Aliás, este tema é objeto de estudo em diversas tradições esotéricas. Isso significa que a humanidade está avançando para a unidade, pois o primeiro passo é justamente ir além das polaridades.
Para Stanislav Grof, a consciência abrange os domínios perinatal (lembranças do parto), pós natal (autobiografia) e transpessoal (lembranças de vidas passadas e vivências arquetípicas e sobrenaturais). Grof é um dos teóricos mais importantes da Psicologia Transpessoal. Esta escola postula que o homem pode acessar os vários níveis de consciência, reconhecendo os aspectos sombrios e integrando-os numa rede interdependente à porção essencial do ser.
Assim, ascendemos à patamares cada vez mais elevados à medida que alargamos a nossa consciência e compreendemos mais a fundo as raízes de nossos padrões de crenças e atitudes. O ego vai reconhecendo a si mesmo e agora poderá construir uma ponte que o alinhará ao self, diminuindo a distância que existe entre eles. Dessa forma, o Ego não é mais o único diretor de nossas vidas, passando a usar sua força e seu caráter à serviço do Eu Real, e compartilhando suas escolhas com o Si - mesmo.
Mas, em que momento ocorre o desligamento do Ego? Em outras palavras, quando estaremos prontos para nos desidentificar dele e permitir que a nossa essência governe livremente nossa existência? Esse é o terceiro ponto desta nossa reflexão.
Considerando que o Ego, bem como o corpo material, seja a estrutura fundamental da consciência humana e que sem ele ela não poderá se manifestar fisicamente, podemos inferir a partir disso que enquanto houver vida física haverá sempre a presença do Ego. Contudo, precisamos compreender que a auto-imagem gerada pela psique é na realidade uma falsa imagem. Nós não somos apenas aquilo que percebemos conscientemente, e não nos limitamos a certos padrões morais e sociais aprendidos nesta encarnação. Pelo contrário, somos seres espirituais com uma gama de habilidades e potenciais a serem desenvolvidos no rol das vivências encarnatórias.
Por isso, faz-se necessário que busquemos desvendar os mistérios de nosso ser anímico, e direcionemos a nossa identidade cada vez mais próxima ao que realmente somos, percebendo o Ego como uma parte imprescindível de nossa psique, que tem como função nos auxiliar na compreensão maior daquilo que viemos realizar na Terra. Desse modo, não nos “desligamos” simplesmente do Ego, mas gradativamente vamos nos desidentificando dele. Ou seja, conforme galgamos níveis mais elevados de consciência espiritual, o véu da ilusão vai sendo descortinado e passamos a reconhecer a divindade que habita em nosso interior.
O quarto e último ponto que quero ressaltar versa sobre aprendizado e autoconfiança. Ao longo das várias etapas de desenvolvimento da personalidade, experimentamos inúmeros estados alternados de êxtase e sofrimento. As crises, os erros e os acertos que vivenciamos produzem resultados inestimáveis. É somente através dessas situações que o ser poderá acumular a gama de aprendizado necessário à realização de sua missão. Estamos aqui para estudar na prática os temas que ainda não foram devidamente assimilados pela nossa alma. . Sendo assim, a vida aqui neste planeta corresponde a uma grande escola na qual a alma ingressa para aprender sobre quem realmente é e o quanto pode realizar.
À medida que o Ego se fortalece ele vai adquirindo cada vez mais confiança em si próprio, tornando-se mais sensível às percepções relativas ao mundo a sua volta. Como conseqüência, o sentimento de fé em algo maior se amplia muito além do que supõe nossos limites corpóreos.
A autoconfiança e a fé estão intrinsecamente ligadas, pois se não validamos os sinais enviados de nossa alma desprezaremos qualquer manifestação vinda da Fonte Original. Quando confiamos na nossa capacidade de criação e realização nos abrimos para receber as mensagens e as graças que o universo dirige para nós. Do contrário, estaremos fadados a viver uma busca inócua de algo que não podemos reconhecer.
Sei que os mistérios do ser e do universo são infindáveis, mas podemos começar a desvendá-los a partir de nós mesmos neste instante. Vamos então nos libertar da prisão que impusemos ao nosso ego, com a “desculpa” de educálo para que não cometa mais “falhas” e “erros”. Diga SIM ao seu EU e seja muito, mas muito FELIZ!!!!
Namastê! (O Deus que habita em mim saúda o Deus que habita em ti)
Ver "Reconciliando-se com o ego I."
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Conteúdo desenvolvido pelo Autor Andréa Oliveira Sou Pedagoga, Terapeuta Transpessoal e Mestre de Reiki Usui Tibetano. Faço atendimentos em Terapia Transpessoal, Reikiterapia, Tarô Terapêutico, e ministro cursos de iniciação em Reiki. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |
